Arquivo para a categoria ‘Alavancagem’
Sábado, Janeiro 17th, 2015
20150117
Citação
Expresso
Um trabalho elaborado pelo Expresso com base numa infografia de Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda que faz parte da comissão parlamentar de inquérito ao BES.
Desde o arranque dos trabalhos da comissão de inquérito ao caso BES/GES que Mariana Mortágua queria uma infografia que juntasse tudo. Uma espécie de mapa do império, para ninguém se perder no meio de tanta holding, empresa e offshore. Para uso pessoal, que permitisse à deputada do BE a qualquer momento uma consulta rápida, durante as audições ou na sua preparação, mas também para mostrar ao público o que está em causa quando falamos de Espírito Santo. O resultado, que serviu de base para a infografia que o Expresso aqui publica, é disponibilizado este fim de semana no blogue ” Disto Tudo “, que Mortágua criou como “um diário da comissão do BES”.
Fazer a infografia demorou mais tempo do que a deputada imaginava. Primeiro, pela dificuldade de recolher todas as peças (a informação junta quase 200 entidades, foi recolhida de várias fontes e reporta-se a 31 de dezembro de 2013), depois, pela complexidade de as correlacionar de forma percetível (para isso, teve a ajuda da designer Rita Gorgulho). “É essencial perceber a organização do grupo, o funcionamento em cascata”, diz. Visualizá-lo é um bom princípio. Apesar de saber ao que ia, Mortágua confessa que foi surpreendida pela “complexidade das participações cruzadas” do lado financeiro do grupo. Do lado não-financeiro, surpreendeu-a a “dimensão e dispersão” dos investimentos. “Era um mundo, um verdadeiro império.”
(Fim de citação)
Caso Espírito Santo.O mapa para ninguém se perder no império Espírito Santo. Uma infografia da bloquista Mariana Mortágua para a História
Tags:Delitos criminais, Dimensão das participações, Dispersão dos investimentos, Holdings financeiras, Holdings não financeiras, Império GES/BES, Investimentos em cascata, Participações cruzadas
Publicado em Ação judicial, acionistas, Alavancagem, Assembleia da República, Auditores, BCE, Carlos Costa, Carlos Tavares, CMVM, Comissão Europeia (CE), CPI, Draghi, Eduardo Stock da Cunha, ESFG, GES/BES, Governador do BdP, Governo, Holdings, Macroeconomia, Ministério Público, Novo Banco, Presidente da República (PR), Primeiro-ministro (PM), Regulação, Resolução, Ricardo Salgado, Sector Bancário, Supervisão, Traballhadores, Tráfico de influências, Tranquilidade, Tribunais, Venda de ativos | Comments Closed
Sábado, Janeiro 17th, 2015
20150117
Citando
Sábado
Os investigadores passaram nove horas na sede do Grupo. Na cave, encontraram oito caixas com a indicação “documentação para destruir”.
Eram 9h45 do dia 27 de Novembro quando o procurador Rosário Teixeira entrou na sede do Grupo Espírito Santo, na Rua de São Bernardo, 62, em Lisboa. Chegou acompanhado por cinco inspectores da PJ e dois da Autoridade Tributária e, segundo o auto de busca a que a SÁBADO teve acesso, foi recebido por Caetano Beirão da Veiga, o elemento eleito para liderar o grupo depois do escândalo.
Numa primeira ronda pelo edifício, os investigadores verificaram a distribuição dos gabinetes – no piso de cima, estavam o comandante António Ricciardi, presidente do Conselho Superior do Grupo Espírito Santo (GES); Manuel Fernando Espírito Santo, que liderava os negócios da área não financeira (filho de Maria do Carmo Moniz Galvão, que chegou a ser a mulher mais rica do País); e o próprio Caetano Beirão da Veiga. No piso de entrada e na cave, encontravam-se mais seis quadros dos serviços financeiros e contabilísticos do grupo e duas advogadas, com as respectivas secretárias.
Os investigadores começaram pela sala de reuniões/arquivo, na cave, onde encontraram oito caixas de cartão brancas, etiquetadas e fechadas, com a referência “Documentação para destruir”. José Castella, o controller financeiro do grupo, informou que se tratava do espólio da Comissão de Auditoria da Espírito Santo Financial Group, holding que controlava o BES e a Tranquilidade. Mas nessas caixas estava documentação bastante recente, relacionada com o BES Angola, o Novo Banco, a KPMG, o Banco de Portugal e várias sucursais do banco noutros países.
Se há algo que os responsáveis do grupo quiseram proteger em local seguro foi a gravação da reunião do Conselho de Administração da ESI (Espírito Santo International), realizada no Luxemburgo a 11 de Março de 2014. Encontrava-se numa pen drive, dentro de um envelope, no cofre da sala de arquivo. O mesmo cofre tinha ainda uma pasta de plástico com uma cópia de um acordo entre Hélder Bataglia e a Espírito Santo Resources, sobre a Escom, a empresa envolvida no concurso de aquisição dos submarinos.
De todos os altos quadros do grupo, nenhum tinha tanta informação no gabinete como o controller financeiro, José Castella, o homem que alegadamente – segundo o contabilista – estaria a par da ocultação dos passivos da ESI. De um total de 125 conjuntos de documentação (caixas, pastas ou dossiês), 34 estavam no escritório de José Castella na cave do edifício e referiam-se a relatórios, actas de reuniões, listagens de depósitos do GES no BCP e prints de emails. A José Castella foi ainda apreendido um processador CPU e sete pens, com referências à Escom, à Comporta (nome da herdade da família Espírito Santo) e à Ascendi (empresa do GES que gere concessões de auto-estradas).
Não haverá muitos segredos que tenham ficado por desvendar depois desta incursão. Do Departamento Jurídico foram levados 25 livros de actas das assembleias gerais e das reuniões do Conselho de Administração de 11 entidades ligadas ao Grupo. E do gabinete de Caetano Beirão da Veiga foi retirado um dossiê de argolas azul com “várias tabelas relativas a complementos salariais pagos a diversos colaboradores”.
Pelo menos três responsáveis do grupo tinham documentação relacionada com a Eurofin, a entidade suíça que alegadamente participou num esquema – detectado em Julho – que transferiu 800 milhões de euros do BES para o GES. Um deles era Jorge Penedo, ex-administrador do banco no Panamá, a quem foi também apreendido um portátil.
Ricardo Salgado já não tinha ali gabinete, mas os investigadores recolheram entre os documentos de Manuel Fernando Espírito Santo uma pasta cor de laranja com informação sobre três assuntos: o “registo de sociedades no Luxemburgo”, “bens móveis pertença de Ricardo Salgado” e a ES Resources Bahamas.
