Arquivo para a categoria ‘BPN’
Segunda-feira, Fevereiro 5th, 2018
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Dinheiro Vivo
Contribuintes sustentam 12 veículos financeiros com ativos maus e problemáticos de três bancos privados falidos: BPN, BES e Banif.
Em 2017, o governo injetou mais 424 milhões de euros nos veículos que detém os ativos problemáticos e o lixo do antigo Banco Português de Negócios (BPN). A boa notícia é que o valor é menos 24% face ao previsto no Orçamento do ano passado (561,2 milhões). A má é que elevará a fatura total da nacionalização passada aos contribuintes para quatro mil milhões de euros ou mais.
Face a 2016, também há um decréscimo significativo de 18%. Mas para 2018, o Estado orçamentou um valor muito superior em ajudas de capital: mais 641 milhões de euros. Todos estes números são oficiais, do Ministério das Finanças. Os três veículos que gerem o que resta do antigo banco privado de José Oliveira Costa tiveram de receber dinheiro do Estado para continuarem à tona e conseguirem pagar ao seu maior credor, a CGD, por exemplo. Aqueles 424 milhões de euros dizem respeito a “despesa com ativos financeiros”, “essencialmente empréstimos a médio e longo prazo”.
As necessidades de capital destas sociedades só são reconhecidas no final do ano, com a execução orçamental até dezembro. “As sociedades par” A grande fatia (321,4 milhões de euros) foi entregue à Parvalorem, o fundo que tem a problemática carteira de créditos do BPN, onde estão as dívidas incobráveis ou malparadas de várias figuras públicas, como Duarte Lima, Luís Filipe Vieira, etc. A Parups, que tem imóveis, obras de arte, moedas de coleção e instrumentos financeiros vários, recebeu 85,1 milhões de euros.
Finalmente, a Parparticipadas (a sociedade que gere as participações do antigo BPN noutras empresas e fundos fora do banco, que detém, por exemplo, o Banco Efisa) recebeu 17,5 milhões de euros. Aliás, este Efisa continua à venda. Em janeiro último, abriram um concurso público para tentar, de novo, encontrar interessados. Aceitam-se propostas até 12 de fevereiro. As “sociedades par” com os restos do BPN também geram receita, é claro, mas o saldo final é sempre altamente lesivo, ano após ano, para os contribuintes. Estamos a falar de valores que agravam o défice na ordem dos 400 ou 500 milhões de euros ao ano. Esse apuramento é feito pelo Tribunal de Contas e mostra que, até ao final de 2016, a fatura com o BPN já ia em 3,7 mil milhões de euros. Assumindo mais 400 milhões de prejuízo líquido em 2017, chega-se a 4,1 mil milhões de euros.
Mais nove veículos sob o chapéu das Finanças Mas os problemas dos contribuintes não se ficam por aqui. Além dos três veículos BPN, o Estado tem a seu cargo outros nove herdados de resgates/resoluções recentes. Quatro têm os ativos problemáticos do Banif (Banif Imobiliária, Banif SA, Oitante), Wil – Projetos Turísticos). O Orçamento de 2017 previa gastar 196 milhões de euros (o grosso na Oitante). E cinco gerem os pequenos restos do BES (ES Tech Ventures, GNB Concessões, Praça do Marquês, Quinta dos Cónegos Imobiliária e Righthour).
O OE2017 previa injetar 1,2 milhões de euros nestes fundos. Problema. A execução orçamental destes fundos relativos a Banif e BES é uma grande incógnita. De acordo com as Finanças, sabe-se apenas de uns gastos no valor de 66,6 milhões de euros por parte da Oitante e que as vendas de imóveis renderam 67,9 milhões. Sabe-se que o Banif Imobiliária deu um excedente de 24 milhões, mas sobre o Banif SA e a Wil não há qualquer informação. O caso do universo BES é igualmente opaco. As sociedades incluídas no OE2017 não reportaram qualquer informação à tutela entre março e dezembro. Ou seja, a última informação “efetivamente reportada pelas entidades” aconteceu em fevereiro, faz agora um ano.

