Citamos
Arquivo para a categoria ‘Banco Popular’
Venda do Novo Banco já custou 17 milhões ao Banco de Portugal
Quinta-feira, Setembro 17th, 2015Carlos Costa: “Incomoda-me muito a tendência empresarial para o laxismo de pagamentos e prazos”
Segunda-feira, Maio 4th, 2015Citamos
“Há uma relação estreita entre o funcionamento dos mercados e a regulação, que tem regras. Há observância dessas regras e a penalização dessas regras. Um país sem mercados, regras, supervisão e enforcement tem de ter um custo e uma perda de desenolvimento”, começou por dizer Carlos Costa.
O governador do Banco de Portugal defende que “construíu-se uma lógica de auto-regulação do mercado num contexto de concorrência. Para o mesmo nível de concorrência podemos ter diferentes níveis de qualidade e diferentes fixações de preços, o que signfica que os valores e as instituições estão inerentes ao mercado. Não há um mercado com um equilíbrio único. Cada mercado tem o seu equilíbrio e temos de aceitar e perceber que a questão dos valores é inerente ao bom funcionamento do mercado”.
“Alguns problemas com que somos confrontados hoje está na proteção dos consumidores que tem a ver com a erosão ou a não existência de valores”, disse.
“Falhas na concorrência levam a um desquilibrio na relação contratual. Saber se o nível de serviço corresponde ao preço, ao benchmark, às necessidades dos consumidores e da economia é muito importante. É preciso saber se os fornecedores estão a responder às necessidades e às regras”, considerou o governador.
Carlos Costa salientou ainda que “outro desequilíbrio que surge depois tem a ver com a complexidade da prestação e da contraprestação. No caso da complexidade da prestação, quando não são avaliados corretamente, como seja a compra de um produto, é preciso defender o consumidor para saber se aquilo que foi comprado corresponde ao que foi vendido. No caso da contraprestação, no diferimento da prestação é preciso assegurar que é garantia. O que me incomoda muito, no sector empresarial, é a tendência para o laxismo de pagamentos e prazos. Tem custos para a economia”.
“Quando ao contágio dos agentes de mercado, se alguém vende um produto normal e falha, a concorrência atua e colmata essa falha. Mas temos riscos que põem em causa o interesse geral, como os riscos para a saúde pública. No domíno financeiro é igual, perdida a confiança num perde-se a confiança em todos. Para mim é natural que temos regras, fazer defendê-las, aplicá-las, porque é importante para o desenvolvimento do país. Um nível menos exigente significa menor incerteza, maior custo e necessidade de maiores margens”, salientou.
Relativamente à inovação, Carlos Costa salientou que “dá vantagem competitiva e cria-se uma renda associada a essa inovação. Mas há o problema de qual é o nível de regulação e supervisão para que não decorra um mercado selvagem ou um mercado estagnado. Esta é a questão vital que se coloca”.
“Um desequílibrio entre inovação e regulação pode trazer consigo a proteção de interesses instalados ou se protege as rendas criadas. Adequar a oferta às necessidades de mercado e garantir que a inovação não cria problemas é o nosso objetivo”, acrescentou.
Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, está a discursar no colóquio sobre “Regulação e Consumidor: problemas atuais e desafios”.
CMVM contra solução de Carlos Costa para papel comercial do GES
Terça-feira, Março 24th, 2015Citamos
Solução prevê perda de 60% das aplicações. Carlos Tavares e Carlos Costa vão hoje ao Parlamento.
A solução para os clientes lesados com papel comercial do Grupo Espírito Santo, que está a ser ultimada pelo Banco de Portugal (BdP) e que prevê a perda de mais de metade do capital investido, não tem a simpatia nem a concordância da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o supervisor do mercado de capitais, apurou o Económico. A CMVM, que não tem poder de veto sobre a solução gizada pelo Banco de Portugal, entende que a mesma não corresponde às promessas feitas aos clientes lesados. E considera que visa apenas facilitar a venda do Novo Banco ao melhor preço possível.