Pela lógica, a pasta mais volumosa nesta fase crítica do grupo deveria ser a que estava no gabinete do comandante António Ricciardi, com a designação “Problemas a resolver”. Mas dificilmente estaria completa: foi “feita com o verso de um envelope A4”.
(Fim de citação)
Tags:Buscas, DIAP, Fisco, Grupo GES/BES, PJ
Publicado em Ação judicial, acionistas, Alavancagem, Angola, Assembleia da República, Auditores, Aumento de Capital, BCE, BEI, BES, BES (ativos tóxicos), BESI, BNP/Paribas, Carlos Costa, Carlos Tavares, Cavaco Silva, CMVM, Comissão Europeia (CE), Corrupção, CPI, Demissão, Dívida pública, Dívidas, Draghi, Economia real, Eduardo Stock da Cunha, Empresa estratégica, ESFG, Ética, Ex-Presidente do Banco BES, Falência, Fraude, Fundo de Resolução, Fusões & Aquisições, garantias do Estado, Geoeconomia, Geopolítica, GES/BES, Governador do BdP, Governo, Holdings, Insider trade, Macroeconomia, Maria Luís Albuquerque, Mercados, Ministério Público, Ministra das Finanças, Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Mudanças, Novo Banco, Pagamentos irregulares, Passos Coelho, Paulo Portas, Presidente da República (PR), Primeiro-ministro (PM), PWC, Regulação, Rendimentos ilegítimos, Resgate/Bailout, Resolução, Ricardo Salgado, Sector Bancário, Sistema Judicial, Supervisão, Traballhadores, Tráfico de influências, Tranquilidade, Tribunais, Troika, Venda de ativos, Vice-Primeiro-ministro | Comments Closed
Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116

A Escom e a sua derivada Legacy são uma peça do jogo GES-BES. Um jogo que passou pelo BESA e que estava num tabuleiro protegido pela garantia angolana.
Citando
Jornal de Negócios
O Grupo Espírito Santo usou a garantia de Angola para esconder buracos que tinha no Banco Espírito Santo. O BES era um dos grandes financiadores da Escom, que pertencia ao GES. A Escom foi dividida em duas: Escom BV e Escom Investments Group. A primeira era a que tinha activos bons; a segunda os problemáticos. A segunda acabou por ser transformada em Legacy – com um património praticamente falido – e foi vendida por três euros. Quem a comprou foi a Vaningo, sociedade de direito angolano da qual não se conhece o beneficiário. A Legacy manteve uma dívida que tinha para com o BES.
Os juros da dívida ao BES continuaram a ser pagos pela ESI, do GES, mesmo com a Legacy fora do grupo. Mas o crédito – agora na Vaningo – foi transferido do BES para o BESA. Passou a ter uma garantia do banco angolano e, posteriormente, o crédito passou a estar protegido pela garantia angolana.
A leitura que pode ser feita é a de que o Estado angolano, em último caso, estava a garantir a dívida de uma empresa do GES ao BES. A audição de Sikander Sattar, presidente da KPMG Portugal e da KPMG Angola (auditoras do BES e BESA, respectivamente), foi à porta fechada, pelo que o esclarecimento feito não é público. Os deputados têm levantado dúvidas sobre este negócio, que é falado pela auditoria feita pela KPMG às contas da ESI.
Da audição de Sattar nenhuma informação foi transmitida pelos deputados – a não ser Fernando Negrão, o presidente da comissão de inquérito, que afirmou que a mesma tinha sido útil. Sabe-se apenas que o presidente da KPMG não se quis comprometer directamente com nada.
O BESA tinha créditos de 5,7 mil milhões de dólares de cujos beneficiários se tinha perdido o rasto, conforme relatou o Expresso em Junho de 2014 – reflectindo a assembleia-geral do banco angolano de Outubro de 2013, em que Álvaro Sobrinho, presidente do BESA até 2012, ano em que entrou em ruptura com Ricardo Salgado, foi questionado pelos referidos créditos – sobre os quais se conhecem as empresas beneficiárias mas não quem está por trás delas.
Há uma matéria que continua polémica – a garantia estatal, que causou dúvidas ao Banco de Portugal, era o motivo para que o BES não tenha sido obrigado a constituir uma provisão para a linha de financiamento de 3,3 mil milhões de euros que tinha para com o BESA. A justificação tem sido a de que créditos garantidos não são provisionados. Contudo, desde 2012 que havia reservas nas contas do BESA a reflectir dúvidas sobre os financiamentos cedidos pelo BESA.
(Fim de citação)
Tags:Akoya, Álvaro Sobrinho, Angolagate, Ativos tóxicos, Banco de Portugal, Banco de transição, BdP, BPP, Comissões, Contabilista, corrupção, Cosmética contabilística, Descapitalização, ES Control, Especulação, Helder Bataglia, Ionline, João Rendeiro, José Eduardo dos Santos, Luvas, Manipulação de contas, Marques da Cruz, Monte Branco, Morais Pires, Newsworld, Ocultação de contas, Offshores, Paraísos Fiscais, Polémica, Portugal, Processo Judicial, RioForte, Sarkosy, Sonangol, Submarinos, Supervisão, Venda irregular
Publicado em Abuso de informação, Ação judicial, acionistas, Ações, Alavancagem, Angola, Assembleia da República, Auditores, Aumento de Capital, Banco BPI, Banco de Portugal, Banco Popular, Banco Santander, Banco Santander Totta, Banque Privée Espírito Santo (BPES), BCE, BEI, BES, BES (ativos tóxicos), BESA, BESI, BNP/Paribas, Branqueamento de capitais, Carlos Costa, Carlos Tavares, Cavaco Silva, CMVM, Comissão Europeia (CE), Core tier 1, Corrupção, CPI, Crescimento, Demissão, Desemprego, Deustsche Bank, Dívida pública, Dívidas, Draghi, Economia real, Eduardo Stock da Cunha, Empresa estratégica, ESFG, Estímulos financeiros, Ética, Ex-Presidente do Banco BES, Falência, Fraude, Fuga aos impostos, Fundo Apollo, Fundo de Resolução, Fundo Fosun, Fusões & Aquisições, garantias do Estado, Geoeconomia, Geopolítica, GES/BES, Governador do BdP, Governo, Holdings, Insider trade, Juros, Macroeconomia, Maria Luís Albuquerque, Mercados, Ministério Público, Ministra das Finanças, Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Morgan Stanley, Mudanças, Novo Banco, Pagamentos irregulares, Partidos Políticos, Passos Coelho, Paulo Portas, Presidente da República (PR), Primeiro-ministro (PM), PWC, Reeleição, Rendimentos ilegítimos, Resgate/Bailout, RGICSF, Ricardo Salgado, Sector Bancário, Sistema Judicial, Supervisão, Traballhadores, Tráfico de influências, Tranquilidade, Tribunais, Troika, USA, Venda de ativos, Vice-Primeiro-ministro | Comments Closed
Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116

Guerra cambial entre Franco suíço e Euro da UE
Citando
Jornal de Negócios
As perdas elevadas registadas pelos investidores mundiais, após o “tsunami” provocado pelo Banco da Suíça está a colocar as corretoras mundiais em dificuldades. Uma instituição neozelandesa teve mesmo que fechar portas.