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Sexta-feira, Janeiro 20th, 2017
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Expresso
O presidente do BPI, Fernando Ulrich, defende que “o Estado protegeu os contribuintes”, para concluir que quem mais perdeu “foram os bancos e os seus acionistas: €35 mil milhões em capital”.
Fernando Ulrich, tirou esta quarta-feira duas conclusões sobre o estado da banca em Portugal nos últimos 16 anos (2001 a 17 de janeiro de 2017): “Houve uma destruição verdadeiramente brutal de capital na banca”, e ao contrário do que se diz, “o esforço suportado pelo Estado e pelos contribuintes foi muito baixo quando comparado com o dos acionistas. O Estado protegeu bem o interesse dos contribuintes”.
E socorre-se das contas feitas pelo banco a que preside: entre 2001 e 2017 a destruição de capital na banca “é brutal”.
Exemplifica, apontando a história de cinco bancos do sistema – CGD, BCP, BES/Novo Banco, Banif e BPN. Estes bancos, diz, “destruíram €35 mil milhões em capital injetado pelos seus acionistas” em 16 anos. Ou seja, “o equivalente a 19% do do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016.”
Isto para concluir que, afinal, o Estado “protegeu bem os contribuintes” e, ao contrário do que se diz, perdeu nestes bancos muito menos do que os acionistas perderam durante o mesmo período. “Até agora o esforço efetivamente suportado pelo Estado e pelos contribuintes foi muito baixo quando comparado com o dos acionistas e o que foi suportado pelos outros países”, afirma Ulrich.
Segundo as contas feitas pelo BPI, as perdas com estes bancos pode variar entre os €4,4 mil milhões e os €6,4 mil milhões, ou seja, o equivalente a 2,4% a 3,5% do PIB, respetivamente. Isto porque, com base nas contas feitas pelo BPI, as perdas com o BPN atingiram €5441 milhões, as perdas do Banif ascenderam a €2591 milhões e o valor dos resultados retidos pela CGD no período em análise chegou aos €2369 milhões. Todas estas parcelas somam €10.401 milhões.
Considerando, como faz o BPI, que as perdas de resultados na Caixa são recuperáveis, a soma do BPN e Banif até agora atinge €8032 milhões.
Nos ganhos do Estado estão contabililizados €3969 milhões, correspondentes a €820 milhões do pagamento de juros das obrigações convertíveis em capital, os CoCos, €23 milhões de juros do empréstimo ao Fundo de Resolução, €643 milhões com as comissões conbradas por garantias estatais em 2008 e €2483 milhões de dividendos atribuídos pela Caixa.
Se aos €10.401 milhões se subtrair os €3969 milhões de ganhos do Estado, as perdas ascendem a €6,4 mil milhões. Mas se tivermos em conta os €8032 milhões, então as perdas do Estado serão inferiores, de €4,4 mil milhões. Um número manifestamente pequeno face aos €35 mil milhões destruídos em capital pela banca e suportados pelos seus acionistas.
É a partir deste universo que Fernando Ulrich contesta a ideia de que “os custos dos bancos têm sido suportados pelos contribuintes. É mentira”.
Assim como faz questão de dizer que “o Estado hoje tem mais espaço de manobra para fazer mais coisas”, do que “tinha há alguns anos”. E justifica dizendo que o Estado deixou de ter risco face aos bancos a quem emprestou dinheiro em 2012, os chamdos CoCos, porque “estão pagos e o Estado ganhou dinheiro com os bancos por via destes empréstimos”.
No final das contas do BPI, Ulrich conclui que o BPI deu a ganhar €167 milhões de juros dos Cocos pagos aos Estado.
