20150110
O conselho de administração do Santander, que detém em Portugal o Santander Totta, aprovou na quinta-feira um aumento de capital de até 7.500 milhões de euros, operação que melhorará os rácios de capital do banco entre 8 e 10%.
Ana Patricia Botín
A operação realizou-se entre investidores institucionais por um montante nominal de 606.796.117 euros e a emissão de 1.213.592.234 ações ordinárias do Banco Santander.
Estes títulos representam 9,64% do capital social do banco antes do aumento de capital.
As entidades encarregadas da colocação dos títulos (que começam a ser transaccionadas a 13 de Janeiro) foram a Goldman Sachs e o UBS.
O Santander referiu na quinta-feira que, depois da operação de aumento de capital, vai “reformular a sua política de dividendos, voltando a pagar em efectivo a maior parte do mesmo”, e recordou que, durante os anos da crise, o programa Santander Dividendo Elección permitiu que o banco se conseguisse recapitalizar, podendo os accionistas optar por receber os dividendos ou convertê-los em acções.
“A intenção do Conselho de Administração é que a retribuição em relação aos resultados de 2015 seja de 0,20 euros por acção”, lê-se na nota do Santander, acrescentando-se que, “nos próximos exercícios, a evolução do dividendo será de acordo com o crescimento dos resultados, com o objectivo de que a remuneração efectiva represente entre 30% e 40% do resultado recorrente, em vez dos actuais 20%”.
O banco espanhol formalizou a 23 de Dezembro a manifestação de interesse na aquisição do Novo Banco, o banco de transição que herdou os activos e passivos considerados não tóxicos do Banco Espírito Santo (BES), que foi alvo de uma resolução pelo Banco de Portugal.
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