A Suíça chocou o mundo ao acabar com a relação da moeda suíça com o euro. A decisão já está a fazer vítimas. O anúncio levou o franco suíço a disparar face às maiores divisas mundiais e colocou corretoras desde os Estados Unidos até à Nova Zelândia em sérias dificuldades. Algumas foram mesmo obrigadas a suspender a sua actividade.
Ao contrário do que é habitual no mercado cambial, em que as oscilações não são demasiado elevadas, a sessão de quinta-feira colocou os investidores mundiais em alerta, após a decisão do banco central suíço para deixar cair o limite que estipulava um câmbio mínimo de 1,20 francos suíços por euro. Este anúncio totalmente inesperado provocou uma escalada histórica da moeda suíça que disparou um máximo de 29%.
Este movimento brusco provocou perdas elevadas a muitos investidores mundiais, uma situação que coloca em risco a sustentabilidade financeira das próprias corretoras. É o caso de uma corretora neozelandesa, que foi obrigada a fechar portas após as variações acentuadas da última sessão.
A Global Brokers, da Nova Zelândia, informou que as perdas criadas pelo disparo do franco suíço forçaram a instituição a encerrar a sua actividade. Ao contrário de outros investimentos, a aposta no mercado cambial é altamente alavancada, um movimento que pretende maximizar ganhos. Mas, caso a evolução seja desfavorável, o potencial de perdas também é muito elevado.
Mas, os problemas, ainda que sem consequências tão dramáticas, estendem-se a outras corretoras mundiais. É o caso da FXCM, que adiantou que os seus clientes ficaram a dever um total de 225 milhões de dólares nas suas contas depois de ter sido anunciada a medida do banco central suíço. Já a IG Group Holdings estima um impacto negativo de 30 milhões de libras e a Swissquote Group Holdings de 25 milhões de francos.
A moeda suíça subiu mais de 15% contra todas as divisas mundiais seguidas pela Bloomberg, um movimento que apanhou os investidores desprevenidos. “Os clientes registaram perdas significativas”, adiantou a FXCM num comunicado divulgado ontem.
Acções suíças prolongam queda, franco corrige
Depois de afundar mais de 10% na última sessão, na maior queda desde 1988, a bolsa da Suíça está a negociar novamente em queda. O índice SMI cai 4,4%, arrastado pelo mau comportamento das empresas exportadoras.
Cotadas como a Swatch, Watchmakers ou a Financiere Richemont, que geram a maior parte das suas receitas fora do país, estão a ser castigadas, perante a expectativa que se tornem menos competitivas e percam negócio com a valorização do franco.
A decisão do banco suíço está a provocar uma onda de críticas por parte destas empresas. Nick Hayek, o CEO da relojeira Swatch, afirmou que os efeitos desta decisão sobre a economia helvética serão tão devastadores como um “tsunami”.
“Não tenho palavras. Jordan (Jordão) não é apenas o nome do presidente do banco central mas também de um rio e a decisão de hoje é um tsunami para a indústria exportadora e para o turismo e, no fim da linha, para todo o país”, afirmou em comunicado, citado pelo The Guardian.
A moeda suíça está a corrigir após a escalada de quinta-feira. O franco suíço cai 4,4%, para 1,0184 por euro, depois de ter disparado para um máximo de 85,172 na sessão anterior.
(Fim de citação)
Tags:Bolsas tremem, Corretoras de divisas fecham portas, exportadores suíços zangados, Franco suíço corrige prejuízos, Franço suíço vs. Euro, Guerra cambial, Insolvências nos principais mercados mundiais, possíveis perdas de competitividade
Publicado em acionistas, Alavancagem, Assembleia da República, Auditores, Banco BPI, Banco de Portugal, Banco Popular, Banco Santander, Banco Santander Totta, Banque Privée Espírito Santo (BPES), BCE, BEI, BES, BES (ativos tóxicos), BESA, BESI, BNP/Paribas, Carlos Costa, Carlos Tavares, Cavaco Silva, CMVM, Comissão Europeia (CE), Core tier 1, CPI, Demissão, Desemprego, Deustsche Bank, Dívida pública, Dívidas, Draghi, Economia real, Eduardo Stock da Cunha, Empresa estratégica, ESFG, Estímulos financeiros, Ética, Ex-Presidente do Banco BES, Falência, FMI, Fuga aos impostos, Fundo Apollo, Fundo de Resolução, Fundo Fosun, Fusões & Aquisições, garantias do Estado, Geoeconomia, Geopolítica, GES/BES, Governador do BdP, Governo, Holdings, Insider trade, Juros, Macroeconomia, Maria Luís Albuquerque, Mercados, Ministério Público, Ministra das Finanças, Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Morgan Stanley, Mudanças, Novo Banco, Pagamentos irregulares, Passos Coelho, Paulo Portas, Presidente da República (PR), Primeiro-ministro (PM), Regulação, Rendimentos ilegítimos, Resgate/Bailout, RGICSF, Ricardo Salgado, Sector Bancário, Sistema Judicial, Supervisão, Traballhadores, Tráfico de influências, Tranquilidade, Tribunais, Troika, USA, Venda de ativos, Vice-Primeiro-ministro | Comments Closed
Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116
Citando
Observador
Carlos Costa diz que evitou que a troika fizesse explodir a dívida pública e a nacionalização da banca. E antecipa uma concentração bancária na Europa.

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa
O governador do Banco de Portugal afirmou que a troika defendeu um modelo de recapitalização da banca diferente, que teria implicado a nacionalização do setor e um aumento de 20 a 30 pontos do rácio da dívida.
Quando o resgate de Portugal foi negociado, em 2011, o envelope financeiro emprestado pelos parceiros europeus e pelo Fundo Monetário Internacional incluía um valor consignado à recapitalização dos bancos portugueses que revelassem essa necessidade, de 12 mil milhões de euros.