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Sexta-feira, Dezembro 18th, 2015
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Sábado Opinião Rui Hortelão
O Banif caiu em desgraça. Depois do BPN, do BPP e do BES – sem falar das suspeitas que ensombraram o Montepio Geral –, também o banco liderado por Jorge Tomé se afunda. As semelhanças com situações anteriores envergonham qualquer um que tenha a mínima consciência de que só razões para lá da normalidade podem explicar que os bancos em Portugal tombem como peças de dominó. Culpados há muitos. Cúmplices também. Mas todos juntos são, ainda assim, uma insignificante minoria quando comparados com o número de vítimas dos erros sucessivos de gestão, da megalomania de alguns, suportada na conveniência política ou empresarial de outros. O problema é que as acções destes poucos reflectem-se na vida de muitos, os cidadãos portugueses, que nos últimos anos têm sido chamados a pagar – literalmente – as facturas dos negócios feitos pela nossa elite de banqueiros. Há excepções, claro, mas a sucessão de falências, capitalizações e restruturações demonstram bem qual é a regra que tem imperado no nosso sector financeiro.
Só desde que Portugal teve de se entregar às ordens da troika, o Estado já recapitalizou cinco bancos. Através da linha de recapitalização do programa de assistência financeira, injectou 5.600 milhões de euros na banca privada – BCP, BPI e Banif –, 1.650 milhões na Caixa Geral de Depósitos. A estes montantes somam-se os 4.900 milhões que o Fundo de Resolução colocou no Novo Banco. No total, a banca nacional precisou de 12.150 milhões de euros, directos, para prosseguir com a sua actividade.
Com o Banif o fado repetiu-se. Mais uma vez, o problema vinha de longe. Mais uma vez, o Estado interveio – em 2012, foram injectados 1.100 milhões de euros. Mais uma vez o líder do banco em risco garante que a instituição é sólida e até tem uma “liquidez confortável”. Mais uma vez, o Banco de Portugal assegura que os depositantes nada têm a temer. Mais uma vez, os mais altos responsáveis foram alertados meses antes para os perigos eminentes. Mais uma vez, as medidas aplicadas revelaram-se meros analgésicos e os males continuaram a alastrar até se tornar inevitável recorrer a soluções ainda mais penosas para os contribuintes. Porque seja qualquer for a solução encontrada para o Banif, serão os portugueses a suportar o seu custo. Mais uma vez.
Casos menores, mas relevantes
José Pacheco Pereira, cronista da SÁBADO, foi nomeado pelo Governo para a Administração de Serralves. Pode-se discordar das suas posições políticas e defender até que estas justificam a sua expulsão do PSD. O que não faz sentido é reduzir a mera recompensa política a nomeação para um cargo não remunerado e para o qual Pacheco Pereira tem competências comprovadas. Não custa acreditar, porém, que este convite seria endereçado a outro se Pacheco Pereira tivesse estado ao lado de Passos Coelho. De qualquer forma, o convidado só tem alguma responsabilidade se tiver negociado o cargo à partida. E, neste caso, é evidente que Pacheco Pereira não o fez.
Em contraciclo com tudo o que de negativo há a apontar à nossa política, assinala-se um caso positivo. Fernando Medina herdou a Câmara Municipal de Lisboa de António Costa e, na prática, só se fez político completo nesse momento, porque antes preferira sempre a discrição, as funções executivas às de palco. Esta semana, numa reunião descentralizada de duas freguesias de Lisboa, quando confrontado pelos moradores do Arco do Cego com os efeitos das obras camarárias em curso naquela zona, Fernando Medina falou como é raro ouvir-se falar um autarca: “Está bom de ver que a água vai entrar em casa de alguém.” E, a seguir, deu ordens aos técnicos para encontrarem soluções eficazes para “100% dos casos”. Esperemos que cumpra e, já agora, que mantenha o discurso sincero e assertivo. Portugal precisa de quem trabalhe assim.
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Domingo, Setembro 20th, 2015
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Negócios Opinião João Quadros
Comunicado do Banco de Portugal: “No seguimento do convite do Fundo de Resolução, publicado a 4 de dezembro de 2014, 17 entidades manifestaram interesse no procedimento de alienação do Novo Banco dentro do prazo fixado (até às 17h00 de 31 de dezembro de 2014)”.
