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Aethel: “Governo só quer despachar o Novo Banco”

Quinta-feira, Maio 18th, 2017

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Eco

Aethel: “Governo só quer despachar o Novo Banco”

A Aethel Partners mantém a crítica ao processo de venda. Ricardo Santos Silva diz que o Novo Banco está a ser vendido por zero, salientando que a sua proposta é melhor. E resolve a litigância

A Aethel Partners volta às críticas ao processo de venda do Novo Banco. Em entrevista à CNBC, Ricardo Santos Silva ataca a decisão do Governo, afirmando que a instituição está ser vendida por zero. Diz que a sua proposta é melhor, mas não teve, até ao momento, qualquer resposta, rematando que o Executivo só quer “despachar o processo”.

“O Novo Banco está a ser vendido por zero ao Lone Star. Não entendemos esta decisão. Fizemos uma oferta no início de janeiro. Ninguém nos disse que a nossa proposta não foi aceite até agora”, diz o fundador do fundo no Sqwak Box, um programa da CNBC. “A nossa proposta era muito melhor que a da Lone Star”, nota.

“Não percebemos a decisão do Governo. O Governo só quer despachar o processo vendendo o Novo Banco a qualquer preço”, acusa o responsável, salientando que poderá a haver custos para os contribuintes. “A venda irá pesar nos contribuintes ao longo dos anos”, tendo em conta a litigância que poderá resultar deste processo.

“A oferta é feita pela Aethel, mas queremos juntar todos os investidores. Esta é uma oferta que permitirá acabar com anos de litigância“, nota Ricardo Santos Silva.

“Não percebemos a decisão do Governo. O Governo só quer despachar o processo vendendo o Novo Banco a qualquer preço.”

Ricardo Santos Silva

Aethel Partners

A Aethel Partners, sociedade britânica de Ricardo Santos Silva, foi uma das que pediu aos seus advogados para avançarem com uma ação no sentido de bloquear a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star.

Um grupo, liderado pela BlackRock e pela Pimco, que perdeu mais de mil milhões de euros quando o banco central decidiu transferir cinco linhas de obrigações do Novo Banco para a massa falida do Banco Espírito Santo (BES), ou o chamado “banco mau”, fez o mesmo, procurando salvaguardar o que consideram serem os seus direitos.

O Banco de Portugal já respondeu oficialmente às providências cautelares entregues por grandes investidores para travar a venda. O ECO sabe que o banco liderado por Carlos Costa defende a sua posição, referindo o “interesse público” para justificar a venda do banco de transição.

Novo Banco. Oferta do Aethel prevê que Estado fique com 9%

Domingo, Março 5th, 2017

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Dinheiro Vivo

Fundo diz que Lone Star é um “oportunista” e que a proposta deste não defende contribuintes. Líder do Aethel preside duas sociedades nas ilhas Caimão

A oferta apresentada pelo fundo Aethel para a compra do Novo Banco prevê a tomada de 91% do capital do ex-BES, com os 9% remanescentes a ficar em mãos públicas. Em troca de 91% do capital, o Aethel propõe-se pagar “até 2,8 mil milhões”, sem especificar as condições que influenciam este preço.

E promete um aumento de capital de mil milhões no banco. Os termos da oferta são parcialmente detalhados na carta enviada por este fundo ao Ministério das Finanças e Banco de Portugal no final de fevereiro, a que o Dinheiro Vivo teve acesso. O envio da carta foi noticiado na segunda-feira pelo Jornal de Negócios, que já em janeiro tinha revelado o interesse da Aethel no ex-BES.

Neste caso, tal como nos restantes “documentos confidenciais” que têm vindo a público sobre as ofertas pelo Novo Banco, nada é revelado sobre as ‘dores’ associadas a cada oferta. Falamos por exemplo de quantos trabalhadores serão despedidos ou balcões fechados, aspetos ausentes dos documentos ou partes destes que vão surgindo. Lone Star? “Oportunistas!” Na carta a Mário Centeno e Sérgio Monteiro, o Aethel não puxa apenas pela sua oferta, faz um ataque ao Lone Star, entidade escolhida para a última ronda negocial pelo Novo Banco. Além de riscar a hipótese de se associar a este fundo – “seria inaceitável” – , o Aethel critica a oferta: “Com base nas informações públicas, acreditamos que não serve os interesses da República”, afirmam, concluindo que serão melhores defensores do interesse público que “novos operadores oportunistas”.