“A história dos bancos portugueses é uma história de convalescença longa que resulta do facto de se ter poupado o agente público ao impacto de um endividamento súbito que teria necessariamente uma dimensão dos 20 a 30 pontos percentuais”, afirmou hoje Carlos Costa num jantar-debate em Lisboa organizado pelo think-tank Portugal XXI.
De acordo com o governador do Banco de Portugal, “quando a troika cá chegou, tinha um número na cabeça para o fundo de recapitalização [da banca] que não era 12 [mil milhões de euros]” e chegar a esse valor só foi possível “depois de se ajustar o modelo de escrutínio do sistema àquilo que eram as necessidades de capital” dos bancos.
“Tínhamos dois modelos alternativos: termos em 2012 o sistema financeiro todo nacionalizado por insuficiência de capital e tínhamos hoje um grande programa de privatizações em curso e mais dívida pública; ou termos seguido o processo que seguimos com os riscos que obviamente comporta e segui-lo de forma metódica”, revelou Carlos Costa.
“Feito o balanço, acho que fizemos a escolha certa (…) Não imaginam hoje a dívida pública portuguesa ser de 150 ou 155% do PIB [Produto Interno Bruto]. Não imaginam o que isto significaria em termos de posicionamento no mercado e de pressão sobre a República”, disse ainda o governador, acrescentando que “a República respira hoje com muito mais tranquilidade”.
Durante a sua intervenção, Carlos Costa referiu-se aos casos irlandês, grego e espanhol, que “fizeram uma operação muito clara de recapitalização à cabeça” dos seus bancos, “transferindo os ativos problemáticos para veículos e registando perdas de capital significativas”, o que teve como consequência “um aumento da dívida pública da mesma dimensão” desses ativos. Se a mesma solução tivesse sido aplicada a Portugal, Carlos Costa acredita que, “em vez dos 40 mil milhões [de euros] de imparidades [que a banca portuguesa registava desde 2008] de forma gradual, numa situação de venda forçada seria um número superior”.
Ainda assim, o governador do banco central fez um exercício para calcular o impacto de uma recapitalização dos bancos portugueses semelhantes à que se realizou noutros países europeus. “Vamos imaginar que eram [imparidades de] 40 mil milhões. [Nesse caso] seriam 25 pontos percentuais de dívida adicional para o país e teríamos hoje uma dívida muito superior ao que temos”, afirmou.
Carlos Costa disse ainda que este “era o modelo preconizado pela troika”, o que lhe valeu “nas salas do Banco de Portugal um braço de ferro” para que Portugal seguisse “uma via diferente”. “Para mim, foi um grande risco, mas para o país estou convencido que o futuro dirá que foi um grande alívio, porque evitámos um aumento do stock da dívida que teria criado junto dos mercados internacionais uma noção de insustentabilidade, o que teria para um país como um nosso um resultado muito grave”, disse ainda Carlos Costa.
(Fim de citação)
Tags:Akoya, Angola, Angolagate, Ativos tóxicos, Banco de transição, BdP, BPP, Comissões, Contabilista, corrupção, Cosmética contabilística, Descapitalização, ES Control, ESCOM, Especulação, Helder Bataglia, João Rendeiro, José Eduardo dos Santos, Luvas, Manipulação de contas, Marques da Cruz, Monte Branco, Morais Pires, Newsworld, Ocultação de contas, Offshores, Paraísos Fiscais, Polémica, Portugal, Processo Judicial, Recapitalização, RioForte, Sarkosy, Sonangol, Stock da dívida, Submarinos, Supervisão, Venda irregular
Publicado em Abuso de informação, Ação judicial, acionistas, Alavancagem, Assembleia da República, Auditores, Aumento de Capital, Banco BPI, Banco de Portugal, Banco Popular, Banco Santander, Banco Santander Totta, Banque Privée Espírito Santo (BPES), BCE, BEI, BES, BES (ativos tóxicos), BESA, BESI, BNP/Paribas, Branqueamento de capitais, Carlos Costa, Carlos Tavares, Cavaco Silva, CMVM, Comissão Europeia (CE), Core tier 1, Corrupção, CPI, Crescimento, Demissão, Desemprego, Deustsche Bank, Dívida pública, Dívidas, Draghi, Economia real, Eduardo Stock da Cunha, Empresa estratégica, ESFG, Espanha, Estímulos financeiros, Ética, Ex-Presidente do Banco BES, Falência, FMI, Fraude, Fuga aos impostos, Fundo Apollo, Fundo de Resolução, Fundo Fosun, Fusões & Aquisições, garantias do Estado, Geoeconomia, Geopolítica, GES/BES, Governador do BdP, Governo, Holdings, Insider trade, Juros, Macroeconomia, Maria Luís Albuquerque, Mercados, Ministério Público, Ministra das Finanças, Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Morgan Stanley, Mudanças, Novo Banco, Pagamentos irregulares, Partidos Políticos, Passos Coelho, Paulo Portas, Presidente da República (PR), Primeiro-ministro (PM), Rendimentos ilegítimos, Resgate/Bailout, RGICSF, Ricardo Salgado, Sector Bancário, Sistema Judicial, Supervisão, Traballhadores, Tráfico de influências, Tranquilidade, Tribunais, Troika, USA, Venda de ativos, Vice-Primeiro-ministro | Comments Closed
Quinta-feira, Janeiro 15th, 2015
20150115
Citação
A SÁBADO divulga na revista de 15 de Janeiro as declarações do contabilista na comissão de inquérito ao BES, onde, em clima de grande secretismo, denunciou os “luxos” que destruíram o grupo.
No Banco Espírito Santo (BES) não havia rei nem roque; às vezes dizíamos que aquilo não era um grupo – era um ajuntamento.” Esta foi a frase que marcou uma das audições mais aguardadas na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES. Depois de ter sido directamente responsabilizado por Ricardo Salgado pela ocultação das contas da Espírito Santo Internacional (ESI), Francisco Machado da Cruz, numa inquirição que decorreu em grande secretismo, à porta fechada, garantiu que se limitou a cumprir ordens. A SÁBADO apurou que o ex-comissaire aux comptes foi inequívoco em relação ao papel do líder histórico do BES, ao afirmar que “havia um dono disto tudo, que mandava nisto tudo”.
Confessando-se “arrependido” e “angustiado”, Machado da Cruz reconheceu perante os deputados que ocultou os prejuízos da ESI para mascarar as contas do Grupo Espírito Santo (GES). “O passivo foi ocultado porque o GES estava a ter perdas significativas. Era suposto ter sido só neste ano, mas continuou, infelizmente, em 2009, 2010, 2011 até 2013”, afirmou.
