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Sobrinho nega investimento na SAD do Sporting e acusa CMVM de parcialidade

Domingo, Agosto 23rd, 2015

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Sapo Desporto com Lusa

O empresário é o principal acionista individual da SAD do Sporting.

O empresário Álvaro Sobrinho, ex-presidente não executivo do BES Angola, negou este sábado “peremtória e categoricamente” que tenha feito “qualquer investimento direto” na SAD do Sporting, de que é o principal acionista individual.

Em comunicado, Álvaro Sobrinho acusa ainda a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de evidenciar uma “atitude de parcialidade reiterada” contra si.

“É peremtória e categoricamente falso que eu, Álvaro Sobrinho, ou a Holdimo, da qual sou acionista, na qualidade de acionista da Holdimo, tenhamos feito qualquer investimento direto na SAD do Sporting”, escreve o empresário, reagindo a “notícias publicadas nas últimas 24 horas” sobre a existência de “uma eventual investigação da CMVM” a alegados investimentos na SAD dos “leões”.

 “Ao contrário do que publicitou a CMVM, nunca houve entrada de dinheiro da Holdimo ou de mim próprio na compra de ações da SAD do Sporting. A CMVM sabe que foi o Sporting Clube de Portugal que propôs a entrada da Holdimo no capital social da SAD, numa operação que na altura a Entidade Reguladora aprovou sem qualquer reserva”, refere ainda.

No comunicado, o empresário sustenta que há por parte do regulador “uma atitude de parcialidade reiterada” em relação a si, apontando a circunstância de já no passado o regulador ter questionado erradamente a regularidade da sua participação noutros negócios.

“Ora, a mesma exigência nunca foi feita pela CMVM em relação, por exemplo, a outros grupos de comunicação social em que coexistem participações qualificadas de fundos de quem não se conhece rosto”, observou.

A CMVM esclareceu na sexta-feira que “estão em curso e serão realizadas as diligências necessárias” relativamente a operações financeiras no âmbito de “sociedades anónimas desportivas”, nomeadamente envolvendo Álvaro Sobrinho, principal acionista individual da Sporting SAD.

O esclarecimento foi prestado pelo gabinete da instituição presidida por Carlos Tavares, em resposta a uma pergunta do deputado do PSD Duarte Marques sobre se “os movimentos financeiros e investimentos feitos” pelo ex-presidente não executivo do BESA “mereceram da parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) algum rastreio no que diz respeito à origem desses capitais”.

“No âmbito das atribuições da CMVM e em articulação, designadamente, com o Banco de Portugal, estão em curso e serão realizadas as diligências reputadas necessárias e adequadas ao apuramento da origem e ao acompanhamento das operações financeiras referenciadas nas perguntas feitas pelo senhor deputado”, pode ler-se na resposta.

Nos esclarecimentos, a CMVM especifica que do âmbito das suas competências “não se excluem as operações financeiras e investimentos realizados em Portugal pelo Dr. Álvaro Sobrinho ou por empresas detidas ou geridas pelo referido ex-Presidente do BESA, sempre que se venha a revelar pertinente a aferição da origem, condições de obtenção e movimentos de capital”.

“Sobretudo quando tais tenham por fonte ou se destinem a financiar o recurso ou investimento em mercado de capitais. Neste contexto, a CMVM acompanha também a atividade das sociedades abertas, incluindo as que assumem a forma de sociedades anónimas desportivas (as ‘SAD’), com o especial propósito de salvaguardar que atuam em conformidade com as regras previstas no Código dos Valores Mobiliários (“Cód. VM”) e com a legislação conexa aplicável”, informam ainda, sem nunca referir a Sporting SAD.

Após a divulgação da contratação do treinador Jorge Jesus pelo Sporting, no início de junho, Álvaro Sobrinho, o maior acionista individual da SAD ‘leonina’ foi apontado pela imprensa como estando envolvido no financiamento da operação.

No final de junho, em esclarecimento prestado à eurodeputada socialista Ana Gomes, a CMVM já tinha confirmado estar a “apurar o cumprimento dos deveres de diligência” por parte da Sporting SAD relativamente ao apuramento da origem do financiamento do clube para a época 2015/2016.

A carta assinada pelo presidente da CMVM, Carlos Tavares esclarece que a Sporting SAD encontra-se “sujeita à supervisão da CMVM, designadamente no que diz respeito ao cumprimento dos deveres de prestação de contas, participações qualificadas e informação privilegiada”.

Banco de Portugal e CMVM investigam investimentos de Sobrinho no Sporting

Sexta-feira, Agosto 21st, 2015

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Público

As autoridades de supervisão financeira portuguesas confirmaram as investigações.

O Banco de Portugal (BdP) e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) estão a investigar os investimentos feitos pelo antigo presidente do BES Angola (BESA), Álvaro Sobrinho, em cotadas portuguesas, entre as quais, a SAD do Sporting.