Novo Banco-Caixabank. Con esas pérdidas, Fainé no comprará el antiguo Espirito Santo
Terça-feira, Março 10th, 2015Citamos
- Los números rojos del ‘rescatado’ banco luso ascienden a 467 millones en sus primeros cinco meses de vida.
- Caixabank está entre los interesados en comprarlo, incluso después de la OPA sobre BPI, si encuentra sinergias con el opado.
- Sabadell y Banco Popular exigen una rebaja del precio (2.500 millones) o no irán a puja alguna.
- El presidente de Novo Banco, mientras, prefiere hablar de rentabilidad para la venta, evitando el precio que vale.
- Lo único que logra, de momento, es corregir la masiva fuga de depósitos de la entidad.
Son varios los bancos españoles que han mostrado su interés por hacerse con Novo Banco, el antiguo Banco Espirito Santo (BES), hoy en subasta pública. Ahora bien, entre los inconvenientes sobrevuela especialmente uno, el precio excesivamente alto elevado de la puja: 2.500 millones de euros. Mientras tanto, Novo Banco ha presentado resultados, que no son precisamente para tirar cohetes; más bien, lo contrario. En sus primeros cinco meses de existencia, desde agosto, ha perdido 467 millones de euros y ha tenido queprovisionar 699 millones para sanearse antes de la venta, prevista para el verano. Pero con esas credenciales, no está en las mejores condiciones para exigir en eso del precio y, paradójicamente, eso da ‘alegrías’ a los pujantes si se traduce en un coste menor.
Los españoles BBVA, Popular, Sabadell, Caixabank y Santander tienen sobre la mesa la información sobre el proceso de venta contenida en el cuadernillo (Teaser) que publicó a finales de año el Banco de Portugal. Son conscientes de que Novo Banco es una pieza clave para controlar la banca portuguesa. Pero a nadie se le escapa que el candidato más probable también por descarte es Caixabank, que preside Isidro Fainé (en la imagen), incluso después de lanzar su OPA por Banco Portugués de Investimento (BPI), el cuarto por activos después de Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco y BCP. BPI, por su parte, también está en la puja por Novo Banco.
El presidente de Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, sin embargo, pasó de puntillas este lunes, al informar de los resultados, de la cuestión crucial: el precio. Sus objetivos, de momento, están en aumentar larentabilidad para elevar su venta. Lo tiene difícil, pues admite que los beneficios no llegarán hasta 2016. No obstante, Stock da Cunha tiene a favor de sí haber contenido la fuga de depósitos de la entidad, aunque no parece suficiente. En los dos meses posteriores al ‘rescate’ se le fueron 2.000 millones de euros, que consiguió corregir en el último trimestre de 2014 con la captación de 4.200 millones.
Caixabank era uno de los aspirantes más claros para hacerse con Novo Banco y sigue siéndolo, a pesar del aparente giro de 180 grados que implica su operación para controlar la mayoría del BPI (ahora tiene el 44,1%). De hecho, si Caixabank comprara también Novo Banco completaría la red bancaria a la que aspira en Portugal. Sería el resultado de una fusión de ambos, que daría lugar al primer banco portugués.
Tanto el Popular como el Sabadell coinciden en que la operación de compra de Novo Banco es muy compleja. El presidente del Popular, Ángel Ron, lo dejó claro en enero al presentar los resultados de 2014 del banco. Confirmó que habían mostrado interés por la entidad cuando así se lo pidió el Banco de Portugal, pero que la operación no les interesaba, entre otras cosas, porque apenas crearía sinergias entre las dos entidades. Quedan Santander y el BBVA. ¿Les interesa? En cualquier caso, más al primero que al segundo, que está de retirada en el país. Quedó claro cuando anunció, en noviembre, el despido del 25% de su plantilla en el país, donde se centrará, dijo entonces, en el segmento de gama alta y grandes empresas, un modo como otro cualquiera de justificarse cuando un banco va mal. Con el Santander puede ocurrir lo mismo, pero por otras razones. Ya controla el quinto banco portugués, su filial Totta.
