Arquivo para Maio, 2014

Grupo Espírito Santo aposta em venda intensiva de activos

Segunda-feira, Maio 26th, 2014

Citamos

Económico

Processo está definido e em curso, assente em vários eixos, com a venda de activos à cabeça.

As linhas definidoras da reorganização do Grupo Espírito Santo (GES) estão traçadas, com um objectivo acima de todos os outros: manter o controlo accionista do banco mesmo que tal obrigue a sacrificar outras unidades e investimentos.

Os problemas na Espírito Santo International (ESI), recentemente revelados, mostram uma situação financeira difícil e que terá de ser tratada em várias frentes. A fragilidade central não está no BES, que tem em curso um aumento de capital de 1,045 mil milhões de euros, com garantia total de subscrição; o problema está sim acima, na ‘holding’ ESI que controla 45% do Espirito Santo Financial Group, que por sua vez controla o BES. 

O relatório da auditoria à ESI, noticiado recentemente pelo Expresso, revelou que a ‘holding’ não havia registado, nas contas de 2012, 1,2 mil milhões de dívida, o que resultou na situação actual, em que a entidade se encontra com capitais próprios negativos no valor de 2,5 mil milhões de euros.

O universo GES é muito extenso e igualmente complexo. Tem interesses em inúmeras áreas, genericamente arrumadas debaixo de dois “chapéus”: a Rioforte para a área não financeira e o ESFG para a área financeira. No banco, o objectivo do grupo é não ficar com menos de 20%, mantendo-se como principal accionista e assegurando – em circunstâncias normais – o controlo de voto na instituição. Se o ESFG não subscrever qualquer acção no aumento de capital do BES, a sua posição ficaria ligeiramente abaixo dos 20%, mas permitiria algum encaixe com a venda dos direitos. No ESFG compromete-se a, no fim da operação, não ter menos acções do BES que actualmente e a utilizar todo o dinheiro da eventual venda de acções e direitos na compra de novos títulos do BES. Sem se comprometer com uma participação percentual, que deverá ser diluída. 

O que é certo é que o grupo tem de se fortalecer financeiramente. E para isso há muitos activos à venda: desde a seguradora Tranquilidade (ver página seguinte) aos hotéis Tivoli (que estão na Rioforte), que são os exemplos mais óbvios e já conhecidos. Mas há muito mais caminhos, como a posição detida na Espírito Santo Saúde, por exemplo, que depois do IPO está actualmente avaliada em 175 milhões de euros. Ao que o Diário Económico apurou, praticamente tudo está em cima da mesa, dependendo naturalmente das propostas que cheguem à secretária de Ricardo Salgado. Outro dos trunfos de emergência poderia ser a participação na Portugal Telecom, que vale menos de 300 milhões de euros, mas que sempre foi considerada estratégica e absolutamente fundamental para o GES. Para além disso, a posição é do BES, de entidades relacionadas e de fundos, ou seja, não é líquido que um encaixe desse tipo fosse facilmente canalizável para onde a família Espírito Santo quisesse.


O problema com esta estratégia de venda de activos é que, devido à complexidade das ligações no GES, a venda de activos do ESFG ou do BES não significa necessariamente que o dinheiro possa ser usado para reforçar a ESI. Aquelas são entidades cotadas, ou seja, o dinheiro conseguido pertence a todos os accionistas e não apenas os ligados à família Espírito Santo; e ESFG e BES não são accionistas da ESI, mas sim o contrário, não podendo o dinheiro ser disposto livremente para reforçar um dos seus accionistas.

Outro dos eixos da estratégia do GES é alongar os prazos de pagamento de dívida. Vencendo-se o papel comercial da ESI e não só, o refinanciamento será feito preferencialmente a prazos mais longos, dando mais tempo para reequilibrar o grupo. 

Por último, o grupo confia numa recuperação do valor dos seus activos – nomeadamente da área financeira – o que permitirá, em termos contabilísticos, equilibrar o balanço das ‘holdings’, no médio e longo prazo.

Todos estes planos entroncam, necessariamente, na reestruturação societária do grupo. Tal passa, num primeiro momento, numa retirada do ESFG de bolsa; seguido de um aumento de capital da Rioforte (que passa a ser a ‘holding’ de topo do grupo) para entrada de novos investidores; e acabando com um IPO da própria Rioforte.

Buraco de 1200 milhões na ESI

Sexta-feira, Maio 23rd, 2014

Citamos:

Buraco de 1200 milhões

As irregularidades detectadas nas contas da Espírito Santo International (ESI) traduzem-se na ocultação de 1200 milhões de euros em dívida nas contas de 2012, de acordo com o relatório de auditoria da Espírito Santo Financial Group (ESFG), a que o semanário Expresso teve acesso.