Em 2008, foram “escondidos” 180 milhões de euros de prejuízo. Um valor que nos anos que se seguiram quase multiplicou por dez: no final de 2013 fixou-se em 1,3 mil milhões de euros. Nessa altura, Machado da Cruz já antevia uma calamidade. Quando soube que, em Dezembro de 2013, a auditora KPMG se preparava para verificar as contas da ESI, disse a José Castella, o controller financeiro do GES: “Esta visita pode ser o início de uma arma financeira de destruição massiva” – e foi mesmo.
O descalabro era, garantiu Machado da Cruz, do conhecimento de Salgado, a quem apresentava sempre dois documentos: um com as contas falsas; outro com as verdadeiras – e, entre assumir o caos ou optar pela ficção contabilística, o líder do BES terá escolhido sempre a segunda opção. “Não fui eu que tive a ideia de ocultação, foi Ricardo Salgado”, acrescentou.
Embora nunca tenha descartado as suas responsabilidades, o ex-funcionário do GES disse aos deputados que aceitou cumprir as orientações do presidente do BES por uma questão de “lealdade” ao chefe, que lhe terá garantido que tudo se iria resolver. E ele acreditou porque quem lho dizia era “o homem mais poderoso do País”.
Apesar de o tema forte da audição ter sido a ocultação das contas da ESI – que foi determinante na falência do grupo –, Machado da Cruz, cuja actuação está a ser investigada judicialmente em Portugal e no Luxemburgo, aproveitou ainda para fazer uma revelação que surpreendeu a assistência: Ricardo Salgado tê-lo-á aconselhado a esconder-se num país que não tivesse acordo de extradição para Portugal, de modo a proteger-se no caso de a justiça portuguesa querer ouvi-lo. A verdade é que a comissão parlamentar de inquérito teve dificuldades em localizá-lo, mas acabou por ser o próprio Machado da Cruz quem, depois de Ricardo Salgado – que já se disponibilizou para responder ao seu ex-funcionário no parlamento –, o ter responsabilizado pelo “descontrolo” das contas, solicitou formalmente a marcação de uma audição. “Nunca estive desaparecido”, revelou. “Tenho família na Suíça, tenho lá a minha filha, vivi lá muito tempo.”
O ex-contabilista era um inimigo indesejado. Conhecia todos os segredos do GES. Sobre a Rioforte, a empresa de topo do ramo não financeiro, revelou que um dia disse a Ricardo Salgado que esta “vivia de luxos”. Proposta do patrão: que fosse para lá e que acabasse com eles. “Quando cheguei, o dr. Manuel Fernando Espírito Santo, chairman, pediu-me para ter calma senão o dr. João Pena (presidente executivo da Rioforte Investments) e o dr. Gonçalo Cadete (CFO) iam-se embora. Não me deixou ir partir a loiça…”
(Fim de citação)
Tags:Akoya, Álvaro Sobrinho, Angola, Angolagate, Ativos tóxicos, Comissões, Contabilista, Cosmética contabilística, Descapitalização, ES Control, ESCOM, Especulação, Helder Bataglia, José Eduardo dos Santos, Luvas, Marques da Cruz, Monte Branco, Morais Pires, Newsworld, Ocultação de contas, Offshores, Paraísos Fiscais, Processo Judicial, RioForte, Sarkosy, Sonangol, Submarinos, Supervisão, Venda irregular
Publicado em Abuso de informação, Ação judicial, acionistas, Alavancagem, Angola, Assembleia da República, Auditores, Aumento de Capital, Banco BPI, Banco de Portugal, Banco Popular, Banco Santander, Banco Santander Totta, Banque Privée Espírito Santo (BPES), BCE, BEI, BES, BES (ativos tóxicos), BESI, BNP/Paribas, Branqueamento de capitais, Carlos Costa, Carlos Tavares, Cavaco Silva, CMVM, Comissão Europeia (CE), Corrupção, CPI, Crescimento, Demissão, Desemprego, Dívida pública, Dívidas, Draghi, Economia real, Eduardo Stock da Cunha, Empresa estratégica, ESFG, Estímulos financeiros, Ética, Ex-Presidente do Banco BES, Fuga aos impostos, Fundo Apollo, Fundo de Resolução, Fundo Fosun, Fusões & Aquisições, garantias do Estado, Geoeconomia, Geopolítica, GES/BES, Governador do BdP, Governo, Holdings, Insider trade, Juros, Macroeconomia, Maria Luís Albuquerque, Mercados, Ministério Público, Ministra das Finanças, Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Mudanças, Novo Banco, Pagamentos irregulares, Passos Coelho, Paulo Portas, Presidente da República (PR), Primeiro-ministro (PM), PWC, Regulação, Rendimentos ilegítimos, Resgate/Bailout, RGICSF, Ricardo Salgado, Sector Bancário, Sistema Judicial, Supervisão, Traballhadores, Tráfico de influências, Tranquilidade, Tribunais, Troika, Venda de ativos, Vice-Primeiro-ministro | Comments Closed
Sábado, Janeiro 10th, 2015
20150110
O aumento de capital do Santander foi subscrito maioritariamente por investidores norte-americanos e britânicos, noticia a EFE citada pelo Jornal de Negócios.
O conselho de administração do Santander, que detém em Portugal o Santander Totta, aprovou na quinta-feira um aumento de capital de até 7.500 milhões de euros, operação que melhorará os rácios de capital do banco entre 8 e 10%.
Ana Patricia Botín
Citando
A operação realizou-se entre investidores institucionais por um montante nominal de 606.796.117 euros e a emissão de 1.213.592.234 ações ordinárias do Banco Santander.
Estes títulos representam 9,64% do capital social do banco antes do aumento de capital.
As entidades encarregadas da colocação dos títulos (que começam a ser transaccionadas a 13 de Janeiro) foram a Goldman Sachs e o UBS.
O Santander referiu na quinta-feira que, depois da operação de aumento de capital, vai “reformular a sua política de dividendos, voltando a pagar em efectivo a maior parte do mesmo”, e recordou que, durante os anos da crise, o programa Santander Dividendo Elección permitiu que o banco se conseguisse recapitalizar, podendo os accionistas optar por receber os dividendos ou convertê-los em acções.
“A intenção do Conselho de Administração é que a retribuição em relação aos resultados de 2015 seja de 0,20 euros por acção”, lê-se na nota do Santander, acrescentando-se que, “nos próximos exercícios, a evolução do dividendo será de acordo com o crescimento dos resultados, com o objectivo de que a remuneração efectiva represente entre 30% e 40% do resultado recorrente, em vez dos actuais 20%”.