Todo depende, en cualquier caso del precio de compra de Novo Banco, que vira a la baja con los últimos resultados. Si el precio es bajo será una perita en dulce para todos. En la puja, además de entidades españolas, están también la gestora americana Apollo y también interesa a China. Fue precisamente una empresa financiera de ese país, Haitong, la que compró en agosto Banco Espirito Santo Inversión -la división especializada del BES en inversión- por 379 millones de euros. En la puja aparecen el Bank of China y el grupo Fosun, uno de los mayores grupos industriales y de inversión chinos.
Rafael Esparza
A quem terá pago Ricardo Salgado com o dinheiro da conta escrow?
Quinta-feira, Março 5th, 2015Houve “saídas de fundos da conta ‘escrow’ no montante de 739,8 milhões de euros para reembolsar papel comercial da ESI [Espírito Santo International] que era detido por clientes do BES não classificados internamente no segmento de retalho”, conclui o relatório. Deste valor, 500,5 milhões destinaram-se a clientes “private” e 239,3 milhões a clientes de outros segmentos. Neste caso, deverão estar em causa clientes institucionais.
As saídas de fundos desta conta constituem a maioria dos actos de potencial desobediência das determinações do Banco de Portugal, com movimentações díspares. Entre elas estão reembolsos de papel comercial da ESI a clientes do BES Açores (52 milhões de euros) ou a clientes do Banco BEST (23 milhões), que também violaram as regras impostas pelo Banco de Portugal. A Deloitte identifica ainda o pagamento de um reembolso antecipado de obrigações da ES Irmãos, através desta conta “escrow”, de 74 milhões de euros “detidas por um cliente não classificado internamente no segmento de retalho e custodiadas na SFE Madeira”.
Algumas das saídas de contas escrow foram para reembolsar papel comercial da ESI detido pelo fundo Caravela Short Term e pelo ES Investment Liquidity, entre outros.
A auditoria forense conclui ainda que a “conta escrow”, que teria fundos de 1,2 mil milhões de euros, era afinal uma conta de depósitos normal e que a maior parte desses fundos – 739 milhões de euros – foram usados para reembolsar clientes “não classificados internamente no segmente ‘retalho’”. Parte do dinheiro foi ainda utilizado para pagar empréstimos bancários contraídos pelo BES junto do BCP e do Montepio Geral. O Millennium bcp recebeu 80 milhões de euros e o Montepio 40 milhões para liquidar empréstimos à ES International, destinados ao reembolso de papel comercial. Isto passou-se em Fevereiro de 2014.
Também não se sabe exactamente de onde veio todo o dinheiro que constituía esta conta. Parte terá vindo da Eurofin, mas há 358 milhões cuja origem não foi possível apurar, lê-se ainda na auditoria forense. “Não obtivemos documentação de suporte corroborativa sobre a natureza da origem destes fundos, excepto para uma entrada no montante de 81,5 milhões de euros (proveniente de um aumento de capital da Euroaforro)”. Assim, “o total de movimentos de entrada de fundos na conta ‘escrow’ (…) para os quais não obtivemos informação (…) ascende a 358 milhões de euros”. Neste ponto são ainda feitos reparos a 400 milhões de euros que entraram na conta “escrow” sobre os quais “não obtivemos informação suficiente que permita concluir quanto à existência de um potencial incumprimento da determinação do BdP”. E há ainda, segundo o mesmo documento, “outras entradas de fundos para as quais não dispomos de informação corroborativa” sobre a sua origem, nomeadamente 20 milhões de euros relativos à Eurofin e 23 milhões “que terão origem em papel comercial emitido por uma entidade do ramo não financeiro do GES e subscrito pelo Crédit Suisse”, diz o documento.
