Arquivo para Julho, 2007

Cinco nódoas no melhor pano do BES

Quarta-feira, Julho 25th, 2007

Em 25-07-2007, escreveu o Diário de Notícias: “Nos últimos dois anos e meio o nome do Banco Espírito Santo tem vindo a emergir uma e outra vez, sempre pelas piores circunstâncias para uma entidade bancária. Em Janeiro de 2005, o juiz chileno Sergio Muñoz que instruía o processo dos assassínios de opositores políticos ordenados por Augusto Pinochet, deparou-se com indícios da existência de várias contas em nome do ditador sediadas em off- shores e outros bancos no estrangeiro, como o BES Miami. Na altura, um porta-voz do banco recusou-se a comentar a notícia, escudando-se atrás da confidencialidade devida a todos os seus clientes.”

Continuando a citar o DN:

A seguir às eleições legislativas daquele ano, estala o escândalo Portucale, com alegadas ligações entre uma EMPRESAfinanceira do Grupo BES, transferências clandestinas e ilegais de um milhão de euros para os cofres do CDS e dirigentes financeiros daquele partido. A Procuradoria acabou por decidir acusar formalmente, entre outros implicados, três altos quadros do Grupo BES.

No Verão de 2005 rebenta o escândalo do “Mensalão”, esquema corrupto de compra de votos de deputados da oposição nas câmaras legislativas brasileiras por parte do PT e PTB. De novo o nome do BES vem à baila: as investigações envolvem a PT no Brasil e o BES, para cujas contas se teriam transferido 600 milhões de dólares norte-americanos. Desse saco sairiam as avenças periódicas pagas para comprar o apoio ao partido de Lula da Silva no poder.

Um ano depois abate-se um “Furacão” sobre o BCP, o BPN, o Finibanco e… o BES, com buscas às sedes de Lisboa, Porto e Zona Franca da Madeira. Em causa está uma enorme fraude fiscal perpetrada com EMPRESAS fictícias e contas offshore por clientes daquelas entidades bancárias, suspeitas de assessoria técnica de apoio àquelas práticas. O processo é muito complexo dada a extensão das ramificações detectadas e a acusação formal ainda não foi deduzida. Em qualquer caso vários membros da família Espírito Santo viram as suas casas revistadas pela polícia.

Idêntica operação dá-se em Espanha, acabando o BES por ser ilibado de culpa. Mesmo assim, em Dezembro de 2006, o juiz Baltasar Garzón pediu autorização para poder investigar contas sediadas no off-shore da Madeira.| – A.P. M.

Link – http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=661865