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Quinta-feira, Agosto 4th, 2016
Citamos
Diário de Notícias
PIB. Investigadores do ISEG demonstram que PIB terá tido uma quebra de 0,5% a 0,7%. Estudo foi encomendado por Ricardo Salgado
Sem a resolução ao BES – aplicada há precisamente dois anos -, a economia portuguesa teria crescido pelo menos 2% no último ano, acima dos 1,5% de crescimento do PIB que foi registado e até da média da zona euro e da União Europeia. A conclusão é de um estudo de três investigadores do ISEG – encomendado pelo ex-presidente do BES, Ricardo Salgado – ao qual o DN teve acesso e que incide sobre “o impacto económico da resolução do BES”.
O estudo indica que a resolução que o Banco de Portugal (BdP) aplicou ao BES teve um efeito no PIB no segundo semestre de 2014 e em todo o ano de 2015 de uma redução de entre 0,5% e 0,7%. A esta redução do PIB ainda se terá juntado uma quebra do consumo entre os 0,4% e os 0,6%.
O investigador principal do estudo é o economista Avelino Jesus, que explicou ao DN que “de acordo com as projeções do estudo” o país teria crescido pelo menos 2% em 2015 se o BES tivesse continuado a sua atividade sem a resolução. Ou seja: acima da zona euro (1,6%) e da União Europeia (1,9%).
Em termos quantitativos é mais difícil fazer as contas, já que, explica Avelino Jesus, um economista não é um físico. Para o investigador, os economistas “às vezes são muito orgulhosos e querem fazer economia como os cientistas da física e da biologia fazem. Isso é um orgulho disparatado. Nós não temos o rigor e não podemos ambicionar ter esse rigor”.
Daí que não haja uma percentagem exata, mas uma margem: quebra do crescimento entre 0,5% e 0,7%. Isso significaria, na margem mínima, uma quebra do PIB de, pelo menos, 897 milhões, mas que pode ter chegado até aos 1255 milhões de euros só em 2015. Se juntarmos a 2015 o segundo semestre de 2014 – já afetado pela resolução e com uma perda máxima a rondar os 607 milhões de euros -, o impacto no PIB foi de 1,862 mil milhões de euros em ano e meio.
O estudo foi feito em duas fases: numa primeira foi preciso avaliar o que seria o BES sem a intervenção estatal e, numa segunda, foi avaliado o efeito da resolução sobre as variáveis macroeconómicas.
Nesta segunda parte do estudo, o método utilizado, explica Avelino Jesus, foi uma “inovadora metodologia estatística”, que consiste numa “análise de controlo sintético” que “permite construir uma réplica do banco baseada numa combinação ponderada dos bancos não intervencionados com características semelhantes”.
Neste caso, os bancos escolhidos para se chegar ao “banco sintético” por aproximação foram os sete maiores bancos: BCP, BPI, Crédito Agrícola, CGD, Montepio, Santander e o próprio BES. Ora, depois foi, explica Avelino Jesus, “comparado o comportamento deste banco sintético com o banco real [o BES que hoje existe, sobre a forma de Novo Banco], medindo assim os efeitos da intervenção”.
Método “sério” e “rigoroso”
Uma outra investigadora do ISEG – que, tal como Zorro Mendes, também participa no estudo -, Isabel Proença, explica que este método é “sério”, “rigoroso” e foi inventado por “um professor de Harvard”. Pode ser até aplicado em diversas casos que possam levar a um impacto na macroeconomia. Isabel Proença explica que “a metodologia tem uma unidade, que pode ser um país, uma região, um banco e necessita de ter outras unidades que serão próximas daquelas e, depois, o que a metodologia faz é construir uma combinação das outras unidades que esteja o mais próximo possível da unidade inscrita”.
Em causa estiveram a análise de 44 variáveis que incluem, por exemplo, o produto bancário, o ativo, os resultados, o número de balcões, o crédito às empresas, os salários pagos, as taxas de juro pagas pelo banco aos clientes ou os impostos.