Recorde-se que a criação da conta para fazer face ao reembolso do papel comercial da ESI colocado em clientes de retalho do BES foi determinada pelo Banco de Portugal a 3 de Dezembro de 2013. Logo que a ETRICC detectou a real situação financeira da ESI. Nessa altura, para isolar o banco dos riscos da ESI, Carlos Costa dá a ordem de serviço ao BES de Ricardo Salgado: «a eliminação da exposição do Grupo ESFG à Espírito Santo International não coberta por obrigações contratuais e garantias avaliadas de forma conservadora e a criação de uma escrow account com uma reserva mínima igual ao remanescente do montante de dívida emitida pela Espírito Santo International e colocado junto de clientes do BES, que deveria ser suportada por cash flows de entidades fora do perímetro do Grupo ESFG».
O supervisor pretendia que fosse constituída “uma conta à ordem (conta ‘escrow’) alimentada por recursos alheios ao ESFG sem qualquer apoio financeiro ou garantia explícita ou implícita de entidade pertencente ao grupo ESFG, com um montante equivalente à dívida emitida pela ESI e detida por clientes do BES na sequência da colocação na respectiva rede de retalho, devendo essa conta ser exclusivamente destinada ao reembolso dessa dívida”.
Resultado: Entre o final de 2013 e Julho de 2014 Ricardo Salgado incorreu por 30 vezes em infracções, incluindo 21 actos contrários às determinações do Banco de Portugal. Destas, 4 são potenciais actos de gestão danosa.
Inside Goldman Sachs’s Loan to Banco Espírito Santo
Segunda-feira, Janeiro 19th, 2015201501
Deal Resulted From Effort by Senior Goldman Officials to Win Business With Portuguese Company
Citando
When Goldman Sachs Group Inc. arranged an $835 million loan to Banco Espírito Santo SA last summer, it was the result of a concerted, monthslong effort by senior Goldman officials to win business with the large Portuguese company, according to people familiar with the matter.
Today, Goldman’s embrace of Espírito Santo has come back to haunt the Wall Street giant. Weeks after Goldman arranged the loan, Banco Espírito Santo collapsed amid allegations of fraud. Goldman now is in an unusual public fight with Portugal’s central bank, which bailed out Espírito Santo, over whether the loan should be fully repaid. Anticipated losses linked to the loan took a bite out of Goldman’salready weak fourth-quarter results, the firm’s executives said last week.
And the Goldman loan is under review by Portuguese regulators, which are trying to untangle the web of financial arrangements surrounding Banco Espírito Santo at the time of its implosion, a person familiar with the inquiry said.
The situation highlights a series of missteps by the Wall Street bank.
The loan was approved by at least three Goldman committees, which are composed of senior bank executives and are designed to rigorously assess transactions for their credit risk and their potential to harm the bank’s reputation, according to people familiar with the matter. And the Bank of Portugal moved the loan toward the back of the line for repayment because Goldman last summer briefly amassed more than 2% of Banco Espírito Santo shares.
MORE
- Goldman Sachs Profit Slides (Jan. 16, 2015)
- Goldman Sachs Readies for a Fight Over $835 Million Loan to Banco Espírito Santo (Dec. 29, 2014)
- Espírito Santo Faces Money-Laundering Investigations (Dec. 1, 2014)
- Goldman Sachs Made Big Loan to Banco Espírito Santo Shortly Before Collapse (Sept. 1, 2014)
- Behind the Collapse of Portugal’s Espírito Santo Empire (Aug. 12, 2014)
- Bank of Portugal Unveils Plan to Rescue Banco Espírito Santo (Aug. 3, 2014)
Goldman’s involvement in the Espírito Santo saga, which The Wall Street Journal first reported in September, got under way last spring—just as the wheels were starting to come off the family-controlled business empire.
Banco Espírito Santo was looking for help in paying for a loan it had promised to Venezuela’s state oil company.
Jose Luis Arnaut, a former Portuguese government minister who Goldman had just appointed to its prestigious international-advisory board, contacted Banco Espírito Santo Chief Executive Ricardo Salgado, according to a person familiar with the approach. Mr. Arnaut offered Goldman’s help in raising money, this person said.