Eram 17 interessados e, no fim, não houve casamento. O melhor é o Novo Banco ir para um convento. Parece-me a ideia mais sensata, não vale a pena insistir e vai-lhe saber bem o silêncio depois das manifestações dos lesados do BES. Em princípio. Porque a verdade é que o Novo Banco esteve, recentemente, quase um ano numas termas, a limpar todo o bicho que tinha e, no final, saiu de lá com mais 200 milhões de prejuízo em seis meses.
Não sei se o Novo Banco não está a ganhar características de casa assombrada. Alguém disse aos chineses que ainda se ouve o espírito santo, à noite (quando o tempo está mais húmido e escorregadio), a rondar os balcões dos depósitos, e eles fugiram. Também podem ter fugido porque fizeram contas, pois é sabido que os chineses são muito supersticiosos com dinheiro. Os chineses da Fosun não tinham coragem de voltar à China e ser gozados pelos da Three Gorges.
TG – Então, também foste às compras em Portugal?
FS – Sim, comprei o Novo Banco por 3,5 mil milhões de euros.
TG – AHAHHAHAHA, devias ter ido aos saldos, eu saquei a EDP por 2,7 mil milhões.
FS – … mas tens de dar de comer ao Catroga.
TG – Diz que hoje vai chover
– Nota: se eu trocasse os R por L, na fala dos chineses, isto ficaria giríssimo.
Na verdade, parece-me que o maior problema foi o vendedor. Carlos Costa começou por aldrabar os chineses da Angbang – e os jornalistas deste jornal e de outros – fazendo crer que os americanos estavam em segundo e não os outros chineses da Fosun, o que deve ter dado uma enorme credibilidade ao negócio que, já de si, era manhoso. Com um vendedor como este, não admira que os clientes se tenham pirado: Carlos Costa é o indivíduo que vende louro prensado no Chiado.
Fazendo um ponto de situação, na ponta final da gestão deste Governo, perdemos a TAP, mas ficámos com mais um banco. Eu preferia variar, estou um bocado farto de ter bancos. A vantagem de ter bancos é que, como todos sabemos, é muito raro terem custos para o contribuinte e, ao contrário dos aviões, nunca caem.
Estava a ficar um bocado nervoso – já com ideias paranóicas, que nós ainda íamos pagar isto, etc. –, mas fiquei mais calmo quando vi a ministra das Finanças. Maria Luís veio à televisão dizer que não há custos para o contribuinte mas importa salvaguardar o sistema financeiro. Por acaso, ficava mais descansado se tivesse dito ao contrário.
Para afastar de vez os meus fantasmas sobre o futuro, ligo a televisão e vejo, na TVI, o João Rendeiro, que nos vem tranquilizar quanto à gestão do Novo Banco. Pareceres bancários de Rendeiro são a excelência de informação. Falta o Bibi para vir dizer para que lado as crianças devem dormir e o Palito para vir falar sobre felicidade no casamento. Estou convencido de que se Salazar não tivesse morrido, tinha um programa sobre a União Europeia.
Conclusão, bem sei que o BES (ainda) não é o BPN, mas será que o Mira Amaral não quer mais um banco por 40M?
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Domingo, Setembro 20th, 2015
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Jornal de Notícias Opinião Teixeira dos Santos
O Novo Banco não foi vendido dentro do prazo pretendido pelo Governo. É um embaraço político para Passos Coelho e a sua ministra das Finanças. Mas não será necessariamente mau para o sistema financeiro. Vender o banco em condições que podem não garantir a sua solidez financeira seria um fator de risco que poderia, no futuro, voltar a abalar a confiança no sistema bancário.
Este desfecho não me surpreende. Recordo bem o processo do BPN e as dificuldades então sentidas na sua alienação. Era um tempo diferente, é certo. Na altura a apetência para a aquisição de um banco era menor que atualmente. A atividade bancária atravessava um período difícil marcado pelos efeitos da grande recessão de 2009 e pela crise da dívida soberana. Não era o tempo de recuperação económica e de acalmia nos mercados que hoje se vive. Mas, um e outro caso revela-nos que são acima de tudo as incertezas e riscos que recaem sobre uma instituição maculada por uma gestão danosa que acabam por determinar a vontade dos potenciais adquirentes.