Segundo o Expresso, a ESI não registou 1200 milhões de euros de dívidas nas contas de 2012 e “é essa a natureza e o valor das ‘irregularidades materialmente relevantes’ detectadas na auditoria às contas da holdingcontrolada pela família Espírito Santo”.

Esta semana, no prospecto do aumento de capital que tem em curso, o BES admitiu que a auditoria pedida pelo Banco de Portugal à ESI havia detectado “irregularidades” nas contas e que uma outra auditoria, conduzida pela ESFG, tinha comprovado a existência de “irregularidades materialmente relevantes”, capazes de pôr em causa a reputação e a queda das cotações do banco.

Essas irregularidades deixavam a holding numa “situação financeira grave”, assumiu o banco liderado por Ricardo Salgado. Uma “situação de falência técnica”, segundo o Expresso, que cita o relatório de 7 de Abril da comissão de auditoria da ESFG, dona do BES.

Este relatório, assim como o de outra auditoria paralela realizada pela KPMG (encomendada pelo Banco de Portugal), foram entregues à CMVM e ao supervisor financeiro, e a existência de irregularidades tornou-se pública no prospecto do aumento de capital que o banco divulgou no início da semana, embora não se soubesse nem a sua natureza, nem o montante.

Na sequência das conclusões da auditoria, a ESI, a holding que controla a área financeira (BES) e não financeira (Rioforte) do Grupo Espírito Santo (GES), foi obrigada a reescrever as suas contas e, em consequência, viu o passivo agravar-se, passando a capitais próprios negativos de 2500 milhões de euros.

Parte da dívida que ficou por registar nas contas de 2012 foi contraída por empresas do grupo em situação económica difícil. O problema seria maior se a dívida da ESI colocada no ano passado como papel comercial juntos dos clientes do BES estivesse por saldar, mas “dos 2000 milhões que chegaram a estar colocados junto de clientes, apenas 300 milhões estão hoje por devolver aos particulares, o que acontecerá nos próximos meses”, escreve o Expresso.

Houve uma negligência grave. Dolo acho que não”, afirmou Ricardo Salgado, numa entrevista publicada na quinta-feira no Jornal de Negócios a propósito do tema.

No prospecto da oferta, um dos motivos pelos quais o BES admitia que a sua reputação pudesse vir a ser posta em causa prendia-se com o facto de alguns antigos administradores da ESI serem também administradores do banco.

Na entrevista ao Negócios, Ricardo Salgado afirmou nada saber sobre a situação, garantindo ter sido apanhado desprevenido. A responsabilidade, explicou o banqueiro, foi admitida pelo responsável das contas da ESI, no Luxemburgo, Francisco Machado da Cruz, que entretanto pediu a demissão.

 

“É o strip-tease do Grupo Espírito Santo”

Quarta-feira, Maio 21st, 2014

Prospeto de aumento de capital do BES aponta irregularidades nas contas do Grupo, fala de riscos reputacionais sobre o banco e da possibilidade de mudança de administração por via regulamentar. Veja o comentário de Pedro Santos Guerreiro.

Uma dúzia de coisas sobre o GES que talvez preferisse não saber

Espírito Santo sempre foi nome poderoso. Agora é também nome de escândalo. O BES (banco) está protegido, mas EMPRESAS não financeiras do GES (grupo) estão em maus lençóis. Para dizer o mínimo.

Uma operação de aumento de capital em mercado de capitais exige sempre a publicação de um prospeto, que por sua vez tem de incluir uma lista de riscos da operação e da companhia cotada em causa. Até aqui, nada de novo. Muitos desses riscos são generalidades, que dizem respeito a fatores de contexto. Mas o prospeto de aumento de capital do BES apresentado ao final da noite desta terça-feira é diferente. Porque detalha uma série de riscos que confirmam as fragilidades do banco. 

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/uma-duzia-de-coisas-sobre-o-ges-que-talvez-preferisse-nao-saber=f871406#ixzz3DlvNH9VP

 

Altos quadros do BES ganharam dois milhões de euros com venda de ações antes do colapso do banco

Terça-feira, Maio 20th, 2014

201120  Nos 12 meses anteriores à apresentação do prospeto de aumento de capital, datado de 20 de maio de 2014, dirigentes do banco venderam ações. A maior parte das operações foi realizada em 2014, segundo a revelação do Observador online. O mesmo orgão adianta que as vendas concretizadas pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização e quadros superiores do BES envolveram preços situados entre 81 cêntimos e 1,4 euros.

Citamos

Membros dos órgãos de administração e de fiscalização e quadros superiores do Banco Espírito Santo (BES) venderam ações da instituição financeira, nos 12 meses que antecederam a divulgação do prospeto do aumento de capital realizado em junho de 2014, e conseguiram um encaixe total superior a 1,9 milhões de euros. A informação sobre estas operações está  incluída na página 84 daquele documento, datado de 20 de maio de 2014, em que se acrescenta que, durante o período considerado, nenhum daqueles altos quadros do banco procedeu a “quaisquer aquisições de ações do BES”.