A Goldman partner in London, Antonio Esteves, helped pull together a team in Goldman’s securities and financing divisions to create a complicated structure to arrange the loan, say people familiar with the deal. Mr. Esteves, a Portuguese native, was known inside Goldman as the salesman with the strongest connections to Iberian banks and state-owned companies, they said.
Officials at Goldman Sachs hoped the Espírito Santo deal would pave the way for future business with the Portuguese group, people familiar with the relationship said.ASSOCIATED PRESS
Goldman and Espírito Santo eventually settled on the creation of a company, Oak Finance Luxembourg SA, to raise $835 million for Espírito Santo from Goldman and outside investors. Goldman Sachs International co-heads in London, Michael Sherwoodand Richard Gnodde, were briefed on the large transaction, according to a person familiar with it.
Oak Finance’s purpose—providing vital funding for a project aimed at increasing Venezuela’s refined-oil output—also checked off a box for Goldman as it tried to expand its relationship with the Venezuelan government, people familiar with the matter said.
Before the money was raised, Espírito Santo’s problems started intensifying. Its parent company was struggling to repay billions of euros to its creditors, including the bank and its clients. Facing potential losses, the bank was having trouble raising money from traditional market sources.
But Goldman remained enthusiastic about both the deal and Espírito Santo’s prospects. In late June, barely a month before the bank’s collapse, Mr. Arnaut told a Portuguese radio station that “BES is a profoundly stable bank.” He added that Mr. Salgado, who had announced plans to resign, “was leaving a robust bank with capital and credibility.”
Messrs. Arnaut and Esteves didn’t respond to requests for comment.
Funds from the $835 million loan were released on July 3, providing the bank with vital financial help.
Goldman officials hoped the Oak Finance deal would pave the way for future business with Espírito Santo, people familiar with the relationship said. Following Mr. Salgado’s departure, Mr. Esteves and other Goldman’s bankers unsuccessfully sought work advising Espírito Santo on ways to stay afloat, these said.
Goldman, meanwhile, was buying Banco Espírito Santo shares. Regulatory filings show Goldman amassed 2.27% of the bank’s shares as of July 15. It looked like a vote of confidence in the Portuguese bank, whose shares rallied 20% on July 23, the day the holdings were disclosed.
When Banco Espírito Santo was bailed out and broken up in early August, Goldman wrote to the Bank of Portugal to confirm that the Oak Finance debts would be transferred to the surviving part of the bank, known as Novo Banco, where the loan stood a good chance of repayment. A Goldman spokeswoman said the central bank provided those assurances. A Bank of Portugal spokesman denied that.
Goldman said it had managed to sell some of its exposure to the Oak Finance loan to investors, including pension funds.
On Dec. 23, Novo Banco made a surprise announcement: The Bank of Portugal had informed it that Oak Finance would remain in the “bad bank” that the central bank is winding down, virtually guaranteeing the loan won’t be fully repaid. The reason: A Portuguese law passed in August said that anyone owning more than 2% of a bailed-out bank’s shares must go to the back of the line for any debt repayments. Goldman’s 2.27% shareholding in July triggered that provision retroactively, the Bank of Portugal concluded.
The decision stunned Goldman executives, who learned of it only when they read it in the Portuguese media on Christmas Eve, according to a person familiar with the matter. Goldman disputed the Bank of Portugal’s legal interpretation, noting that it was buying the shares for clients, not for the bank’s own account. In a statement, Goldman accused the Bank of Portugal of breaking its word and warned that the decision would hurt the pension funds that bought Oak Finance debt.
In any case, the decision meant Goldman was likely to absorb sizable losses and prompted the bank to lower the size of some employees’ bonuses.
Last week, discussing Goldman’s fourth-quarter results, Chief Financial Officer Harvey Schwartz said a loss from the Oak Finance securities made a small dent in its trading division’s results. He said Goldman remains in “active dialogue” with the Bank of Portugal.
—Justin Baer contributed to this article.