O banco espanhol formalizou a 23 de Dezembro a manifestação de interesse na aquisição do Novo Banco, o banco de transição que herdou os activos e passivos considerados não tóxicos do Banco Espírito Santo (BES), que foi alvo de uma resolução pelo Banco de Portugal.
(Fim de citação)
Publicado em Ação judicial, acionistas, Alavancagem, Angola, Assembleia da República, Auditores, Aumento de Capital, Banco BPI, Banco de Portugal, Banco Popular, Banco Santander, Banco Santander Totta, Banque Privée Espírito Santo (BPES), BCE, BEI, BES, BES (ativos tóxicos), BESA, BESI, BNP/Paribas, BPN, Branqueamento de capitais, Carlos Costa, Carlos Tavares, Cavaco Silva, CMVM, Comissão Europeia (CE), Core tier 1, Corrupção, CPI, Crescimento, Demissão, Desemprego, Dívida pública, Dívidas, Draghi, Economia real, Eduardo Stock da Cunha, Empresa estratégica, ESFG, Espanha, Estímulos financeiros, Ética, Ex-Presidente do Banco BES, Falência, Fraude, Fuga aos impostos, Fundo Apollo, Fundo de Resolução, Fundo Fosun, Fusões & Aquisições, garantias do Estado, Geoeconomia, Geopolítica, GES/BES, Governador do BdP, Governo, Holdings, Insider trade, Juros, Macroeconomia, Maria Luís Albuquerque, Mercados, Ministério Público, Ministra das Finanças, Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Mudanças, Novo Banco, Pagamentos irregulares, Partidos Políticos, Passos Coelho, Paulo Portas, Presidente da República (PR), Primeiro-ministro (PM), PWC, Regulação, Rendimentos ilegítimos, Resgate/Bailout, Ricardo Salgado, Sector Bancário, Sistema Judicial, Supervisão, Traballhadores, Tráfico de influências, Tranquilidade, Tribunais, Troika, USA, Venda de ativos, Vice-Primeiro-ministro | Comments Closed
Sábado, Janeiro 10th, 2015
20150110
O “gigante” espanhol anunciou um aumento de capital de 7.500 milhões de euros. Alguns especialistas dizem que está dado o primeiro passo para que outros bancos europeus reforcem os capitais.
Analistas já tinham alertado que o Santander tinha rácios menores, por exemplo, que o rival BBVA.
Citando
O anúncio por parte do Santander de um aumento de capital de 7.500 milhões de euros, na quinta-feira, apanhou os investidores desprevenidos, ainda que alguns analistas já tivessem apontado que o “gigante” espanhol tinha rácios de capital inferiores, por exemplo, aos do rival BBVA, de acordo ncom a interpretação do jornal eletrónico Observador.
Agora, alguns analistas estão a especular que o maior banco da zona euro, o Santander, pode ter dado o “tiro de partida” a que outros bancos europeus possam, também, reforçar os capitais.
O aumento de capital do Santander vai ser feito através de uma colocação privada e da retenção de parte dos dividendos, e não através de uma operação aberta no mercado. Isto numa altura em que a zona euro vive, novamente, momentos de alguma incerteza devido às eleições na Grécia de dia 25 de janeiro. O Santander evita, assim, sujeitar-se a uma operação que se prolongaria ao longo de várias semanas e que, portanto, poderia ser perturbada por eventuais fatores de instabilidade.
Menos de três meses depois da divulgação dos
testes de stress do BCE à zona euro, e depois de a nova presidente Ana Patricia Botín ter concluído a
remodelação da estrutura executiva do banco, o Santander anunciou um aumento de capital que está, agora, a ser visto pelos especialistas como o primeiro de vários aumentos de capital na banca europeia.
O Santander ficará com rácios de capital de 10%, nos termos das novas regras de Basileia III (totalmente implementadas), o que poderá permitir ao banco não só aumentar a confiança dos investidores mas também financiar a expansão do banco em Espanha e noutras geografias. Recorde-se que a unidade portuguesa do Santander – o Santander Totta – é
um dos interessados numa possível aquisição do Novo Banco.
“Notamos uma pressão acrescida sobre os outros bancos para aumentar capital”, afirmou Nick Anderson, analista do Berenberg Bank citado pela Bloomberg. Já Lutz Roehmeyer, um gestor de investimentos na britânica LBB Invest, que tem ações do Santander, diz que “as pessoas [os investidores] estão, agora, a perguntar a si mesmas qual será o próximo banco a fazer um aumento de capital”. Para os investidores, um aumento de capital numa ação cotada é um acontecimento que dilui o valor das suas participações ou, pelo menos, obriga-os a dispor mais capital para manter intacta a posição no banco. O banco fica, contudo, a prazo, em melhores condições para investir no seu crescimento.
Ações caíram em bolsa após anúncio do aumento de capital
Em Portugal, com as atenções do setor bancário viradas para o processo de venda do Novo Banco, não são previsíveis aumentos de capital nos grande bancos privados nos próximos meses. Apesar de ter sido um dos bancos a chumbar no cenário adverso dos testes de stress – tendo enviado ao BCE as medidas que fazem com que o banco cumpra, já, os mínimos exigidos nesta altura – o BCP tem afastado a necessidade de um aumento de capital.
Em novembro, o presidente do BCP, Nuno Amado, garantiu que o banco está “devidamente capitalizado” e que os acionistas podem “ficar tranquilos porque não será necessário fazer qualquer aumento de capital”.
Já o BPI, que teve um bom resultado nos testes de stress, o banco está envolvido no processo de venda do Novo Banco – é um dos interessados – e tem um problema em mãos desde que, há cerca de um mês, o BCE alterou regras de regulação que penalizam o BPI pela exposição ao Estado angolano e ao Banco Nacional de Angola. O banco central passou a obrigar a ponderação destes ativos em kwanzas de 0% a 20% para 10% para efeitos de rácio de capital, ou seja, o risco dos ativos angolanos passou a ser mais penalizador para os rácios de capital do banco.
O BPI (tal como o BCP, que tem uma exposição relativa bem menor) terá de se ajustar às novas exigências do BCE, já que a exposição do banco liderado por Fernando Ulrich excede os limites impostos em cerca de 3.000 milhões de euros. As opções do BPI são a venda de parte desta exposição, desfazendo-se de parte da posição no Banco de Fomento de Angola (BFA), vender parte da carteira de dívida pública angolana ou, então, ganhar dimensão, o que poderia significar um aumento de capital ou, em alternativa a compra de uma instituição de grande dimensão, o que diluiria o peso relativo da exposição a Angola.