Em 2008, a nacionalização do BPN era o único meio legal de intervenção do Estado. Em 2014, o BES foi intervencionado através de um mecanismo novo criado no âmbito da União Bancária. Mas, em ambos os casos, a intervenção do Estado ocorreu por recomendação do Banco de Portugal e, em ambos, a gestão dos bancos foi entregue a uma instituição pública: à Caixa no caso do BPN e ao Banco de Portugal no caso do BES.
Outra semelhança clara é que, num e noutro caso, serão os portugueses a suportar os custos. O primeiro-ministro e a sua ministra das Finanças insistem que no caso do BES, contrariamente ao do BPN, o Governo evitou “impor soluções ineficientes, caras e injustas a todo o país”, isto é, com custos para os contribuintes. Pura mistificação! Um dos primeiros ensinamentos em Economia é que não há almoços grátis. E o caso do BES não é exceção. Se a nacionalização impõe um custo ao Estado, e portanto aos contribuintes, o custo do fundo de resolução recai sobre os bancos que o vão repercutir nos seus clientes. Contribuintes ou clientes de bancos vai dar ao mesmo. Somos todos nós.
Quando o BPN foi nacionalizado, longe de imaginar, como a maioria dos analistas, que a crise que então afetava o Mundo se iria prolongar e agravar, considerei que o banco poderia ser recuperado e que não haveria custos a impor aos portugueses. Poucos meses depois tive de reconhecer que estava errado. Não me surpreende que o primeiro-ministro e a sua ministra das Finanças achem que não têm erros seus com os quais possam aprender, mas já me custa compreender que ao menos não tenham aprendido com os erros dos outros.
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Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116

Jornal de Negócios
O Tribunal de Santarém confirmou ou agravou as penas aplicadas pelo Banco de Portugal aos principais arguidos do processo BPN/Contas investimento. O BIC Português beneficiou da suspensão do pagamento da coima. Um dos braços-direitos e o filho de Oliveira Costa viram as suas multas agravadas. Alguns arguidos foram absolvidos.
Os principais arguidos condenados pelo Banco de Portugal no processo de contra-ordenação que ficou conhecido como BPN/Contas Investimento viram as suas penas confirmadas ou agravadas esta sexta-feira, 16 de Janeiro, pelo Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão de Santarém, apurou o Negócios.
O juiz confirmou as coimas aplicadas ao BIC Português, antigo BPN (400 mil euros); ao BPN SGPS (150 mil euros); à SLN, ex-accionista do banco (400 mil euros) e ao antigo administrador Luís Caprichoso (200 mil euros). No entanto, no caso do banco de capitais angolanos que adquiriu o BPN em 2011, o Tribunal optou por suspender o pagamento da multa.
Já relativamente às penas aplicadas a Francisco Sanches, um dos antigos braços-direitos de José de Oliveira Costa, e ao filho do antigo presidente do BPN, José Augusto de Oliveira Costa, o Tribunal de Santarém optou por um agravamento dos valores em causa. Assim, Sanches foi condenado a pagar 200 mil euros, quando o Banco de Portugal lhe tinha aplicado uma coima de 180 mil euros. Já o filho de Oliveira Costa teve um agravamento da multa de 85 para 100 mil euros.
Três dos antigos responsáveis do BPN que tinham sido condenados pelo supervisor – Teófilo Carreira (45 mil euros), António Coelho Marinho (40 mil euros) e Armando Pinto (35 mil euros) – foram ilibados pelo Tribunal de Santarém.
Além destes arguidos, o Banco de Portugal tinha condenado ainda Oliveira Costa, Abdool Vakil e António Alves Franco ao pagamento de coimas de 300, 25 e 100 mil euros, respectivamente. Estes arguidos não recorreram da sanção do supervisor.
Tags:BIC Português, BPN, Tribunal agrava coimas e multas
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Sábado, Janeiro 10th, 2015
20150110
O aumento de capital do Santander foi subscrito maioritariamente por investidores norte-americanos e britânicos, noticia a EFE citada pelo Jornal de Negócios.