A oferta do Aethel, porém, poderá também ela ser vista como oportunista: os investidores que participam neste fundo são aqueles que avançaram judicialmente contra o Banco de Portugal e que, agora, procuram fechar um acordo extrajudicial através da tomada do Novo Banco, ainda antes de qualquer decisão dos tribunais.

“A estrutura do Aethel para avançar com a aquisição definirá os parâmetros para satisfazer os queixosos cujos valores, em última análise, teriam de ser pagos pelo Fundo de Resolução, reduzindo substancialmente o risco sobre o Estado”, diz a carta – um “detalhe” já antes noticiado pelo Eco. Apesar das Finanças e do Banco de Portugal terem recebido e debatido a carta do Aethel, a verdade é que este fundo continua de fora da corrida, já em fase de negociações exclusivas com o Lone Star. A única forma de conseguir entrar na corrida passaria pela associação a um candidato que tenha percorrido o caminho todo, isto quanto o fundo recusa associar-se aos norte-americanos do Lone Star e sublinha que a sua oferta “vale por si só”.

Uma outra hipótese passaria por ter o Banco de Portugal a alterar as regras a meio da venda, algo que, porém, pode acarretar ainda mais processos. Aethel, Miguel Relvas e Caimão A carta do Aethel é assinada por Aba Schubert e Ricardo Santos Silva, fundadores do fundo, mas a sociedade estende-se também a Miguel Relvas, ex-ministro de Passos Coelho e parceiro do Aethel na Pivot, sociedade presidida pelo mesmo Ricardo Santos Silva e que aproveitou os escombros de um outro banco colapsado, no caso o BPN, para avançar sobre o Efisa.

Mas além de ser o líder do Aethel e da Pivot, Ricardo Santos Silva é também presidente de outras duas sociedades, estas sediadas nas ilhas Caimão: a Danae, de consultoria, e a Perseus, dedicada à recuperação do crédito. Santos Silva apresenta ainda no currículo uma passagem de três anos pelo BES Investimento, entre 2004 e 2007.

Relvas já tem 31,7% da Pivot, parceira do último candidato ao Novo Banco

Sexta-feira, Março 3rd, 2017

Citamos

Público

O reforço para 31,7% resulta da aquisição de acções que pertenciam a António Bernardo e a Mário Palhares.

Miguel Relvas, antigo número dois de Pedro Passos Coelho e ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, já tem 31,7% da Pivot, a holding que em 2015 comprou o banco Efisa, o banco de investimento do BPN. Uma transacção que está há quase ano e meio à espera que o Banco Central Europeu (BCE), em articulação com o Banco de Portugal, valide a idoneidade da holding e dos seus accionistas para deter posições em instituições financeiras.

O reforço de 25% para 31,7% efectuado nos últimos meses por Miguel Relvas, um ex-governante omnipresente no mundo dos negócios, na Pivot, resulta da aquisição de acções que pertenciam a António Bernardo, consultor da Roland Berger, e a Mário Palhares, do Banco de Negócios Internacional (BNI) e antigo vice-governador do Banco Nacional de Angola.

António Bernardo e Mário Palhares também venderam acções a Ricardo Santos Silva, ex-BESI, e a Aba Schubert, tendo cada um deles ficado com mais de 31% da holding. Santos Silva e Aba Schubert estão juntos no private equity Aethel Partners, que tem sede em Londres. Com 62% da Pivot, a Aethel consolida a sua posição de principal accionista do banco de investimento do BPN, Efisa. Francisco Febrero fica com 5%.