(Fim de citação)
Publicado em Ação judicial, acionistas, Alavancagem, Angola, Assembleia da República, Auditores, Aumento de Capital, Banco BPI, Banco de Portugal, Banco Popular, Banco Santander, Banco Santander Totta, Banque Privée Espírito Santo (BPES), BCE, BEI, BES, BES (ativos tóxicos), BESA, BESI, BNP/Paribas, Branqueamento de capitais, Brasil, Carlos Costa, Carlos Tavares, Cavaco Silva, CMVM, Comissão Europeia (CE), Core tier 1, Corrupção, CPI, Crescimento, Défice orçamental, Demissão, Desemprego, Dívida pública, Dívidas, Draghi, Economia real, Eduardo Stock da Cunha, Empresa estratégica, ESFG, Espanha, Estímulos financeiros, Ética, Ex-Presidente do Banco BES, Falência, Fraude, Fuga aos impostos, Fundo Apollo, Fundo de Resolução, Fundo Fosun, Fusões & Aquisições, garantias do Estado, Geoeconomia, Geopolítica, GES/BES, Governador do BdP, Governo, Holdings, Insider trade, Juros, Macroeconomia, Maria Luís Albuquerque, Mercados, Ministério Público, Ministra das Finanças, Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Mudanças, Novo Banco, Pagamentos irregulares, Passos Coelho, Paulo Portas, Presidente da República (PR), Primeiro-ministro (PM), PWC, Regulação, Rendimentos ilegítimos, Resgate/Bailout, RGICSF, Ricardo Salgado, Sector Bancário, Sistema Judicial, Supervisão, Traballhadores, Tráfico de influências, Tranquilidade, Tribunais, Troika, USA, Venda de ativos, Vice-Primeiro-ministro | Comments Closed
Sexta-feira, Janeiro 9th, 2015
20150109
Miguel Horta e Costa foi constituído arguido num processo que investiga corrupção no comércio internacional, noticia o “DN”, citado pelo Expresso.
Citando
Segundo este jornal, o antigo presidente da Portugal Telecom esteve esta sexta-feira no Departamento Central de Investigação e Ação Penal para responder às perguntas do Ministério Público brasileiro, que chegaram a Lisboa em carta rogatória.
O DN informa que tentou, sem sucesso, contactar Paulo Sá e Cunha, advogado que representa Miguel Horta e Costa.
Recorda ainda o jornal que esta investigação começou em 2012, depois do publicitário brasileiro Marcos Valério, condenado como o executor do “mensalão”, ter afirmado num depoimento que a Portugal Telecom financiou o Partido dos Trabalhadores (PT) com 2,6 milhões de euros, durante o Governo de Lula da Silva.
Segundo Marcos Valério, esse dinheiro foi negociado diretamente entre o ex-presidente do Brasil e o então presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Artigo relacionado (Diário de Notícias)
Horta e Costa afirma ter confiança na justiça no caso Mensalão (
Tags:Compra de influência política externa, Envolvimento no financiamento de partidos estrangeiros, Polémica, Portugal
Publicado em Ação judicial, acionistas, Alavancagem, Assembleia da República, Auditores, Banco BPI, Banco de Portugal, Banco Popular, Banco Santander, Banco Santander Totta, Banque Privée Espírito Santo (BPES), BCE, BEI, BES, BES (ativos tóxicos), BESA, BESI, BNP/Paribas, Branqueamento de capitais, Brasil, Carlos Costa, Carlos Tavares, Cavaco Silva, CMVM, Comissão Europeia (CE), Core tier 1, Corrupção, CPI, Crescimento, Demissão, Desemprego, Dívida pública, Dívidas, Draghi, Economia real, Eduardo Stock da Cunha, Empresa estratégica, ESFG, Estímulos financeiros, Ética, Ex-Presidente do Banco BES, Falência, Financiamento de campanhas, Fraude, Fuga aos impostos, Fundo Apollo, Fundo de Resolução, Fundo Fosun, Fusões & Aquisições, garantias do Estado, Geoeconomia, Geopolítica, GES/BES, Governador do BdP, Governo, Holdings, Insider trade, Juros, Macroeconomia, Maria Luís Albuquerque, Mercados, Ministério Público, Ministra das Finanças, Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Mudanças, Novo Banco, Pagamentos irregulares, Partidos Políticos, Passos Coelho, Paulo Portas, Presidente da República (PR), Primeiro-ministro (PM), PWC, Reeleição, Regulação, Rendimentos ilegítimos, Resgate/Bailout, Ricardo Salgado, Sector Bancário, Sistema Judicial, Supervisão, Traballhadores, Tráfico de influências, Tranquilidade, Tribunais, Troika, USA, Venda de ativos, Vice-Primeiro-ministro | Comments Closed
Sexta-feira, Janeiro 9th, 2015
20150109
Citando
A auditora PwC ouviu Granadeiro, Bava, Mora, Morais Pires e Joaquim Goes, entre outros sobre o financiamento que a PT fez à Rioforte, a holding não financeira do grupo GES/BES. Só não conseguiu entrevistar Salgado. o ex-líder do BES omitiu informação sobre a Rioforte quando pediu à PT para investir.
Ricardo Salgado diz que a única coisa que não previu foi o efeito da queda do grupo na PT
A PricewaterhouseCoopers (PwC) entrevistou vários ex-gestores da Portugal Telecom e do Banco Espírito Santo (BES) para apurar todas as circunstâncias que rodearam os investimentos realizados em empresas detidas pelo Grupo Espírito Santo (GES), que através do BES era o maior acionista da operadora.
Entre as 15 pessoas ouvidas estão Henrique Granadeiro e Luiz Pacheco de Melo, os dois responsáveis da PT que se demitiram na sequência do investimento de 897 milhões de euros na Rioforte, mas também Zeinal Bava, João Mello Franco (atual presidente da PT SGPS e antigo membro da comissão de auditoria), Rafael Mora, administrador da PT e da Ongoing, Amílcar Morais Pires e Joaquim Goes, dois ex-administradores do BES que estavam representados no conselho de administração da operadora de telecomunicações. Só não conseguiu chegar à fala com o homem que terá dado indicação expressa à PT para investir na Rioforte, apesar de não exercer qualquer cargo na empresa.
“Não foi possível, apesar dos contactos estabelecidos, entrevistar o Dr. Ricardo Salgado”, revelam as conclusões da auditoria divulgadas pela empresa na quinta-feira à noite. O documento sugere que o ex-presidente do BES omitiu informação sobre a situação financeira da Rioforte na reunião em que apresentou a nova holding do GES ao administrador financeiro da PT no início de 2014.