O conselho de administração do Santander, que detém em Portugal o Santander Totta, aprovou na quinta-feira um aumento de capital de até 7.500 milhões de euros, operação que melhorará os rácios de capital do banco entre 8 e 10%.
Ana Patricia Botín
Citando
A operação realizou-se entre investidores institucionais por um montante nominal de 606.796.117 euros e a emissão de 1.213.592.234 ações ordinárias do Banco Santander.
Estes títulos representam 9,64% do capital social do banco antes do aumento de capital.
As entidades encarregadas da colocação dos títulos (que começam a ser transaccionadas a 13 de Janeiro) foram a Goldman Sachs e o UBS.
O Santander referiu na quinta-feira que, depois da operação de aumento de capital, vai “reformular a sua política de dividendos, voltando a pagar em efectivo a maior parte do mesmo”, e recordou que, durante os anos da crise, o programa Santander Dividendo Elección permitiu que o banco se conseguisse recapitalizar, podendo os accionistas optar por receber os dividendos ou convertê-los em acções.
“A intenção do Conselho de Administração é que a retribuição em relação aos resultados de 2015 seja de 0,20 euros por acção”, lê-se na nota do Santander, acrescentando-se que, “nos próximos exercícios, a evolução do dividendo será de acordo com o crescimento dos resultados, com o objectivo de que a remuneração efectiva represente entre 30% e 40% do resultado recorrente, em vez dos actuais 20%”.
O banco espanhol formalizou a 23 de Dezembro a manifestação de interesse na aquisição do Novo Banco, o banco de transição que herdou os activos e passivos considerados não tóxicos do Banco Espírito Santo (BES), que foi alvo de uma resolução pelo Banco de Portugal.
(Fim de citação)
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Quinta-feira, Janeiro 8th, 2015
20150109
Há um “conjunto de pessoas que estavam a realizar transferências em off-shores” do GES que os comunistas consideram essencial ouvir, revela hoje a edição eletrónica do Jornal de Negócios.
Citando
Já há mais de 20 audições no inquérito parlamentar ao BES e ao GES mas ainda continua a aumentar o número de personalidades a serem ouvidas. Depois de PSD e CDS solicitarem a presença de nomes ligados à Eurofin, o PCP veio agora convocar pessoas ligadas a “off-shores” do universo Espírito Santo.
“[O PCP quer chamar] um conjunto de pessoas que estavam autorizadas a realizar transferências em off-shores, nomeadamente Jean-Luc Schneider”, indicou o deputado comunista Miguel Tiago, durante uma pausa na audição feita ao contabilista da Espírito Santo International, nesta quinta-feira, 8 de Janeiro.
Schneider entrou para o Espírito Santo Financial Group em 1990 e, segundo o PCP, estava próximo de movimentos relacionados com “off-shores” do GES, onde era transferido dinheiro entre o grupo. Há dúvidas sobre o funcionamento destes veículos que tiveram impacto no financiamento envolvendo todo o grupo. Aliás, José Castella e Francisco Machado da Cruz, que eram administradores de várias sociedades do género, já disseram não saber como as mesmas funcionavam.
Há mais uma audição pedida pelos comunistas: a de Inês Viegas, que pertence à KPMG, entidade que, em Portugal, auditou o BES e, em Angola, o BES Angola.
À KPMG, Miguel Tiago também irá solicitar as fontes da Espírito Santo International que forneceram dados sobre as contas daquela empresa de topo, onde foram detectadas irregularidades nas contas e que acabaram por levar à derrocada do grupo.
A ES Services também terá feito reportes trimestrais sobre a ESI – e é por isso que o PCP quer pedir às autoridades suíças estes documentos.
E Ricardo Salgado, será chamado novamente? O PCP diz que, da sua parte, “já tinham adquirido essa audição como necessária”. Mas primeiro é necessário ouvir mais pessoas para confrontar as várias opiniões.