Em 2015 a Pivot “ganhou” o concurso de venda da Efisa por 38 milhões de euros. Um valor inferior aos 77,5 milhões de euros injectados, entre 2012 e 2015, pelo Tesouro português no banco de investimento do antigo BPN. O Efisa transitou para a esfera estatal em 2012, quando o BPN foi vendido ao BIC Portugal.

“Fale com o dr. Ricardo Santos Silva, fale com ele.” Foi deste modo que Miguel Relvas respondeu ao PÚBLICO quando inquirido sobre a sua posição actual na Pivot, após ficar com as acções de Bernardo e Palhares. Para além de Relvas, também Manuel Dias Loureiro, também ele social-democrata, se movimenta no circulo da Aethel, mas, em 2015, fonte oficial da Pivot garantiu ao PÚBLICO: “Não é, nem será accionista.” Dias Loureiro está no centro da falência do BPN em 2008, onde foi accionista e gestor, processo que lesou o Estado em cerca de 4 mil milhões de euros.

Apesar de a holding estatal Parparticipadas ter anunciado no final de 2015 que fechou acordo com a Pivot para vender o Efisa, o negócio ainda não foi concretizado. A lei impõe que o BCE e o Banco de Portugal avaliem a idoneidade dos accionistas de referência das instituições financeiras, independentemente da sua dimensão. E o PÚBLICO apurou que a Pivot (Miguel Relvas, Ricardo Santos Silva, Aba Schubert, Febrero) continua à espera de que os supervisores emitam um parecer positivo para assumirem o Efisa. Relvas foi aconselhado a não integrar os seus órgãos sociais, razão pela qual o seu nome não consta da lista submetida ao Banco de Portugal.

O impasse à volta do futuro do Efisa coincide com as movimentações da Aethel, o grande accionista da Pivot, em torno do Novo Banco, que as autoridades (Banco de Portugal e Governo) estão a negociar em exclusivo com um outro private equity, o grupo imobiliário norte-americano Lone Star. Os contactos ganharam visibilidade depois de o Jornal de Negócios ter avançado que a Aethel entregou ao Governo uma carta de intenções a manifestar vontade de ficar com o “banco bom” que resultou do antigo BES. Na mesma missiva, a Aethel abre a porta a associar-se a outros investidores e, sem dar detalhes, clarifica, no último parágrafo, que não tem intenção de o fazer com o Lone Star.

O fundo parceiro de Relvas na Pivot já fez saber que se dispõe a investir no Novo Banco até 4 mil milhões de euros. Mas não revela de onde vêm os fundos, nem como chegou a este valor, dado que a Aethel não realizou uma due diligence ou análises detalhada às contas do Novo Banco que lhe permitam sustentar a oferta.

De acordo com o Jornal de Negócios, o Fundo de Resolução, o vendedor, receberia no máximo 3 mil milhões de euros, verba condicionada ao tema da litigância, com a Aethel a aceitar fazer um aumento de capital de mil milhões de euros e a manter-se no capital do Novo Banco por cinco anos.

Novo Banco: Aethel Partners só avança se proposta da Lone Star fracassar

Sexta-feira, Março 3rd, 2017

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Expresso

Proposta da Aethel traz condicionantes: o pagamento de indemnizações a vários investidores lesados pela resolução do BES, como o Fundo Elliot, o New Zealand Superannuation Fund e o Silver Point

O Governo e o Banco de Portugal ainda não responderam à proposta de três mil milhões de euros que receberam do fundo Aethel Partners para adquirir o Novo Banco. Segundo revela o “Jornal Económico” esta quarta-feira, as negociações exclusivas com o Lone Star não serão interrompidas e a Aethel só será chamada à mesa negocial se aquelas fracassarem.

Tendo em conta que a missiva enviada pelo fundo é uma manifestação de interesse e não uma proposta formal, a resposta do Banco de Portugal e do Governo deverá tentar compreender os contornos do interesse da Aethel Partners.

O fundo de investimento liderado pelo gestor português Ricardo Santos Silva propõe-se a pagar 2,8 mil milhões de euros pelo Novo Banco e a capitalizar a instituição em mil milhões de euros. Porém, a mesma proposta traz condicionantes: o pagamento de indemnizações de valor equivalente a vários investidores lesados pela resolução do BES, como o Fundo Elliot, o New Zealand Superannuation Fund e o Silver Point.