Write to Margot Patrick at margot.patrick@wsj.com and Patricia Kowsmann at patricia.kowsmann@wsj.com
(Fim de citação)
Avaliações do BESI a empresa do GES atacadas na comissão de inquérito
Sábado, Janeiro 17th, 201520150117
Primeiro foi a Tranquilidade, depois a Escom. Ambas estiveram na esfera do Grupo Espírito Santo. E ambas, em dado momento da sua vida, foram avaliadas por um dos bancos do grupo, o BES Investimento. Tais avaliações feitas pelo BESI, banco liderado por José Maria Ricciardi, foram já criticadas por várias personalidades na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.
A avaliação da seguradora foi feita no arranque do ano. Em Fevereiro, a Tranquilidade estava avaliada pelo BESI com um valor justo de 819 milhões de euros com a previsão de um valor de alienação, em 2016, de 700 milhões de euros. A estimativa tinha partido de dados fornecidos pela administração da seguradora – um dos administradores do BES, António Souto,afirmou que esses dados tinham bases “bastante ambiciosas”, contando com uma forte vertente de expansão internacional. O montante foi confirmado pela auditora PwC, defendeu-se José Maria Ricciardi na sua audição.
A seguradora Tranquilidade foi vendida pelo Novo Banco ao fundo norte-americano Apollo. Mas antes disso era do Grupo Espírito Santo. A empresa pertencia à Partran, detida totalmente pelo Espírito Santo Financial Group. Foi dada como garantia na provisão que o ESFG teve de constituir para assegurar o reembolso dos clientes do BES que tinham adquirido dívida de empresas do ramo não financeiro do GES (como a ESI e a Rioforte). “Cobrir o risco reputacional”, como resumiu Pedro Duarte Neves, na comissão de inquérito. Havia um penhor que foi executado, pelo que o BES – depois Novo Banco – herdou aquela empresa.
Contudo, a instituição presidida por Eduardo Stock da Cunha só vendeu a Tranquilidade por cerca de 200 milhões – perto 50 milhões recebidos directamente; os restantes 150 milhões serão injectados para capitalizar a empresa. 150 milhões que tinham de compensar o financiamento que a seguradora fez ao Grupo Espírito Santo (ESFG, Esfil e Rioforte) e que abriu um buraco nas suas contas.
Para além destes factos, o Instituto de Seguros de Portugal deu uma explicação, pela voz do presidente José Almaça, para a diferença do valor de venda e da avaliação feita em Fevereiro: a empresa nunca valeu 700 milhões de euros. E se tivesse sabido que era àquele valor que a Tranquilidade estava avaliada, o ISP teria avisado o Banco de Portugal que não correspondia à realidade, pelo que não poderia servir de garantia a toda aquela provisão.
Escom
Há outra questão que veio a lume na comissão parlamentar de inquérito ao BES. Neste caso, é a Escom. Luís Horta e Costa, um dos administradores desta empresa onde o GES tinha uma posição de 67%, criticou a avaliação feita pelo BESI, em 2010. Os números serão em torno de activos na ordem dos 900 milhões de euros e um passivo de perto de 300 milhões, segundo o próprio Horta e Costa. Valores que fizeram com que houvesse um acordo de venda da Escom à Sonangol na ordem dos 483 milhões de dólares – um valor confirmado pelo Banco de Portugal com base em informações que lhe foram transmitidas pelo BES.
“Achava difícil chegarmos àqueles valores. Uma avaliação difícil de sustentar. Era esticar a corda”, comentou Horta e Costa na audição da comissão de inquérito. “A avaliação do BESI para a Escom era um bocadinho salgada”. O gestor garantiu que a administração da empresa nunca foi chamada a pronunciar-se sobre a avaliação.
O BESI não respondeu ao contacto do Negócios para reagir a estas declarações. O nome de Ricciardi, que permaneceu à frente do BESI depois da venda à empresa de Hong Kong Haitong, é um dos nomes que os deputados têm dito que poderá vir a ser novamente chamado à comissão parlamentar de inquérito. Foi um dos mais activos opositores da postura de Ricardo Salgado enquanto presidente do BES nos últimos anos.
