Exercício transversal de revisão da imparidade da carteira de crédito (ETRICC)
Foi oportunamente divulgado que o Banco de Portugal decidiu incluir, no quadro da supervisão regular do sistema bancário, inspeções periódicas e transversais, com incidência nos principais grupos bancários nacionais, sobre a carteira global de crédito ou sobre classes de ativos expostas a desenvolvimentos de mercado ou macroeconómicos que mereçam particular atenção. Neste contexto, o Banco de Portugal já realizou, desde 2011, várias inspeções transversais que contribuíram para assegurar que as instituições aplicam critérios robustos e conservadores no cálculo dos níveis de imparidade para as suas carteiras de crédito.
Assim, na sequência do exercício transversal de revisão da imparidade da carteira de crédito (ETRICC) realizado em 2013, o Banco de Portugal entendeu aprofundar a avaliação dos critérios utilizados no cálculo de imparidades para um conjunto diversos de grupos económicos, nacionais e estrangeiros, cuja recuperabilidade do crédito concedido depende da capacidade dos seus planos de negócio de médio prazo gerarem fluxos de caixa suficientes para assegurar o reembolso da dívida. Para o efeito, foi avaliado, por auditor independente, o grau de conservadorismo dos modelos económico-financeiros, a robustez e adequação da informação de suporte aos referidos modelos, bem como a razoabilidade dos principais pressupostos utilizados. Adicionalmente, foram desenvolvidas análises de sensibilidade aos resultados, usando para o efeito, sempre que necessário, pressupostos alternativos aos utilizados pelos grupos bancários.
Tendo em conta a informação obtida e os resultados das análises realizadas, bem como os colaterais existentes, este exercício visou avaliar se os níveis de imparidade reconhecidos para os grupos económicos avaliados são suficientemente conservadores e, sempre que se justifique, determinar o seu reforço com referência a 31 de dezembro de 2013. 7 de fevereiro de 2014