Rui Pires Guerra, membro da administração do Banco Espírito Santo Angola (BESA), foi o mais ativo na alienação de posições. Entre 24 de março e 10 de abril de 2014, o gestor vendeu dois lotes de ações, de 250 mil e 189,1 mil títulos, respetivamente, o que proporcionou um encaixe de 588,4 mil euros, já que o preço de venda em ambas as situações foi de 1,34 euros por ação.

Aníbal Reis de Oliveira, presidente do conselho de administração do banco, também optou por alienar posições no capital do BES. Concretizou duas operações durante o período assinalado no prospeto, no início de outubro de 2013 e em 6 de janeiro do ano seguinte e obteve um ganho bruto de 319 mil euros. Pedro Mosqueira do Amaral, elemento da administração da instituição financeira que chegou a ser dado como possível sucessor de consenso à liderança de Ricardo Salgado, fez três operações de venda de ações. A 8 de janeiro de 2014, a 17 de fevereiro e no dia que se seguiu, fez um encaixe de 187 mil euros ao alienar 142,5 mil títulos a cotações que se situaram entre 1,23 e 1,4 euros por título.

António Rodrigues Marques, gestor da Tranquilidade, e Jorge Carvalho Martins, membro do conselho de administração do BES e da comissão executiva do banco, integram, igualmente, a lista de altos quadros do Grupo Espírito Santo (GES) que deram ordens de venda de ações. No primeiro caso, o valor obtido foi superior a 157 mil euros, enquanto no segundo as duas operações de venda efetuadas, a mais recente das quais em 18 de fevereiro de 2014, renderam 116,5 mil euros.

As vendas concretizadas, que podem ser consultadas no prospeto do aumento de capital que foi completado em junho deste ano e que rendeu 1.045 milhões de euros ao BES menos de dois meses antes de este ser alvo da intervenção do Banco de Portugal, totalizam 19 operações, 15 das quais foram consumadas em 2014. Entre os nomes de altos quadros que se desfizeram de posições incluem-se outros nomes como o de Horácio Afonso, membro do conselho de administração e presidente da comissão de auditoria do BES, e João Freixa, gestor executivo.

A informação estampada no prospeto revela que todas as operações de venda foram realizadas a preços superiores àquele que foi praticado no aumento de capital que antecedeu a cisão que transformou o BES num “banco mau” e deu origem ao Novo Banco. Na oferta pública de subscrição, o preço praticado por ação foi fixado em 65 cêntimos. As vendas concretizadas pelos membros dos órgãos de administração e de fiscalização e quadros superiores do BES envolveram preços situados entre 81 cêntimos e 1,4 euros.

Se os quadros do banco tivessem vendido as ações pelo valor que foi pedido aos acionistas que agora correm o risco de verem os investimentos reduzidos a zero, o encaixe total teria sido inferior em 873,4 mil euros. No total, os 12 protagonistas das operações em causa teriam realizado cerca de um milhão de euros.

20140520 Aumento de Capital BES (1) – PDF

URL sobre a operação:  http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/fsd30108.pdf

URL sobre o artigo:        http://observador.pt/2014/08/07/bes-4/

BES anuncia aumento de capital

Quinta-feira, Maio 15th, 2014

Citamos:

Aumento de capital do BES

O banco vai emitir 1.607 milhões de novas acções, a 0,65 euros cada uma, pelo que irá encaixar um máximo de 1.045 milhões de euros com a operação. O ESFG e o Credit Agricole podem vender acções no aumento de capital.

O Banco Espírito Santo anunciou esta quinta-feira, 15 de Maio, que vai avançar com a emissão de novas acções, num aumento de capital de 1,045 mil milhões de euros que visa reforçar os rácios de capital.

 

O banco liderado por Ricardo Salgado pretende emitir 1.607 milhões de novas acções, ao preço de subscrição de 0,65 euros cada uma. Este preço traduz um desconto de 38,5% face ao preço de fecho de hoje dos títulos (1,058 euros).

 

Num comunicado enviado à CMVM, o BES adianta que “o preço de subscrição representa um desconto de aproximadamente 34,06% em relação ao preço teórico ajustado ‘ex-rights’ calculado com base no preço de fecho das acções do BES na Euronext Lisbon em 14 de Maio de 2014 (dia anterior ao da deliberação do Conselho de Administração)”.

 

“Diário Económico” noticiou ontem que o BES ia avançar com um aumento de capital de mil milhões de euros, sendo que segundo este comunicado a decisão só foi tomada hoje pelo Conselho de Administração.

 

No mesmo comunicado o BES adianta que este aumento de capital vai permitir ao banco “reforçar a sua base de capital, por forma a potenciar a sua vantagem competitiva na recuperação da economia portuguesa e o crescimento nos mercados internacionais onde está presente”.

 

Acrescenta que permitirá também “criar reservas adicionais de capital”, com vista a fazer face ao novo enquadramento regulamentar conhecido como CRD IV, bem como aos “stress tests” e à revisão de qualidade dos activos que serão realizados em antecipação à transferência da supervisão dos bancos da União Europeia para o BCE.

 

O Rácio Tier I do BES, com este aumento de capital, irá melhorar 162 pontos base, que passará para 9,6% face aos 8% registados no fecho do primeiro trimestre. O mínimo exigido é de 7%.

Este aumento de capital permite que o BES e o ESFG realizem os testes de stress a promover pelo Banco Central Europeu (BCE) já com os fundos próprios reforçados. De acordo com o cronograma da avaliação completa que o BCE está a realizar aos maiores bancos europeus, os testes de resiliência decorrerão, numa primeira fase, no início de Julho, estando prevista uma revisão do exercício até ao final de Agosto, caso se revele necessário.

 

Ricardo Salgado já tinha admitido publicamente a possibilidade de o BES avançar com um aumento de capital. “Não podemos cantar a Glória sem vermos os exercícios que temos pela frente”, sublinhou o banqueiro a 15 de Fevereiro, na apresentação das contas anuais. E garantiu: “Há capital disponível para os reforços necessários sem usar o dinheiro do Estado”.

 

Sindicato bancário garante colocação das acções

 

Como habitual neste tipo de operações, os accionistas têm direito de preferência, pelo que vão ser negociados em bolsa os direitos de subscrição dos títulos.

 

No comunicado emitido ao mercado, o BES adianta que “assinou um contrato de underwriting, sujeito à lei inglesa, com um sindicato bancário, para efectuar a subscrição, por conta dos próprios membros do sindicato ou por conta de investidores institucionais por estes seleccionados, das novas acções que eventualmente não sejam subscritas no âmbito do aumento de capital por titulares de direitos de subscrição.

 

O Espírito Santo Investment Bank, a Morgan Stanley e a UBS Investment Bank actuam como Joint Global Coordinators e Joint Bookrunners nesta operação, enquanto o BofA Merrill Lynch, Citigroup Global Markets Limited, J.P. Morgan Securities Plc, e Nomura atuam como Joint Bookrunners.

 

A Banca IMI, Banco SantanderBBVA, COMMERZBANK, Crédit Agricole CIB, INGKBC Securities, Keefe, Bruyette & Woods, MEDIOBANCA e Société Générale Corporate & Investment Banking actuam como Co-Lead Managers.

 

ESFG e Credit Agricole podem vender acções no aumento de capital

 

O BES adianta ainda que os seus maiores accionistas, o ESFG (27,36%) e o Credit Agricole (20,2%) podem vir a vender acções do banco, para financiar a participação no aumento de capital.

 

Contudo, a única garantia que assumem é de no final da operação não deterem menos acções do que as detidas antes do início do aumento de capital. Ou seja, fica implícito que podem reduzir a posição financeira.

 

“A Espírito Santo Financial Group, S.A. informou o BES que tem intenção de subscrever novas acções no aumento de capital. Para tanto, tenciona alienar, durante o período do aumento de capital, acções ou direitos de subscrição de novas acções e, com a totalidade do encaixe líquido dessa alienação, subscrever novas acções no aumento de capital”, refere o banco.

 

Já o “Crédit Agricole informou o BES que tem igualmente intenção de subscrever novas acções no aumento de capital”, sendo que “nesse sentido, tenciona alienar, durante o mesmo período, acções ou direitos de subscrição de novas acções e reinvestir uma parcela de aproximadamente 10 milhões de euros do encaixe da alienação de tais acções ou direitos na subscrição de novas acções”.

 

Acrescentam que “as alienações de acções ou direitos anteriormente referidas deverão ser realizadas pelos respectivos accionistas de uma forma ordenada, pelos meios que considerem adequado, tendo ainda os accionistas assumido o compromisso de não ficarem a deter imediatamente após a liquidação física do aumento de capital, uma quantidade de acções inferior à por eles detida actualmente”.

Último aumento de capital, em 2012, foi feito com desconto de 66%

O último aumento de capital do BES foi realizado em 2012, quando o banco emitiu 2.556,7 milhões de acções, ao preço de subscrição de 0,395 euros cada uma, o que permitiu um encaixe de 1.010 milhões de euros.

O preço do aumento de capital em 2012 foi concretizado com um desconto de 66% face à cotação da altura.

 

Após este aumento de capital, o banco liderado por Ricardo Salgado conseguiu evitar a ajuda pública para se recapitalizar durante a crise da dívida do euro. CGD, BCP e BPI tiveram que recorrer à linha da troika para elevarem os seus rácios de capital.