O rigor científico do estudo já foi atestado e Avelino Jesus garante que, apesar de encomendado por Ricardo Salgado, o estudo goza de toda a liberdade científica.
O investigador do ISEG lembra que o método utilizado neste estudo, “apesar de recente, tem vindo a ser usado já com sucesso em diversas situações da análise económica, da gestão ou da ciência política, em casos tão diversificados como, por exemplo, os impactos da intervenção do governo dos EUA na Chrysler, o efeito da adesão à União Europeia sobre diversos países, o impacto do terrorismo no País Basco, ou, muito recentemente, o efeito da saída do Reino Unido na União Europeia”.
Neste caso, a base de dados que permitiu depois aos investigadores trabalhar foi cedida pela Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco (SAER), uma empresa de consultoria.
No fundo, este estudo é a continuação de um já conhecido e também encomendado por Ricardo Salgado. Esse primeiro momento acabou por dar origem a um livro, este também dará. “Em setembro deverá estar finalizado”, garante o investigador ao DN.
No primeira fase, o estudo tinha sido coordenado também por Avelino Jesus e pelo presidente da SAER, José Poças Esteves, resultando no livro Caso BES – A Realidade dos Números.
As conclusões mostraram na altura que o supervisor bancário (o Banco de Portugal) e o governo (de Passos Coelho) falharam na condução do processo de intervenção no Grupo Espírito Santo. No futuro vai ser avaliado o impacto de todo o grupo na economia portuguesa.
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Segunda-feira, Janeiro 19th, 2015
201501
Deal Resulted From Effort by Senior Goldman Officials to Win Business With Portuguese Company
Citando
The Wall Street Journal
When Goldman Sachs Group Inc. arranged an $835 million loan to Banco Espírito Santo SA last summer, it was the result of a concerted, monthslong effort by senior Goldman officials to win business with the large Portuguese company, according to people familiar with the matter.
Today, Goldman’s embrace of Espírito Santo has come back to haunt the Wall Street giant. Weeks after Goldman arranged the loan, Banco Espírito Santo collapsed amid allegations of fraud. Goldman now is in an unusual public fight with Portugal’s central bank, which bailed out Espírito Santo, over whether the loan should be fully repaid. Anticipated losses linked to the loan took a bite out of Goldman’salready weak fourth-quarter results, the firm’s executives said last week.
And the Goldman loan is under review by Portuguese regulators, which are trying to untangle the web of financial arrangements surrounding Banco Espírito Santo at the time of its implosion, a person familiar with the inquiry said.
The situation highlights a series of missteps by the Wall Street bank.
The loan was approved by at least three Goldman committees, which are composed of senior bank executives and are designed to rigorously assess transactions for their credit risk and their potential to harm the bank’s reputation, according to people familiar with the matter. And the Bank of Portugal moved the loan toward the back of the line for repayment because Goldman last summer briefly amassed more than 2% of Banco Espírito Santo shares.
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Goldman’s involvement in the Espírito Santo saga, which The Wall Street Journal first reported in September, got under way last spring—just as the wheels were starting to come off the family-controlled business empire.
Banco Espírito Santo was looking for help in paying for a loan it had promised to Venezuela’s state oil company.
Jose Luis Arnaut, a former Portuguese government minister who Goldman had just appointed to its prestigious international-advisory board, contacted Banco Espírito Santo Chief Executive Ricardo Salgado, according to a person familiar with the approach. Mr. Arnaut offered Goldman’s help in raising money, this person said.
A Goldman partner in London, Antonio Esteves, helped pull together a team in Goldman’s securities and financing divisions to create a complicated structure to arrange the loan, say people familiar with the deal. Mr. Esteves, a Portuguese native, was known inside Goldman as the salesman with the strongest connections to Iberian banks and state-owned companies, they said.
Officials at Goldman Sachs hoped the Espírito Santo deal would pave the way for future business with the Portuguese group, people familiar with the relationship said.ASSOCIATED PRESS
Goldman and Espírito Santo eventually settled on the creation of a company, Oak Finance Luxembourg SA, to raise $835 million for Espírito Santo from Goldman and outside investors. Goldman Sachs International co-heads in London, Michael Sherwoodand Richard Gnodde, were briefed on the large transaction, according to a person familiar with it.