Neste encontro com Luíz Pacheco de Melo, o então presidente do BES detalhou o plano de reestruturação do Grupo Espírito Santo, indicando que os investimentos realizados até então na Espírito Santo International, e que à data ascendiam a 750 milhões de euros, deveriam ser desviados para a Rioforte. A apresentação era omissa sobre a situação financeira da Rioforte, que se degradou substancialmente depois das operações concluídas uma semana antes por via da compra da participação da ESI na Espírito Santo Financial Group (ESFG). De acordo com a PwC, o preço desta transação foi fixado muito acima do valor de mercado, representando 4,34 vezes a capitalização bolsista da ESFG, tendo a Rioforte passado de credora da ESI para devedora de 1,4 mil milhões de euros.
O nome de Ricardo Salgado é ainda invocado numa reunião realizada no BES a 26 de março entre o chief finance officer da PT, o diretor financeiro Carlos Cruz, e Amílcar Morais Pires, administrador financeiro do BES que serviu para analisar a continuação do investimento da PT na Rioforte. Neste encontro, Morais Pires diz que o presidente do BES lhe terá transmitido que a renovação da aplicação já teria sido combinada com Granadeiro e Zeinal Bava, envolvendo aqui o então presidente da Oi. Pacheco de Mello invoca orientações de Henrique Granadeiro, à data presidente executivo da PT.
Na audição na comissão parlamentar de inquérito, Ricardo Salgado lamentou o que aconteceu à PT, acrescentando que foi a única consequência que não previu quando alertou o Banco de Portugal para os efeitos sistémicos da queda do grupo e do banco. “Foi uma tristeza o que aconteceu na PT. Foi o único elemento que não previ”, afirmou o antigo presidente do BES.
O investimento na Rioforte de 897 milhões de euros foi renovado a 15 e 17 de Abril por três meses, quando já tinha sido aprovado o relatório e contas de 2013 da holding não financeira em que o auditor alertava para o excesso de passivos sobre os ativos correntes na sequência da compra da ESFG, que foi financiada com dívida de curto prazo (foi uma parte desta dívida que a PT refinanciou), avisando, ainda, para a incerteza quanto ao processo em curso de extensão da maturidade dos empréstimos.
Segundo testemunhou na comissão de inquérito ao BES o ex-presidente executivo da Rioforte, este relatório estava disponível quando a PT renovou a aplicação. João Pena Rodrigues garante que a operadora nunca contactou a administração da empresa onde investiu 897 milhões de euros.
Mais do que renovar a operação, o que a auditoria revela é que a PT teve de ir ao mercado levantar dinheiro, aumentando a dívida, para poder cumprir os seus compromissos no aumento de capital da Oi, devido à aplicação feita na Rioforte. Não foi, aliás, a primeira vez. Já em maio de 2013, a empresa, então liderada por Zeinal Bava (que só assumiu a presidência da Oi no mês seguinte), emitiu obrigações no valor de mil milhões de euros, dos quais metade foi usada para subscrever títulos da Espírito Santo International (ESI).
Decisões informais sem evidência de quem as tomou
A PwC assinala as várias restrições e limitações a que foi sujeito o seu trabalho, designadamente ao nível do acesso a documentos e análises que poderão estar na posse de pessoas que já não estão na empresa. Refere informações contraditórias prestadas pelos entrevistados e decisões tomadas de forma informal e sem ser deixada evidência sobre quem tomou determinada decisão ou sobre quem aprovou determinada transação.
Levanta ainda a questão: em que medida é que os dois administradores da PT que também eram do BES, Joaquim Goes e Amílcar Morais Pires, deveriam ter alertado para o risco de solvabilidade da ESI e Rioforte, mas conclui que não foi possível apurar que tivessem conhecimento das dificuldades financeiras dessas entidades.
O que disseram os ex-gestores do BES na comissão de inquérito sobre o investimento da PT na Rioforte
Ricardo Salgado “Foi uma tristeza o que aconteceu na PT. Foi o único elemento que não previ. O BES sempre esteve ao lado da PT para financiar todas as empresas que a PT comprou.”
Amílcar Morais Pires “Nunca tomei uma iniciativa para sugerir investimentos na Rioforte ou na ESI. Do lado do banco, só podia ter sido Ricardo Salgado a dar indicação para a PT realizar o investimento.”
Joaquim Goes “Nunca tive conhecimento direto do investimento da PT no Grupo Espírito Santo. Nunca tive intervenção e o caso nunca foi discutido no conselho de administração.”
(Fim de citação)
Tags:Akoya, Álvaro Sobrinho, Angola, Angolagate, Ativos tóxicos, Auto-defesa, Engano de outros ramos da Família ES, ES Control, ESCOM, Fuga às responsabilidades, Helder Bataglia, Ionline, José Eduardo dos Santos, Luvas, Marques da Cruz, Monte Branco, Morais Pires, NB Banco de transição, Newsworld, Ocultação de contas, Offshores, Paraísos Fiscais, Polémica, Portugal, Responsabilização de terceiros, RioForte, Salgado, Sonangol, Submarinos, Supervisão, Venda irregular
Publicado em Abuso de informação, Ação judicial, acionistas, Alavancagem, Assembleia da República, Auditores, Aumento de Capital, Banco BPI, Banco de Portugal, Banco Popular, Banco Santander, Banco Santander Totta, Banque Privée Espírito Santo (BPES), BCE, BEI, BES, BES (ativos tóxicos), BESA, BESI, BNP/Paribas, Branqueamento de capitais, Carlos Costa, Carlos Tavares, Cavaco Silva, CMVM, Comissão Europeia (CE), Core tier 1, Corrupção, CPI, Crescimento, Demissão, Desemprego, Dívida pública, Dívidas, Draghi, Economia real, Eduardo Stock da Cunha, Empresa estratégica, ESFG, Estímulos financeiros, Ética, Ex-Presidente do Banco BES, Falência, Fraude, Fuga aos impostos, Fundo Apollo, Fundo de Resolução, Fundo Fosun, Fusões & Aquisições, garantias do Estado, Geoeconomia, Geopolítica, GES/BES, Governador do BdP, Governo, Holdings, Insider trade, Juros, Macroeconomia, Maria Luís Albuquerque, Mercados, Ministério Público, Ministra das Finanças, Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Mudanças, Novo Banco, Pagamentos irregulares, Passos Coelho, Paulo Portas, Presidente da República (PR), Primeiro-ministro (PM), PWC, Regulação, Rendimentos ilegítimos, Resgate/Bailout, RGICSF, Ricardo Salgado, Sector Bancário, Sistema Judicial, Supervisão, Traballhadores, Tráfico de influências, Tranquilidade, Tribunais, Troika, USA, Venda de ativos, Vice-Primeiro-ministro, Vítor Bento | Comments Closed