Fontes ligadas ao processo garantem ao jornal que o Governo e o Banco de Portugal não podem ignorar o interesse da Aethel, mas também não podem permitir que entre no atual processo negocial sem estar em consórcio com um dos cinco interessados que foram selecionados para negociar a compra do Novo Banco.

Novo Banco: Há uma nova oferta que pode chegar aos 4 mil milhões

Segunda-feira, Fevereiro 27th, 2017

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Eco

Novo Banco: Há uma nova oferta que pode chegar aos 4 mil milhões

 

Agora que o Lone Star está em negociações exclusivas com o Governo para a venda do Novo Banco, surge uma nova proposta. Desta vez da Aethel Partners, que oferece quatro mil milhões pelo banco.

Agora que o Governo está oficialmente em negociações exclusivas com o Lone Star para a venda do Novo Banco, surge uma nova proposta. Desta vez da Aethel Partners, uma empresa criada apenas para este efeito. A britânica Aethel fez chegar uma carta de intenções, com uma oferta que poderá alcançar os quatro mil milhões de euros. Mas, deste valor, apenas três mil milhões devem ser recebidos pelo Fundo de Resolução. E o aumento de capital? Também é de mil milhões, o mesmo montante que o fundo norte-americano esta disposto a injetar no banco de transição.

Mas, desse total, o Fundo de Resolução só deve ficar com três mil milhões, devido a uma série de condicionantes, como as que estão relacionadas com a litigância. Recorde-se que o Lone Star oferecia 750 milhões de euros. Mas o valor caiu assim que deixou de haver uma garantia estatal.

Há também margem para um aumento de capital de mil milhões de euros no banco de transição, o mesmo que foi oferecido pelo fundo norte-americano para capitalizar a instituição financeira. O jornal refere ainda que ninguém comenta esta carta de intenções, incluindo o potencial comprador, o vendedor ou o Ministério das Finanças. Uma oferta que prevê, segundo o Negócios, a manutenção da Aethel Partners no capital do Novo Banco durante um período de cinco anos e em parceria com investidores institucionais, que não foram identificados.

Há uma proposta de 4000 milhões pelo Novo Banco mas chega tarde

Segunda-feira, Fevereiro 27th, 2017

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Público

A proposta da empresa britânica chega quando a Lone Star já está em negociações exclusivas.

A sociedade britânica Aethel Partners apresentou ao Ministério das Finanças uma proposta que pode chegar aos quatro mil milhões de euros para a compra do Novo Banco, escreve o Jornal de Negócios, esta segunda-feira. No entanto, a oferta chega já fora do prazo de negociações, uma vez que o Banco de Portugal e a Lone Star já estão em negociações exclusivas há uma semana.

O interesse da Aethel não é novidade. No final de Janeiro, a empresa do gestor português Ricardo Santos Silva e da sócia Aba Schubert já tinha demonstrado intenções de participar na compra do Novo Banco, tendo criado uma sociedade independente, a Aethel Limited, para concretizar o negócio.

O tardio interesse da empresa britânica chegou dois dias depois de a Lone Star se tornar oficialmente negociador exclusivo, num processo que envolve já a Comissão Europeia, através da Direcção-Geral da Concorrência.

Em Janeiro, Sérgio Monteiro, que conduz o processo de venda, respondeu que a Aethel só pode participar se se aliar a um dos fundos norte-americanos que são finalistas no processo de venda do ex-BES. Agora, a indicação repetir-se-á para uma junção à Lone Star.

No entanto, de acordo com o Negócios, a Aethel não está disponível a integrar a proposta da Lone Star, o que inviabilizará a concretização da oferta.

Nova proposta pelo Novo Banco pode chegar aos 4 mil milhões

Segunda-feira, Fevereiro 27th, 2017

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Negócios

A proposta da Aethel, de Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, prevê a manutenção no capital do Novo Banco por cinco anos e é feita em parceria com investidores institucionais não identificados.