Oak Finance’s purpose—providing vital funding for a project aimed at increasing Venezuela’s refined-oil output—also checked off a box for Goldman as it tried to expand its relationship with the Venezuelan government, people familiar with the matter said.
Before the money was raised, Espírito Santo’s problems started intensifying. Its parent company was struggling to repay billions of euros to its creditors, including the bank and its clients. Facing potential losses, the bank was having trouble raising money from traditional market sources.
But Goldman remained enthusiastic about both the deal and Espírito Santo’s prospects. In late June, barely a month before the bank’s collapse, Mr. Arnaut told a Portuguese radio station that “BES is a profoundly stable bank.” He added that Mr. Salgado, who had announced plans to resign, “was leaving a robust bank with capital and credibility.”
Messrs. Arnaut and Esteves didn’t respond to requests for comment.
Funds from the $835 million loan were released on July 3, providing the bank with vital financial help.
Goldman officials hoped the Oak Finance deal would pave the way for future business with Espírito Santo, people familiar with the relationship said. Following Mr. Salgado’s departure, Mr. Esteves and other Goldman’s bankers unsuccessfully sought work advising Espírito Santo on ways to stay afloat, these said.
Goldman, meanwhile, was buying Banco Espírito Santo shares. Regulatory filings show Goldman amassed 2.27% of the bank’s shares as of July 15. It looked like a vote of confidence in the Portuguese bank, whose shares rallied 20% on July 23, the day the holdings were disclosed.
When Banco Espírito Santo was bailed out and broken up in early August, Goldman wrote to the Bank of Portugal to confirm that the Oak Finance debts would be transferred to the surviving part of the bank, known as Novo Banco, where the loan stood a good chance of repayment. A Goldman spokeswoman said the central bank provided those assurances. A Bank of Portugal spokesman denied that.
Goldman said it had managed to sell some of its exposure to the Oak Finance loan to investors, including pension funds.
On Dec. 23, Novo Banco made a surprise announcement: The Bank of Portugal had informed it that Oak Finance would remain in the “bad bank” that the central bank is winding down, virtually guaranteeing the loan won’t be fully repaid. The reason: A Portuguese law passed in August said that anyone owning more than 2% of a bailed-out bank’s shares must go to the back of the line for any debt repayments. Goldman’s 2.27% shareholding in July triggered that provision retroactively, the Bank of Portugal concluded.
The decision stunned Goldman executives, who learned of it only when they read it in the Portuguese media on Christmas Eve, according to a person familiar with the matter. Goldman disputed the Bank of Portugal’s legal interpretation, noting that it was buying the shares for clients, not for the bank’s own account. In a statement, Goldman accused the Bank of Portugal of breaking its word and warned that the decision would hurt the pension funds that bought Oak Finance debt.
In any case, the decision meant Goldman was likely to absorb sizable losses and prompted the bank to lower the size of some employees’ bonuses.
Last week, discussing Goldman’s fourth-quarter results, Chief Financial Officer Harvey Schwartz said a loss from the Oak Finance securities made a small dent in its trading division’s results. He said Goldman remains in “active dialogue” with the Bank of Portugal.
—Justin Baer contributed to this article.
Write to Margot Patrick at margot.patrick@wsj.com and Patricia Kowsmann at patricia.kowsmann@wsj.com
(Fim de citação)
Tags:Ativos tóxicos, Banco de transição, Especulação, Goldman Sachs
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Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116

A Escom e a sua derivada Legacy são uma peça do jogo GES-BES. Um jogo que passou pelo BESA e que estava num tabuleiro protegido pela garantia angolana.