(Fim de citação)
Dívida do GES ao BES ficou protegida com garantia angolana
Sexta-feira, Janeiro 16th, 201520150116
O Grupo Espírito Santo usou a garantia de Angola para esconder buracos que tinha no Banco Espírito Santo. O BES era um dos grandes financiadores da Escom, que pertencia ao GES. A Escom foi dividida em duas: Escom BV e Escom Investments Group. A primeira era a que tinha activos bons; a segunda os problemáticos. A segunda acabou por ser transformada em Legacy – com um património praticamente falido – e foi vendida por três euros. Quem a comprou foi a Vaningo, sociedade de direito angolano da qual não se conhece o beneficiário. A Legacy manteve uma dívida que tinha para com o BES.
Os juros da dívida ao BES continuaram a ser pagos pela ESI, do GES, mesmo com a Legacy fora do grupo. Mas o crédito – agora na Vaningo – foi transferido do BES para o BESA. Passou a ter uma garantia do banco angolano e, posteriormente, o crédito passou a estar protegido pela garantia angolana.
A leitura que pode ser feita é a de que o Estado angolano, em último caso, estava a garantir a dívida de uma empresa do GES ao BES. A audição de Sikander Sattar, presidente da KPMG Portugal e da KPMG Angola (auditoras do BES e BESA, respectivamente), foi à porta fechada, pelo que o esclarecimento feito não é público. Os deputados têm levantado dúvidas sobre este negócio, que é falado pela auditoria feita pela KPMG às contas da ESI.
Da audição de Sattar nenhuma informação foi transmitida pelos deputados – a não ser Fernando Negrão, o presidente da comissão de inquérito, que afirmou que a mesma tinha sido útil. Sabe-se apenas que o presidente da KPMG não se quis comprometer directamente com nada.
O BESA tinha créditos de 5,7 mil milhões de dólares de cujos beneficiários se tinha perdido o rasto, conforme relatou o Expresso em Junho de 2014 – reflectindo a assembleia-geral do banco angolano de Outubro de 2013, em que Álvaro Sobrinho, presidente do BESA até 2012, ano em que entrou em ruptura com Ricardo Salgado, foi questionado pelos referidos créditos – sobre os quais se conhecem as empresas beneficiárias mas não quem está por trás delas.
Há uma matéria que continua polémica – a garantia estatal, que causou dúvidas ao Banco de Portugal, era o motivo para que o BES não tenha sido obrigado a constituir uma provisão para a linha de financiamento de 3,3 mil milhões de euros que tinha para com o BESA. A justificação tem sido a de que créditos garantidos não são provisionados. Contudo, desde 2012 que havia reservas nas contas do BESA a reflectir dúvidas sobre os financiamentos cedidos pelo BESA.
(Fim de citação)
Seguradora do Novo Banco perdeu 633 milhões em poupanças
Sexta-feira, Janeiro 16th, 201520150116

Citando
A GNB Vida, antiga BES Vida, perdeu 633 milhões de euros em poupanças de clientes e outros seguros do ramo vida no ano da queda do BES. De acordo com os dados do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), a produção da companhia agora integrada no Novo Banco caiu 31,7%, para 1.364 milhões.
Esta perda de negócio retirou a seguradora do segundo lugar do “ranking” das maiores companhias a operar no ramo vida, lugar que passou a ser ocupado pela BPI Vida. A empresa de seguros do grupo liderado por Fernando Ulrich quase triplicou a produção, que totalizou 2.202 milhões.
Na liderança deste mercado, bem como do conjunto da indústria seguradora, manteve-se a Fidelidade. No ano em que passou a ser controlada pelo grupo chinês Fosun, a companhia conseguiu mesmo aumentar a sua produção no ramo vida em 21,3%, para 3.086 milhões. Já no ramo não vida, a companhia que está em primeiro lugar perdeu quota de mercado, já que a produção diminuiu 2,1%, para 988 milhões.