(Fim de citação)
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Quarta-feira, Janeiro 7th, 2015
20150107
O director de recursos humanos do Novo Banco vai passar para o Banco de Portugal. Pedro Raposo, que estava há 14 anos no BES, assumirá funções na entidade de supervisão a 1 de Março próximo. O Novo Banco já tem substituto para o lugar.
Pedro Raposo, que nos últimos 14 anos foi director de recursos humanos do BES e, desde Agosto, assumiu idênticas funções no Novo Banco, vai passar para o Banco de Portugal, segundo noticiou a TVI.
TVI24
O banco liderado por Eduardo Stock da Cunha já escolheu um responsável para ocupar o lugar deixado vago. Em causa está “uma solução interna”, confirmou fonte oficial do Novo Banco ao Negócios.
O economista, que é também professor na Universidade Católica, vai ocupar o lugar de director de recursos humanos do Banco de Portugal a partir de 1 de Março próximo, apurou o Negócios. A transferência vai ocorrer mais de dois meses depois do momento da contratação, uma vez que o calendário da mudança foi negociada de forma a minimizar o impacto na equipa de colaboradores do Novo Banco, instituição que ficou com os activos saudáveis e com o quadro de pessoal do Banco Espírito Santo.
Segundo informação disponibilizada pelo Banco de Portugal à TVI, Pedro Raposo foi seleccionado através de um processo de recrutamento liderado por uma empresa de “executive search”, “que envolveu a avaliação de um número alargado de candidatos, que preenchiam os requisitos de perfil profissional e académico previamente definidos pelo banco”. A escolha do próximo director de recursos humanos do supervisor liderado por Carlos Costa acabou por ser feita por um júri composto por elementos internos e externos ao Banco de Portugal.
Antes de trabalhar no BES, para onde entrou em Novembro de 2000, Pedro Raposo foi director de recursos humanos da Jerónimo Martins, onde esteve 12 anos.
(Fim de citação)
Tags:Contratado para idêntica função no BdP, Ex, Ex-diretor de Pessoal
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Segunda-feira, Janeiro 5th, 2015
20150105
Filho de Ricardo Salgado, actualmente diretor do sector Empresas do Novo Banco, que por imposição do BdP, gere o contestado património material, imaterial, bens serviços e pessoas “confiscados” aos depositantes, acionistas, trabalhadores e escrita mercantil do “velho” BES
Ricardo Bastos Salgado, filho do banqueiro que liderou o Banco Espírito Santo nos últimos 22 anos, demitiu-se dos quadros do Novo Banco, sabe o Negócios. O economista de 42 anos trabalhou no banco fundado pela família desde 1998, transitando para a instituição que herdou os activos saudáveis do BES, onde continuou responsável pela área de empresas.
Ricardo Bastos Salgado, filho de Ricardo Salgado, o banqueiro que liderou o Banco Espírito Santo durante os últimos 22 anos, demitiu-se do Novo Banco, instituição que ficou com os activos saudáveis e com o quadro de pessoal do BES, confirmou o Negócios junto de fontes financeiras.
O economista de 42 anos integrou o BES em 1998, depois de ter passado pela Merrill Lynch, em Londres, onde foi analista durante cerca de um ano. No banco fundado pela família, Ricardo Bastos Salgado começou por trabalhar na área de “trading”, tendo depois passado para a área de empresas, onde chegou a director e pela qual continuava a ser um dos responsáveis
O economista Ricardo Bastos Salgado, de 42 anos, entrou no BES em 1998. Ricardo Bastos Salgado demitiu-se dos quadros do Novo Banco, noticia o “Jornal de Negócios”. Era responsável pela área de empresas.
Filho do ex-presidente executivo do BES Ricardo Salgado, trabalhava desde 1998 no banco fundado pela família e que, em agosto do ano passado, o banco de Portugal dividiu avançar com a medida de resolução, dividindo-o em banco mau (onde ficaram os ativos e passivos tóxicos do BES) e banco bom, que deu origem à nomeação do Novo Banco.
Antes de integrar o BES, o economista de 42 anos desempenhou funções de analista na Merrill Lynch, em Londres.
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