Citando
Jornal de Negócios
O Grupo Espírito Santo usou a garantia de Angola para esconder buracos que tinha no Banco Espírito Santo. O BES era um dos grandes financiadores da Escom, que pertencia ao GES. A Escom foi dividida em duas: Escom BV e Escom Investments Group. A primeira era a que tinha activos bons; a segunda os problemáticos. A segunda acabou por ser transformada em Legacy – com um património praticamente falido – e foi vendida por três euros. Quem a comprou foi a Vaningo, sociedade de direito angolano da qual não se conhece o beneficiário. A Legacy manteve uma dívida que tinha para com o BES.
Os juros da dívida ao BES continuaram a ser pagos pela ESI, do GES, mesmo com a Legacy fora do grupo. Mas o crédito – agora na Vaningo – foi transferido do BES para o BESA. Passou a ter uma garantia do banco angolano e, posteriormente, o crédito passou a estar protegido pela garantia angolana.
A leitura que pode ser feita é a de que o Estado angolano, em último caso, estava a garantir a dívida de uma empresa do GES ao BES. A audição de Sikander Sattar, presidente da KPMG Portugal e da KPMG Angola (auditoras do BES e BESA, respectivamente), foi à porta fechada, pelo que o esclarecimento feito não é público. Os deputados têm levantado dúvidas sobre este negócio, que é falado pela auditoria feita pela KPMG às contas da ESI.
Da audição de Sattar nenhuma informação foi transmitida pelos deputados – a não ser Fernando Negrão, o presidente da comissão de inquérito, que afirmou que a mesma tinha sido útil. Sabe-se apenas que o presidente da KPMG não se quis comprometer directamente com nada.
O BESA tinha créditos de 5,7 mil milhões de dólares de cujos beneficiários se tinha perdido o rasto, conforme relatou o Expresso em Junho de 2014 – reflectindo a assembleia-geral do banco angolano de Outubro de 2013, em que Álvaro Sobrinho, presidente do BESA até 2012, ano em que entrou em ruptura com Ricardo Salgado, foi questionado pelos referidos créditos – sobre os quais se conhecem as empresas beneficiárias mas não quem está por trás delas.
Há uma matéria que continua polémica – a garantia estatal, que causou dúvidas ao Banco de Portugal, era o motivo para que o BES não tenha sido obrigado a constituir uma provisão para a linha de financiamento de 3,3 mil milhões de euros que tinha para com o BESA. A justificação tem sido a de que créditos garantidos não são provisionados. Contudo, desde 2012 que havia reservas nas contas do BESA a reflectir dúvidas sobre os financiamentos cedidos pelo BESA.
(Fim de citação)
Tags:Akoya, Álvaro Sobrinho, Angolagate, Ativos tóxicos, Banco de Portugal, Banco de transição, BdP, BPP, Comissões, Contabilista, corrupção, Cosmética contabilística, Descapitalização, ES Control, Especulação, Helder Bataglia, Ionline, João Rendeiro, José Eduardo dos Santos, Luvas, Manipulação de contas, Marques da Cruz, Monte Branco, Morais Pires, Newsworld, Ocultação de contas, Offshores, Paraísos Fiscais, Polémica, Portugal, Processo Judicial, RioForte, Sarkosy, Sonangol, Submarinos, Supervisão, Venda irregular
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Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116
No ano do colapso do BES, a seguradora vida herdada pelo Novo Banco perdeu quase um terço da sua produção. A GNB Vida perdeu o segundo lugar entre as maiores companhias deste ramo segurador. A Fidelidade ganhou quota de mercado no ano em que foi adquirida pelos chineses da Fosun.
Citando
Jornal de Negócios
A GNB Vida, antiga BES Vida, perdeu 633 milhões de euros em poupanças de clientes e outros seguros do ramo vida no ano da queda do BES. De acordo com os dados do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), a produção da companhia agora integrada no Novo Banco caiu 31,7%, para 1.364 milhões.
Esta perda de negócio retirou a seguradora do segundo lugar do “ranking” das maiores companhias a operar no ramo vida, lugar que passou a ser ocupado pela BPI Vida. A empresa de seguros do grupo liderado por Fernando Ulrich quase triplicou a produção, que totalizou 2.202 milhões.