Mas não foi só a seguradora do Novo Banco que perdeu negócio vida. Também a Ocidental Vida registou uma quebra de 9% na produção, que se fixou em 1.352 milhões, o que levou a companhia que mantém a parceria entre o BCP e o grupo holandês Ageas da terceira para a quarta posição do “ranking” das maiores seguradoras vida.
(Fim de citação)
Abandono da ligação ao Euro: Franco suíço faz vítimas de Nova Iorque até à Nova Zelândia
Sexta-feira, Janeiro 16th, 201520150116

Guerra cambial entre Franco suíço e Euro da UE
Citando
As perdas elevadas registadas pelos investidores mundiais, após o “tsunami” provocado pelo Banco da Suíça está a colocar as corretoras mundiais em dificuldades. Uma instituição neozelandesa teve mesmo que fechar portas.
A Suíça chocou o mundo ao acabar com a relação da moeda suíça com o euro. A decisão já está a fazer vítimas. O anúncio levou o franco suíço a disparar face às maiores divisas mundiais e colocou corretoras desde os Estados Unidos até à Nova Zelândia em sérias dificuldades. Algumas foram mesmo obrigadas a suspender a sua actividade.
Ao contrário do que é habitual no mercado cambial, em que as oscilações não são demasiado elevadas, a sessão de quinta-feira colocou os investidores mundiais em alerta, após a decisão do banco central suíço para deixar cair o limite que estipulava um câmbio mínimo de 1,20 francos suíços por euro. Este anúncio totalmente inesperado provocou uma escalada histórica da moeda suíça que disparou um máximo de 29%.
Este movimento brusco provocou perdas elevadas a muitos investidores mundiais, uma situação que coloca em risco a sustentabilidade financeira das próprias corretoras. É o caso de uma corretora neozelandesa, que foi obrigada a fechar portas após as variações acentuadas da última sessão.
A Global Brokers, da Nova Zelândia, informou que as perdas criadas pelo disparo do franco suíço forçaram a instituição a encerrar a sua actividade. Ao contrário de outros investimentos, a aposta no mercado cambial é altamente alavancada, um movimento que pretende maximizar ganhos. Mas, caso a evolução seja desfavorável, o potencial de perdas também é muito elevado.
Mas, os problemas, ainda que sem consequências tão dramáticas, estendem-se a outras corretoras mundiais. É o caso da FXCM, que adiantou que os seus clientes ficaram a dever um total de 225 milhões de dólares nas suas contas depois de ter sido anunciada a medida do banco central suíço. Já a IG Group Holdings estima um impacto negativo de 30 milhões de libras e a Swissquote Group Holdings de 25 milhões de francos.
A moeda suíça subiu mais de 15% contra todas as divisas mundiais seguidas pela Bloomberg, um movimento que apanhou os investidores desprevenidos. “Os clientes registaram perdas significativas”, adiantou a FXCM num comunicado divulgado ontem.
Acções suíças prolongam queda, franco corrige
Depois de afundar mais de 10% na última sessão, na maior queda desde 1988, a bolsa da Suíça está a negociar novamente em queda. O índice SMI cai 4,4%, arrastado pelo mau comportamento das empresas exportadoras.
Cotadas como a Swatch, Watchmakers ou a Financiere Richemont, que geram a maior parte das suas receitas fora do país, estão a ser castigadas, perante a expectativa que se tornem menos competitivas e percam negócio com a valorização do franco.
A decisão do banco suíço está a provocar uma onda de críticas por parte destas empresas. Nick Hayek, o CEO da relojeira Swatch, afirmou que os efeitos desta decisão sobre a economia helvética serão tão devastadores como um “tsunami”.
“Não tenho palavras. Jordan (Jordão) não é apenas o nome do presidente do banco central mas também de um rio e a decisão de hoje é um tsunami para a indústria exportadora e para o turismo e, no fim da linha, para todo o país”, afirmou em comunicado, citado pelo The Guardian.
A moeda suíça está a corrigir após a escalada de quinta-feira. O franco suíço cai 4,4%, para 1,0184 por euro, depois de ter disparado para um máximo de 85,172 na sessão anterior.
(Fim de citação)