Arquivo para Setembro, 2016

Governo congela valor das contribuições da banca para o Fundo de Resolução

Quinta-feira, Setembro 29th, 2016

Citamos

Negócios

Finanças e Comissão Europeia acordam extensão das maturidades dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução.

O Governo vai rever as condições dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução. Esta alteração, que estende a maturidade dos empréstimos, “permitirá reduzir a incerteza face às responsabilidades anuais dos bancos no futuro”, garante o Ministério das Finanças. A solução de longo prazo, que “conta com o acordo da Comissão Europeia”, vai manter o esforço de contribuição dos bancos “ao nível actual”.

De acordo com o comunicado divulgado esta quarta-feira pelo ministério liderado por Mário Centeno, as bases do acordo com o Fundo deResolução asseguram uma extensão da maturidade dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução, “para que o pagamento anual por parte dos bancos seja satisfeito pelas receitas da contribuição ordinária e da contribuição sobre o sector bancário, mantendo-se o esforço de contribuição dos bancos ao nível actual. Desta forma, não será necessário o recurso a contribuições extraordinárias para o financiamento do Fundo de Resolução”.

O valor anual entregue pelos bancos ao Fundo de Resolução ronda actualmente os 230 milhões de euros. É este valor que ficará estabilizado, independentemente das taxas aplicadas em cada uma das contribuições existentes.

Com esta solução o Governo quer retirar a incerteza sobre o perfil de pagamentos futuros e tornar a banca nacional mais apetecível para os investidores, que reduzem assim as suas dúvidas quanto a eventuais contribuições futuras.

O valor dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução ascende actualmente a cerca de 4,2 mil milhões de euros, que resultam dos 3,9 mil milhões de euros que o Estado emprestou para a resolução do BES e cerca de 350 milhões de euros que constituem a parte viva do empréstimo do Estado ao Fundo por causa da resolução do Banif. O empréstimo do Estado ao Fundo por causa do BES foi recentemente prolongado até ao final de 2017. Este seria o prazo máximo para que o Estado fosse ressarcido da venda do Novo Banco.

Além destes financiamentos contraídos junto do Tesouro, na altura da resolução do BES, o Fundo de Resolução obteve ainda um empréstimo de 635 milhões de euros junto de oito bancos. Um crédito que também deverá ser renegociado em linha com as novas condições a acertar para os empréstimos concedidos pelo Estado.

O acordo prevê que a taxa de juro a aplicar aos empréstimos seja indexada a “uma taxa da dívida da República, periodicamente actualizada de forma compatível com o indexante a considerar”, diz o comunicado, sem avançar porém de que taxa se trata. A definição da taxa tem ainda de manter a solvabilidade do Fundo de Resolução.

Ficará ainda definido que se no futuro houver alteração nas responsabilidades do Fundo, a maturidade dos empréstimos são ajustadas, obedecendo ao mesmo princípio de manter o esforço de contribuição exigido aos bancos nos níveis actuais. “Quaisquer aumentos ou reduções de responsabilidades decorrentes da materialização de contingências futuras determinarão o ajustamento da maturidade dos empréstimos do Estado e dos bancos ao Fundo de Resolução, mantendo-se o esforço contributivo exigido ao sector bancário nos níveis actuais”, lê-se no comunicado.

O Ministério das Finanças considera que “a revisão das condições do empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução é

Fundo de Resolução. Bancos não terão de fazer contribuições extraordinárias

Quinta-feira, Setembro 29th, 2016

Citamos

Observador

Revisão das normas que regulam o financiamento do Fundo de Resolução favorece a concretização do investimento da Fosun no capital do BCP. Bancos estão dispensados de contribuições extra.

A revisão das condições dos financiamentos do Estado ao Fundo de Resolução vai dispensar os bancos de fazerem contribuições extraordinárias para a entidade que suporta os resgates de instituições financeiras em Portugal.

A informação consta de um comunicado do Ministério das Finanças em que é referido que “as bases do acordo com o Fundo de Resolução asseguram uma extensão da maturidade dos empréstimos do Estado (…) para que o pagamento anual por parte dos bancos seja satisfeito pelas receitas da contribuição ordinária e da contribuição sobre o setor bancário, mantendo-se o esforço de contribuição dos bancos ao nível atual”. Desta forma, prossegue o documento divulgado pelo Governo, “não será necessário o recurso a contribuições extraordinárias para o financiamento do Fundo de Resolução”.

Entre as novas regras de financiamento do Fundo de Resolução, prevê-se que “a taxa de juro a aplicar aos empréstimos” àquela entidade “seja indexada a uma taxa da dívida da República Portuguesa, periodicamente atualizada de forma compatível com o indexante a considerar”. A taxa de juro, acrescenta o comunicado, “deve refletir a evolução do custo de financiamento da República Portuguesa e manter as condições de solvabilidade do Fundo de Resolução”.

Em causa está o reembolso do empréstimo de 3.900 milhões de euros do Estado ao Fundo de Resolução que permitiu recapitalizar o Novo Banco, na sequência da resolução do Banco Espírito Santo. O reembolso deveria ter sido feito até ao verão, mas o adiamento da venda do Novo Banco levou já o atual governo a prolongar o prazo do empréstimo até final de 2017.

A decisão do governo surge num momento decisivo da segunda tentativa de venda do Novo Banco e permite aliviar a pressão sobre o setor bancário que teria de suportar as perdas que o Fundo de Resolução deverá ter com a operação, já que se antecipa que o encaixe seja inferior ao financiamento concedido pelo Estado.

A informação do Ministério das Finanças esclarece que “quaisquer aumentos ou reduções de responsabilidades decorrentes da materialização de contingências futuras, determinarão o ajustamento da maturidade dos empréstimos do Estado e dos bancos ao Fundo de Resolução, mantendo-se o esforço contributivo exigido ao setor bancário nos níveis atuais”. As alterações visam, segundo o Governo, “assegurar a estabilidade financeira” e “favorecer o reforço da capitalização dos bancos portugueses”.

Os argumentos foram aceites pela Comissão Europeia para quem o empréstimo do Estado do Fundo de Resolução não é uma ajuda de Estado porque se trata uma operação entre entidades públicas.

Fosun exigia dispensa de contribuição extra para investir no BCP

A decisão de não exigir aos bancos que operam no mercado português contribuições extraordinárias para o financiamento do Fundo de Resolução vai ainda ao encontro das condições colocadas pela Fosun para concretizar a compra de uma posição acionista no Millennium BCP que poderá chegar até 30% do capital da instituição. Para fazerem o negócio, os investidores chineses, que já detêm, em Portugal, a Luz Saúde e a seguradora Fidelidade, exigiam garantias sobre as contribuições futuras que o BCP terá de fazer para o Fundo de Resolução. Pediam que não houvesse qualquer contribuição extraordinária destinada a cobrir eventuais perdas na venda do Novo Banco, além de pretenderem que o BCP reconheça já nas respetivas contas as contribuições regulares futuras para o Fundo de Resolução.

O BCP é um dos interessados na compra do Novo Banco e a decisão do governo de aliviar os encargos futuros dos banco com a resolução do Banco Espírito Santo surge num momento decisivo para a venda da instituição. O objetivo do Banco de Portugal é que surjam propostas vinculativas e para todo o universo do Novo Banco que permitam fechar a operação até ao final do ano.

relatório dos curadores de insolvências da Rioforte, da Espírito Santo International e Espírito Santo Control,

Quarta-feira, Setembro 28th, 2016

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Rioforte relatório de insolvência

Novo Banco. Objetivo é fechar venda até final do ano. Será desta?

Quarta-feira, Setembro 28th, 2016

Citamos

Observador

Venda do Novo Banco entra em fase decisiva depois de clarificada a situação no BPI e aberto o caminho à Fosun no BCP. Objetivo é vender até final do ano, mas valor caiu com reforço de capital da CGD.

O processo de venda do Novo Banco está a entrar numa fase decisiva. Com a clarificação acionista nos dois bancos portugueses que estão na corrida, a expectativa é que os quatro concorrentes apresentem uma proposta vinculativa nas próximas semanas para fechar a venda até ao final do ano.

Portugal comprometeu-se com a Comissão Europeia a vender 100% da instituição e dos ativos até final de julho de 2017. Mas na prática e considerando o longo processo de autorizações de reguladores, a escolha do comprador deverá ficar fechada, o mais tardar, até ao final do ano. Esse é o calendário desejado pelo vendedor, segundo informação recolhida pelo Observador. Mas para tal, é necessário que apareçam ofertas vinculativas e que sejam comparáveis entre si, o que não existe até agora.

Ainda que essas ofertas ainda não se tenham materializado, o Observador sabe que a expectativa de valorização do Novo Banco é hoje substancialmente inferior à que foi no passado. Se há um ano se receava que as propostas fossem insuficientes para compensar o capital inicial injetado no Novo Banco em 2014, de 4.900 milhões de euros, ou mesmo os 3.900 milhões de euros emprestados pelo Estado ao Fundo de Resolução, os números que estarão hoje em cima da mesa estarão ainda mais aquém.

O efeito Caixa Geral de Depósitos tirou valor

E um dos fatores que mais peso teve na desvalorização do Novo Banco foi o aumento de capital da Caixa Geral de Depósitos. A noticia de que o banco do Estado ia precisar de quatro a cinco mil milhões de euros, conhecida no período em que estavam a ser preparadas as primeiras ofertas, teve um efeito muito negativo nas avaliações dos investidores internacionais aos bancos portugueses, alimentando o receio de que outras instituições iriam precisar de mais capital. E isso teve impacto no processo do Novo Banco,nos valores e na disponibilidade em apresentar propostas para todo o universo da instituição.

De acordo com informações avançadas pelo Expresso, as ofertas já apresentadas seriam apenas para partes da instituição e os valores não ultrapassariam os 500 milhões de euros.

Um sintoma desse impacto foi a hemorragia do valor em bolsa sofrida pelo BCP nos últimos meses, e que começou com o anúncio do aumento de capital do Banco Popular e se acentuou com a recapitalização da Caixa que acendeu os holofotes sobre as necessidades adicionais de capital de outras instituições portuguesas que ainda estão com prejuízos devido a imparidades de crédito. No caso do BCP, o JP Morgan avançou com as necessidades de reforço de provisões no valor 1.300 milhões de euros.

Desde o início do ano que o BCP perdeu quase 70% da sua cotação, valendo atualmente menos de mil milhões de euros em bolsa. A perda de valor acentuou-se sobretudo a partir de maio.

BCP PL Equity (Banco Comercial P 2016-09-23 14-54-19

O BPI não sofreu uma pressão tão grande, em parte porque estava sob o efeito da OPA do CaixaBank, mas também porque já terá resolvido o grosso das imparidades de crédito, ainda que tenha um problema de rentabilidade do negócio doméstico, o que será ainda um incentivo adicional para ir ao Novo Banco.

A questão do preço será contudo menos relevante no atual concurso do que no procedimento lançado no ano passado, defendem fontes que estão a acompanhar o processo. Isto porque entretanto, a Comissão Europeia terá clarificado com as autoridades portuguesas que o empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução não é uma ajuda de Estado, que tem de ser autorizada, porque se trata de uma operação entre duas entidades públicas. Ou seja, o governo tem margem para prolongar o prazo do reembolso deste empréstimo, o que já fez, numa primeira fase para dezembro de 2017.

Também os bancos deverão poder diluir por vários anos o impacto da perda a encaixar com o preço de venda na situação financeira do Fundo de Resolução, o que alivia encargos futuros no curto prazo.

Os quatro candidatos que se apresentaram no concurso promovido pelo Banco de Portugal apresentaram ofertas ou manifestações de interesse muito diferentes, no valor e no perímetro abrangido, o que dificulta a análise do vendedor, mas também no compromisso. Sabe-se, por exemplo, que o BCP escreveu uma carta com manifestação de interesse, mas não terá logo feito uma proposta específica. O objetivo é que apareçam novas ofertas sobre todo o horizonte em alienação, e não apenas sobre algumas partes, como acontece agora. E para tal, será dada mais informação aos interessados que também tiveram mais tempo.

Ganhar tempo para o BCP e o BPI poderem avançar

O compasso na avaliação das ofertas recebidas no final de junho também pretendia dar oportunidade a dois dos concorrentes, BCP e BPI, para arrumarem a casa em termos acionistas, o que lhes permitirá fazer ofertas mais agressivas e consequentes. A expectativa é que essa clarificação acionista, com possível impacto positivo ao nível da solidez financeira, aconteça até outubro, de forma a permitir a entrega de propostas vinculativas ainda nesse mês para fechar o dossiê.

O processo de arrumação de casa nos bancos nacionais já deu passos decisivos. Primeiro, o conselho de administração do BCP deu luz verde ao interesse da Fosun em comprar uma participação no banco que pode ir até 30% do capital, dando instruções à equipa de Nuno Amado para concluir as negociações com os chineses donos da Fidelidade, até ao final do mês. Este prazo permite avançar com uma proposta para o Novo Banco. O governo aprovou entretanto um diploma que facilita a fusão de ações de uma empresa cotada, que era uma das condições do grupo chinês para investir no BCP.

No BPI, também os acionistas deram finalmente luz verde à eliminação do limite aos direitos de voto no banco, viabilizando a oferta pública de aquisição (OPA) do CaixaBank, ao mesmo tempo que se chegou a um acordo com Isabel dos Santos para resolver o excesso de exposição a Angola. A clarificação acionista e estratégica permitirá à gestão liderada por Fernando Ulrich avançar com uma oferta mais competitiva do que a apresentada no primeiro concurso realizado no ano passado quando o banco vivia momentos de impasse.

“O banco está a estudar seriamente essa operação [a venda do Novo Banco] e o aspeto que hoje foi resolvido [a desblindagem] permite ao BPI tomar posições, porque já não está bloqueado (…)”, afirmou Artur Santos Silva, à saída da assembleia-geral do dia 21 de setembro,

De acordo com fontes do setor financeiro, a compra do Novo Banco pelo BPI, e a escala que isso proporciona, pode fazer a diferença entre manter uma estratégia autónoma ou transformar-se numa sucursal do CaixaBank em Portugal. Já o interesse do BCP, que não concorreu no ano passado, estará sobretudo ancorado na preocupação de não perder o estatuto do maior banco privado português para o concorrente BPI/Novo Banco.

No entanto, a instituição liderada por Nuno Amado tem uma margem de manobra mais limitada neste dossiê, sobretudo porque ainda não devolveu a totalidade da ajuda recebida pelo Estado, falta pagar 750 milhões de euros de CoCos (instrumentos de dívida convertíveis), o que condiciona a oferta para um banco concorrente à autorização da Comissão Europeia. Caso o BCP avance com o conforto do novo futuro acionista — ainda faltam alguns passos para o interesse da Fosun se materializar — então ogrupo chinês voltaria, ainda que indiretamente, a entrar na corrida pelo Novo Banco.

A Fosun fez parte dos finalistas na primeira tentativa de venda do Novo Banco no ano passado, juntamente com a também chinesa Anbang e o fundo americano Apollo que foi o único deste trio a apresentar uma nova oferta no procedimento lançado no início do ano.

Na corrida estão ainda a dupla Apollo/Centerbridge, que investiu já na Tranquilidade (seguradora que era do Grupo Espírito Santo) e a Lone Star, uma empresa com investimentos financeiros na área imobiliária.

A venda direta e em bloco a um dos quatro investidores continua a ser o plano A, mantendo-sea dispersão em bolsa como o Plano B, mas num cenário menos provável do que quando começou a ser trabalhada a segunda tentativa de venda do Novo Banco. A contínua desvalorização dos bancos europeus em bolsa, acentuada pelo efeito Brexit, e o aumento da visibilidade dos problemas no balanço das instituições nacionais, tornaram esta opção menos viável, mas ela não caiu.

Apesar das reservas colocadas pelo supervisor, ao projeto do prospeto de admissão à cotação do Novo Banco, apresentado na primeira metade do ano. Ainda na semana passada, numa comunicação aos colaboradores do banco, o presidente referia aexistência de novos investidores interessados na dispersão de capital. Em mensagem aos colaboradores, António Ramalho recusou ainda a possibilidade de a instituição ser vendida em partes, numa referência a algumas das propostas iniciais recebidas pelo Banco de Portugal e os seus consultores.

O presidente do Novo Banco veio entretanto esclarecer que a “prioridade específica” continua a ser a venda direta e destacou que é uma boa notícia” que “os quatro concorrentes aparentemente estejam a criar condições para poderem fazer as suas ofertas”.

Liquidação ordeira? Custaria demasiado

Afastada está, para já, a proposta que terá sido feita pelo Haitong (antigo Banco Espírito Santo Investimento liderado ainda por José Maria Ricciardi) para encontrar investidores fora do concurso internacional lançado pelo Banco de Portugal e Fundo de Resolução. Fonte próxima do dossiê garantiu ao Observador que esta manifestação de interesse, que passaria por um mandato para colocar 30% do capital, não está a ser considerada no processo em curso.

Completamente afastada está igualmente um cenário de liquidação, ainda que ordeira, colocado em cima da mesa numa carta do primeiro-ministro enviada a Bruxelas, no quadro das negociações para evitar a aplicação de sanções a Portugal. Se o Novo Banco não for vendido até agosto de 2017 — o prazo limite dado pela Comissão Europeia — “vai entrar num processo ordeiro de liquidação”.

Uma liquidação, ainda que ordeira, seria um duro golpe para o fragilizado setor bancário português e o último sinal que se pretende dar sobre a saúde da economia e sobre a capacidade para atrair investimento estrangeiro. Além de que esta solução traria uma fatura incomportável para o Fundo de Garantia de Depósitos que, por lei, tem de garantir depósitos até 100 mil euros por titular.

Em maio, António Costa tinha afastado a possibilidade de que uma eventual alienação por valor baixo do Novo Banco viesse a resultar num qualquer desconto por parte dos contribuintes.

“Independentemente do valor da alienação [do Novo Banco], as responsabilidades do Fundo de Resolução para com o Estado manter-se-ão. Uma alienação por um valor baixo pode implicar responsabilidades elevadas para os participantes no sistema, mas não contará com qualquer desconto por parte dos contribuintes”.

E adiar outra vez? Vantagem não é garantida

Adiar é um cenário sempre possível e poderá constituir neste caso o plano C, ainda que essa intenção não esteja para já a ser considerada. Não só teria de passar, outra vez, pelo crivo da Comissão Europeia, como não existe qualquer garantia de que mais tempo para vender permitiria obter uma proposta mais vantajosa. Essa é já uma conclusão possível do primeiro adiamento da venda do Novo Banco, que foi aliás assumida pela ex-ministra das Finanças.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, Maria Luís Albuquerque afirmou que foi contra o adiamento da venda, uma decisão que terá sido tomada pelo Banco de Portugal, mas com o apoio do então primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

“Essa decisão não era do Governo, era do Fundo de Resolução — ou seja, do Banco de Portugal que optou por adiar a operação por considerar as ofertas insuficientes – Mas a minha posição na altura é que devia ter sido vendido.”

A ex-ministra das Finanças sublinhou ainda “que esperar por dias melhores para vender não tem sido uma estratégia positiva. Mais para a frente nunca foi melhor portanto não tenho razões para acreditar que adiar é bom.”

O cancelamento da concurso em setembro do ano passado foi justificado pelo Banco de Portugal depois de considerar que as condições das três propostas vinculativas não eram satisfatórias e que o processo foi condicionado por importantes fatores de incerteza.

“O Conselho de Administração do Banco de Portugal concluiu que nenhuma daquelas três propostas vinculativas apresentava condições adequadas em matéria de preço e de risco para o Fundo de Resolução. O Conselho entendeu que para esse resultado contribuiu um conjunto de fatores de incerteza que se manifestaram ao longo do processo de venda e que, não estando ainda afastados, beneficiarão de clarificações que ocorrerão a breve trecho.

Assim, (…) decidiu que o processo de venda será retomado quando os principais fatores de incerteza se encontrarem removidos e a venda se possa desenrolar em circunstâncias menos adversas e que melhor propiciem a obtenção de propostas mais condizentes com os objetivos fixados pelo Banco de Portugal.”

“O Conselho de Administração do Banco de Portugal concluiu que nenhuma daquelas três propostas vinculativas apresentava condições adequadas em matéria de preço e de risco para o Fundo de Resolução. O Conselho entendeu que para esse resultado contribuiu um conjunto de fatores de incerteza que se manifestaram ao longo do processo de venda e que, não estando ainda afastados, beneficiarão de clarificações que ocorrerão a breve trecho”.
Explicação ddo Banco de Portugal para cancelar venda do Novo Banco, 15 de setembro de 2015

A degradação dos resultados da instituição e a necessidade de reconhecer mais perdas do que as previstas, pressionaram os fundos próprios do Novo Banco, gerando uma fonte de incerteza e risco sobre as necessidades de capital do banco que os interessados não estavam disponíveis para assumir, numa altura em que se esperavam os resultados dos testes de stress,

Por outro lado, a crise nos mercados chineses arrefeceu o apetite dos principais competidores, a Fosun e a Anbang, que recusaram melhorar as ofertas a pedido de do Banco de Portugal. O facto de estamos a um mês da realização de eleições legislativas, também terá contribuído para o adiamento.

O Banco de Portugal acabou por reconhecer também alguma falta de capacidade e experiência para conduzir um processo de venda com as especificidades e dificuldades deste, tendo avançado com a contratação do antigo secretário de Estado das Obras Públicas para liderar a segunda tentativa de venda. “Foi necessário encontrar um responsável de reconhecido mérito e elevada experiência em operações desta natureza que pudesse assegurar a coordenação e gestão de toda a operação, incluindo o acompanhamento do programa de transformação a implementar pelo Novo Banco, que é condição essencial para a sua venda”.

Sérgio Monteiro, que foi o principal rosto das privatizações da coligação PSD-CDS foi contratado ainda com o anterior governo no poder. Para além de Sérgio Monteiro, estão ainda a trabalhar no dossiê o Deutsche Bank como assessor financeiro, que substitui o BNP Paribas, e os assessores jurídicos Vieira de Almeida & Associados e pela Allen & Overy”.

Sabe-se que a primeira tentativa falhada de alienação custou 9,7 milhões de euros, de acordo com informação do relatório e contas do Fundo de Resolução. Ainda não se sabe quanto custará esta, já que nem todos os contratos são públicos ainda e questionado pelo Observador sobre o tema, o Banco de Portugal nunca deu respostas.

Sabe-se que o contrato de Sérgio Monteiro, que mantém o vínculo à Caixa BI, é válido por 12 meses e tem um valor global de cerca de 300 mil euros, incluindo IVA. A sua contratação foi polémica, mas o novo governo manteve o ex-secretário de Estado no comando do processo de venda e aceitou que a presidência do Novo Banco fosse assumida por António Ramalho, o ex-presidente da Infraestruturas de Portugal, que levou para a frente, com o apoio de Sérgio Monteiro, o projeto de fusão da Estradas de Portugal com a Refer.

Vender traz perda? E quanto custa manter no Estado?

É certo que uma das principais fontes de incerteza sobre a situação financeira do banco foi entretanto resolvida com a transferência no final do ano passado das responsabilidades para com as obrigações subordinadas para o Banco Espírito Santo. Mas se esta operação aliviou as necessidades de capital do Novo Banco em cerca de dois mil milhões de euros, foi de tal forma polémica junto dos mercados internacionais que acabou por aumentar a desconfiança dos investidores em relação à banca portuguesa e às decisões da regulação nacional.

Por outro lado, o Novo Banco ainda não se libertou da herança de créditos de má qualidade do tempo do BES. No primeiro semestre, teve prejuízos de 363 milhões de euros e não irá regressar aos lucros este ano.

Além disso, há sempre uma surpresa ou um desenvolvimento inesperado negativo no horizonte que podem comprometer uma transação que já é de alto risco. Se no verão passado foi a crise da bolsa chinesa e a crise grega, este ano tivemos o Brexit e a visibilidade internacional das dificuldades da banca portuguesa.

Mas se todos os argumentos apontam no sentido da venda, ainda que a um preço com um grande desconto, a verdade é que a decisão final, ainda que pertença do ponto de vista formal ao Banco de Portugal, não será tomada à revelia do governo. Ou seja, não a venda não avançará se o governo for contra. E é mais que provável que os parceiros à esquerda, o PCP e o Bloco de Esquerda sejam consultados antes de finalizada a decisão. Tanto mais, quando se sabe que a venda do Novo Banco é um dos pontos de fricção na coligação que apoia o executivo socialista, com os partidos de esquerda a defender a manutenção da instituição na esfera do Estado.

O governo de António Costa terá argumentos que podem ser usados para persuadir os mais resistentes à venda, acenando com os custos futuros de manter o Novo Banco na esfera pública e o espetro de uma reestruturação mais agressiva. Ainda na recente avaliação à economia portuguesa, o Fundo Monetário Internacional avisou: “As necessidades de capital do maior banco, a CGD, e possíveis perdas decorrentes da venda do Novo Banco podem exigir mais injeções de dinheiro público”

A capacidade de persuasão dependerá contudo muito das condições da oferta final, e que não passam apenas pelo preço, mas também pela integridade da área comercial e de retalho que constitui o coração do antigo Banco Espírito Santo.

 

 

Santos Silva: Desbloqueio no BPI facilita decisões sobre Novo Banco

Sexta-feira, Setembro 23rd, 2016

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Notícias ao Minuto

O presidente do Conselho de Administração do BPI disse hoje que o desbloquear da situação do banco permite a tomada de decisões no âmbito do processo de compra do Novo Banco.

“O banco está a estudar seriamente essa operação e vai continuar a estudá-la e a tomar decisões. O aspeto que hoje ficou resolvido permite ao banco tomar posições quando for a altura, e quando for conveniente, porque não está bloqueado nas exigências de capital”, disse hoje Artur Santos Silva na conferência de imprensa que se seguiu à assembleia-geral de acionistas, no Porto, que durou menos de uma hora.

O Novo Banco – o banco de transição que resultou do resgate ao BES – está atualmente em processo de venda, o segundo depois de o primeiro ter sido suspenso em setembro de 2015, com o Banco de Portugal a considerar que nenhuma proposta era interessante.

De momento foram quatro as propostas recebidas, dos fundos Apollo/Centerbridge e Lone Star e dos bancos BCP e BPI. Segundo o Público divulgou no início de agosto, à margem do concurso público, o Haitong Bank (ex-BES Investimento) fez também uma proposta ao Fundo de Resolução para uma aquisição parcial.

Os acionistas do BPI aprovaram hoje o fim da regra que impede um acionista de votar com mais de 20%, independentemente da sua participação social.

Esta alteração era condição para o Caixabank fazer avançar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) que lançou no início do ano sobre o banco, em que ofereceu 1,113 por ação, avaliando o banco em 1600 milhões de euros.

Além de abrir caminho ao controlo do BPI pelo Caixabank, a desblindagem de estatutos permite também a redução da exposição do BPI em Angola, obrigatória pelo Banco Central Europeu (BCE), uma vez que na terça-feira à noite foi conhecido que a administração do BPI fez uma nova proposta aos parceiros angolanos, que passa pela venda de 2% do capital do Banco de Fomento Angola (BFA) à operadora Unitel por 28 milhões de euros, permitindo que a operadora angolana passe a ser a maior acionista.

Atualmente, o BPI detém 50,1% do capital do BFA, enquanto a Unitel é dona de 49,9%, e o objetivo desta operação é resolver a situação de ultrapassagem do limite dos grandes riscos impostos pelo BCE relativamente à exposição do banco português a Angola.

Esta proposta feita à operadora Unitel, de Isabel dos Santos, estava condicionada à desblindagem dos estatutos do banco português.

Há quase dois anos que os principais acionistas do BPI, o espanhol CaixaBank e a angolana Santoro, protagonizaram um conflito, que se agudizou no início deste ano, inicialmente sobre a redução da exposição do banco a Angola, obrigatória pelo Banco Central Europeu, mas que se estendeu também à estratégia para futuro do banco.

Esse conflito veio pôr em evidência a regra dos estatutos do banco que limita a 20% os direitos de voto, independentemente da participação social de cada acionista, uma vez que devido a ela o Caixabank (com 45,5%) tinha praticamente o mesmo poder da angolana Santoro (com 18,6%, os quais se relacionam com os 2,28% que o Banco BIC tem no BPI, uma vez que ambas as empresas têm Isabel dos Santos como acionista de referência).

Presidente do Novo Banco reafirma que “prioridade específica” é venda direta

Sexta-feira, Setembro 23rd, 2016

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Observador

O presidente do Novo Banco reafirmou que esta quinta-feira que a “prioridade específica” é a venda direta da instituição financeira.

O presidente do Novo Banco reafirmou esta quinta-feira que a “prioridade específica” é a venda direta da instituição financeira e considerou “uma boa notícia” que “os quatro concorrentes aparentemente estejam a criar condições para poderem fazer as suas ofertas”.

Sem querer tecer comentários sobre a possibilidade de haver novos concorrentes à compra do banco, António Ramalho justificou esta posição com “todos os acordos de confidencialidade” e “questões de princípio”.

António Ramalho, que falava aos jornalistas à margem da conferência “O Turismo como pilar da economia nacional”, promovida pelo banco a que preside e que esta quinta-feira à tarde decorreu na Universidade do Algarve, adiantou que a administração e o Fundo de Resolução aguardam, para já, “as melhores condições para que essa transação seja feita”.

Questionado pelos jornalistas sobre a hipótese de a venda do banco passar pela entrada em bolsa, aquele responsável disse não querer falar “em mais soluções”, quando “as que estão em cima da mesa estão a correr bem”.

Segundo António Ramalho, apesar dos prejuízos registados no primeiro semestre de 2016, a administração está “particularmente concentrada no equilíbrio do balanço”, pelo que aponta 2017 como “o ano da conta dos resultados”.

Esta semana, o presidente do Novo Banco dirigiu uma carta aos seus colaboradores, já publicada na comunicação social, na qual assume algumas prioridades para o banco, nesta fase.

Na missiva, António Ramalho refere que a administração “continua a apoiar intensamente o Fundo de Resolução na venda direta” e que está em vias de “terminar os trabalhos essenciais à preparação de um eventual IPO [Oferta Pública Inicial] para institucionais”.

A conferência promovida pelo Novo Banco no Algarve foi encerrada pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

0 BPI está a estudar “seriamente” compra do Novo Banco

Quinta-feira, Setembro 22nd, 2016

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Público

Artur Santos Silva adiantou intenção do banco. Fernando Ulrich prometeu “um BPI mais forte a partir de agora”.

O BPI está desblindado a partir desta quarta-feira e, por isso, pode voltar a estar concentrado nos negócios, nos clientes e no Novo Banco. “O banco está a estudar seriamente essa operação [a venda do Novo Banco] e o aspecto que hoje foi resolvido [a desblindagem] permite ao BPI tomar posições, porque já não está bloqueado (…)”, garantiu Artur Santos Silva, presidente da instituição, na conferência de imprensa que se seguiu à assembleia geral de accionistas.

Já Fernando Ulrich, presidente da comissão executiva (CEO), pretendeu deixar uma mensagem de confiança: “Contem com um BPI ainda mais forte e aguerrido.” Sem conseguir disfarçar alguma frustração face às cedências no caso angolano, o CEO admitiu que “os dois bancos [Banco Fomento Angola e BPI] vão entrar em fases novas e importantes”.

“É um dia bom para o BPI”, afirmou o responsável, que deixa para os historiadores a avaliação dos acontecimentos dos últimos dois anos, marcados por profundas divergências entre os maiores accionistas e duras negociações com o Banco Central Europeu.

Ramalho cria equipe para gerir soluções de capital do Novo Banco e quer comissão executiva

Quinta-feira, Setembro 22nd, 2016

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Económico

O CEO do NB quer alterar os estatutos e escolher um modelo de governance que terá uma equipa de administração não executiva e uma comissão executiva, esta composta por sete elemento. Veja aqui a carta de António Ramalho aos colaboradores do Novo Banco na integra.

O novo presidente do Novo Banco dirigiu uma carta aos colaboradores. De todas as mensagens destacamos que a administração do banco está a trabalhar com o Fundo de Resolução para uma solução accionista que passará por uma entrada em bolsa (IPO).

O maior accionista, neste cenário, poderia ser quem ficasse com mais acções (um figurino accionista semelhante ao dos CTT), parece transparecer das palavras do CEO do Novo Banco.

Outra novidade na carta é a proposta, que tem de ser feita ao BCE, de um modelo de governação “ajustado às novas exigências regulatórias”, que passa pela “convergência das exigências de capital com os outros bancos nacionais e ibéricos”. Nesse sentido já foram apresentados novos estatutos ao BCE, e já foram fixados os perfis que completarão selectivamente a Comissão Executiva e aguarda-se a definição dos administradores independentes.

Segundo o Económico sabe a proposta consiste em ter sete administradores executivos (à semelhança da CGD).

Fontes admitem que José Bettencourt que entrou no Novo Banco pelas mãos do anterior presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha como chefe de gabinete do presidente, possa passar a administrador, mas a informação não foi confirmada.

Finalmente um terceiro ponto importante na carta, é que o side bank pode ser transferido para um side bank de toda a banca nacional, de que há muito se fala no governo e Banco de Portugal. “Somos o banco mais avançado na separação conceptual dos seus activos supérfluos através do conceito de “side Bank” o que nos permitirá beneficiar de quaisquer instrumentos que, no futuro, se poderão criar para endereçar esse problema comum à Banca portuguesa e europeia”, diz António Ramalho.

A notícia da carta foi avançada pelo Jornal de Negócios.

Eis a carta obtida pelo Económico na integra:

“Faz hoje um mês que tomei posse como CEO do Novo Banco. Desde essa data elegi três prioridades como essenciais a esta fase do nosso Banco.

A primeira assenta numa nova responsabilidade na gestão do capital que envolve o Management na resolução do problema accionista que ainda nos afecta. Nesse sentido, continuamos a apoiar intensamente o Fundo de Resolução na venda directa, estamos em vias de terminar os trabalhos essenciais à preparação de um eventual IPO para Institucionais e criámos uma equipe designada CPO-Capital Project Office para desenvolver e apresentar várias soluções de capital, alternativas e complementares ao processo em curso.

A segunda, mais lenta mas mais importante no longo prazo, consiste no estudo de uma solução comercial para o futuro, que terá, na digitalização e na relação de proximidade aos clientes, os seus maiores desafios. Menos visível já existe uma equipe a trabalhar alguns temas específicos para assegurar o arranque rápido desta iniciativa.

A terceira consiste na definição de um modelo de governação ajustado às novas exigências regulatórias, assegurando a convergência das exigências de capital com os outros bancos nacionais e ibéricos e o aumento da nossa reputação bancária essencial à nossa actividade comercial. Nesse sentido já foram apresentados novos estatutos ao BCE, já foram fixados os perfis que completarão selectivamente a Comissão Executiva e aguarda-se a definição dos administradores independentes.

Todas estas iniciativas realizadas num mês têm sido explicadas em diversas reuniões na rede de retalho, na rede private e na rede empresas. Mas neste mês também se notou uma renovada atenção dos actuais concorrentes à compra directa do nosso Banco, bem como um novo interesse por novos investidores potenciais em ambiente de IPO.

Não existe assim, objectivamente, nenhuma razão, para que o Banco não encontre um ou vários accionistas neste processo de venda em curso, nesta ou noutra modalidade. Temos todos consciência que esta operação, sendo realizada da melhor forma possível nas actuais condições de mercado, contribuirá, quer para um futuro desafiante para o nosso Banco, quer para a estabilização de todo o sistema financeiro português.

Sabemos que ainda surgem esporadicamente, ainda que de forma cíclica, ideias vagas sobre a divisão do Novo Banco. Mas, hoje tais ideias não são credíveis porque estão desactualizadas.

E estão desactualizadas porque o Banco tem estado na primeira linha do desinvestimento em actividades não “core”.

Primeiro pelo exemplo da venda de activos como o BESI ou mais recentemente os processos de venda do NB Asia e BES Venetie, que contribuem para recentrar o Banco na sua actividade doméstica antecipando o que outros tenderão a fazer.

Segundo, porque somos o Banco mais agressivo na venda de património imobiliário estimando atingir vendas superiores a 500 Milhões de Euros ainda neste ano.

Terceiro, porque somos o banco mais avançado na separação conceptual dos seus activos supérfluos através do conceito de “Side Bank” o que nos permitirá beneficiar de quaisquer instrumentos que, no futuro, se poderão criar para endereçar esse problema comum à Banca portuguesa e europeia.

 

 

Presidente do Novo Banco opõe-se a dividir para vender

Quarta-feira, Setembro 21st, 2016

Citamos

RTP com som

O presidente do Novo Banco está a ultimar o processo de venda em bolsa. Numa carta aos trabalhadores a que a RTP teve acesso, António Ramalho afirmou que a ideia de dividir o banco em partes para vender não é credível.

Diz que a equipa de gestão continua a apoiar o Fundo de Resolução na venda direta, e ao mesmo tempo está a ultimar o processo para uma eventual venda do capital em bolsa destinada a grandes investidores, caso seja esse o caminho escolhido.

Na carta, António Ramalho está optimista no futuro do Novo Banco.

 

Novo Banco e capitalização da CGD podem penalizar contas públicas

Terça-feira, Setembro 20th, 2016

Citamos

Observador

A Comissão Europeia avisou que o impacto final do Novo Banco e da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) nas contas públicas ainda não é conhecido, alertando que podem comprometer a execução orçamental deste ano.

A Comissão Europeia avisou que o impacto final do Novo Banco e da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) nas contas públicas ainda não é conhecido, alertando que podem comprometer a execução orçamental deste ano.

“O impacto final da venda do Novo Banco e da recapitalização da CGD nas finanças públicas e/ou em outros bancos ainda é desconhecido”, afirma a Comissão Europeia no relatório sobre a quarta missão de monitorização pós-programa a Portugal, que decorreu no final de junho.

Para Bruxelas, a capitalização da banca é um dos riscos negativos para as contas públicas, sublinhando que “as necessidades de financiamento da banca ainda são incertas”.