Na liderança deste mercado, bem como do conjunto da indústria seguradora, manteve-se a Fidelidade. No ano em que passou a ser controlada pelo grupo chinês Fosun, a companhia conseguiu mesmo aumentar a sua produção no ramo vida em 21,3%, para 3.086 milhões. Já no ramo não vida, a companhia que está em primeiro lugar perdeu quota de mercado, já que a produção diminuiu 2,1%, para 988 milhões.
Mas não foi só a seguradora do Novo Banco que perdeu negócio vida. Também a Ocidental Vida registou uma quebra de 9% na produção, que se fixou em 1.352 milhões, o que levou a companhia que mantém a parceria entre o BCP e o grupo holandês Ageas da terceira para a quarta posição do “ranking” das maiores seguradoras vida.
(Fim de citação)
Tags:Baixa no Ranking do sector, BPI Vida passou de 3º para 2º lugar, de capitais chineses, de nº 2 passou para nº 3, desde 2014 controlo foi adquirido pelo Fundo Fosun, Fosun um dos 17 candidatos à compra do Novo Banco., Grupo Novo Banco Vida (GNB V ida), Negócio Vida, Prejuízos, Sector liderado pela Fidelidade
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Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116

A maioria dos créditos abrangidos pela garantia terá sido dada durante a gestão liderada por Álvaro Sobrinho
Citando
Observador
Entre os créditos cobertos pela garantia de Angola estava uma dívida de 183 milhões de euros ao BES. A dívida era da Legacy. O GES vendeu a Legacy a uma empresa angolana, mas continuou a pagar juros.
A garantia soberana atribuída pelo presidente angolano aos créditos do BESA (Banco Espírito Santo Angola) assegurava o pagamento de uma dívida ao Banco Espírito Santo (BES) contraída por uma empresa que tinha sido vendida pelo Grupo Espírito Santo (GES).
Em causa está a concessão de uma garantia por parte do BESA ao BES em nome de uma empresa angolana, a Vaningo, no valor de 183 milhões de euros. Esta sociedade comprou em 2010 uma empresa de direito português ao Grupo Espírito Santo (GES), a Legacy, que tinha uma dívida para com o BES. Os nomes Legacy e Vaningo têm aparecido várias vezes na comissão parlamentar de inquérito aos atos de gestão do Banco Espírito Santo (BES) e do GES, tendo sido já associada ao negócio de venda da Escom à Sonangol, contratualizado em 2010, mas nunca concretizado.
A dívida da Legacy ao BES e o facto de estar coberta por uma garantia emitida pelo BESA a favor da casa-mãe, surgem na auditoria realizada pela KPMG às contas da Espírito Santo International (ESI). Segundo este relatório, a Vaningo pagou à ESI três euros para adquirir uma empresa que no ano em que foi alienada tinha um ativo de dois milhões de dólares para um passivo de 306 milhões de dólares.
Se estes números são já um sinal de alerta sobre o racional de negócio, há outra pista que alimenta a desconfiança dos deputados quanto à credibilidade da transação. Mesmo depois de ter vendido a Legacy, a ESI continuou a pagar os juros da dívida desta empresa, conforme é descrito na auditoria às contas daholding do GES. Entre 2010 e 2013, o montante pago ao BES ascendeu a cerca de 40 milhões de euros. Em 2013, o valor em dívida ao BES era de 183 milhões de euros e, segundo a auditoria da KPMG, esta dívida estava colaterizada pelo BESA ao BES no mesmo montante.
A análise realizada pela KPMG Angola aos créditos cobertos pelo aval do Estado angolano ao BESA verificou que este incluía no seu anexo a garantia concedida pelo BESA ao BES, em nome da Vaningo. Nada indicia, conclui a auditoria feita pela KMPG, que o BESA, com o suporte do Estado angolano, não irá assumir as responsabilidades assumidas pela Vaningo para com o BES.
A garantia de Luanda visava salvaguardar créditos a empresas angolanas que correspondiam a operações importantes para o plano nacional de desenvolvimento do país. O BESA só podia conceder uma garantia de crédito a uma empresa angolana como era o caso da Vaningo. