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Chineses da Anbang e Fosun já concluíram due dilligence, bem como o Santander. Agora é a vez dos fundos americanos.
O processo de ‘due diligence’ dos interessados na compra do Novo Banco entrou esta semana na fase final, com a chegada da equipa da Apollo à sede da instituição, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, apurou o Diário Económico. E nas próximas duas semanas será a vez de outro ‘private equity’ americano, o fundo Cerberus, passar a pente fino as contas do banco de transição liderado por Eduardo Stock da Cunha.
O processo de ‘due dilligence’, através do qual os interessados podem verificar a situação do activo que pretendem adquirir, constitui a penúltima etapa do calendário de venda do Novo Banco. Dos cinco grupos interessados na compra da instituição, foram os chineses (Anbang e Fosun) os primeiros a avançarem com os respectivos processos de ‘due dilligence’, com numerosas reuniões com as equipas do banco.
Seguiu-se o Santander, o único banco na corrida. E esta semana foi a vez da Apollo.
Após o ‘due dilligence’, os cinco interessados terão até ao fim do mês para entregarem ao Banco de Portugal as suas propostas vinculativas. O supervisor poderá, de seguida, chamar os candidatos que apresentem as ofertas mais elevadas e iniciar um processo de negociação, com vista a melhorar as propostas.
O objectivo do Banco de Portugal e do Governo – que tutela o Fundo de Resolução que injectou 4,9 mil milhões de euros no Novo Banco – é maximizar o valor da venda.
Se o banco for vendido por menos de 4,9 mil milhões, o diferencial será pago pelo conjunto do sector bancário, por um prazo que poderá ser superior a 20 anos, conforme noticiou o Diário Económico na passada segunda-feira. Mas o calendário e as condições desse reembolso só será definido após o fecho da operação, sendo que no mercado existe a expectativa de que o prejuízo será menor do que o previsto. Tal como o Diário Económico noticiou, a chinesa Anbang apresentou a proposta mais elevada, na fase de ofertas não vinculativas, com um valor na casa dos quatro mil milhões de euros.
O Banco de Portugal espera concluir o processo de venda do terceiro maior banco português em activos durante o verão. Para além do preço, será tido em conta o projecto industrial de cada candidato para o Novo Banco.