A informação consta da resposta enviada pelo supervisor do mercado de capitais português a dois requerimentos apresentados pelo deputado Duarte Marques, do PSD, entretanto disponibilizada na lista de documentos relativos à comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES/GES, na página oficial da Assembleia da República.

“No âmbito das atribuições da CMVM e em articulação, designadamente, com o Banco de Portugal [BdP], estão em curso e serão realizadas as diligências reputadas necessárias e adequadas ao apuramento da origem e ao acompanhamento das operações financeiras referenciadas nas perguntas feitas pelo senhor deputado”, lê-se no documento enviado na passada quarta-feira ao parlamento pela entidade liderada por Carlos Tavares.

Esta resposta surgiu quase dois meses depois de o deputado social-democrata ter enviado dois requerimentos à CMVM.

Num deles, Duarte Marques questiona se “os movimentos financeiros e investimentos feitos pelo dr. Álvaro Sobrinho mereceram da parte da CMVM algum rastreio no que diz respeito à origem desses capitais” e se “está a CMVM disposta a verificar e seguir o rasto e a origem das verbas utilizadas por empresas detidas ou geridas pelo dr. Álvaro Sobrinho na aquisição ou investimento em empresas em Portugal, cotadas ou não”.

No final do ano passado, num esclarecimento feito pela Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Sporting à CMVM, ficou a saber-se que a empresa angolana Holdimo, ligada a Álvaro Sobrinho, já detinha quase 30% da SAD do clube “leonino”.

Na sua resposta, a CMVM salientou ainda que é da sua competência a “realização das diligências de acompanhamento e fiscalização do cumprimento das normas jurídicas aplicáveis que, no limite, podem resultar na instauração e instrução de quaisquer procedimentos contraordenacionais ou na remessa de elementos relevantes para as autoridades competentes, em matéria de crime”.

E acrescentou: “Deste âmbito não se excluem as operações financeiras e investimentos realizados em Portugal, pelo dr. Álvaro Sobrinho ou por empresas detidas ou geridas pelo referido ex-presidente do BESA, sempre que se venha a revelar pertinente a aferição da origem, condições de obtenção e movimentos de capital, sobretudo quando tais tenham por fonte ou se destinem a financiar o recurso ou investimento em mercado de capitais”

Casas de luxo de Álvaro Sobrinho arrestadas pela justiça

Segunda-feira, Agosto 10th, 2015

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Observador

Cinco apartamentos de luxo em Cascais do empresário angolano Álvaro Sobrinho foram arrestados e convertidos em definitivo a favor do Ministério Público, avança o Correio da Manhã.

O ex-presidente executivo do BES Angola é suspeito de branquear 80 milhões de euros, montante que está sob investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

De acordo com o mesmo jornal, os cinco apartamentos de luxo situam-se no Estoril Sol Residence, em Cascais. Apenas um dos imóveis estava em nome de Álvaro Sobrinho e da mulher, tendo os restantes quatro passado para o nome dos filhos do empresário.

Álvaro Sobrinho também foi investidor do empreendimento de luxo Atlântico Estoril Residence, na mesma zona, através da Fundbox, uma sociedade de gestão e investimento imobiliário, onde investiram vários empresários angolanos.

Álvaro Sobrinho: o preferido de Salgado que cresceu nos negócios em Portugal

Sexta-feira, Junho 5th, 2015

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Expresso

Licenciado em Matemática e Estatística, começou no BES como diretor e chegou a presidente executivo do BES Angola. É o maior acionista do Sporting Clube de Portugal.

Álvaro Sobrinho subiu ao estrelato no mundo dos negócios pela mão de Ricardo Salgado. Fez carreira na banca. Começou no BES como diretor e chegou a presidente executivo do BES Angola, em 2001, onde ficou até outubro de 2012.

Um banco que acabou por central na derrocada do BES e levou Álvaro Sobrinho a sentar-se na Comissão Parlamentar de Inquérito ao BES/GES, em dezembro de 2014, para explicar a atribuição pelo BESA de créditos pouco claros no valor de €5,7 mil milhões concedidos na sua gestão, alguns sem garantia nem identificação do destinatário, outros a que se perdeu o rasto.

Angolano, nascido em 1962, Álvaro Sobrinho tem protagonizado vários investimento em Portugal. É dono dos jornais “Sol” e “I”. Tornou-se maior acionista do Sporting Clube de Portugal, comprou as conservas da marca de atum “Bom petisco”. Faz sempre as compras através da Newshold Group. Na CPI fez questão de dizer que já era rico quando veio estudar para Portugal.

Licenciou-se em Matemática e Estatística na Universidade Nova de Lisboa, e era um dos eleitos de Ricardo Salgado, mas acabaram aparentemente zangados.

Álvaro Sobrinho esteve sob investigação no âmbito do caso Monte Branco, por ser acionista da Akoya, entidade gestora de fortunas, com sede na Suíça, de que Salgado era cliente. A sociedade estava no centro das suspeitas de branqueamento de capitais. Em Angola, Álvaro Sobrinho tem também vários negócios.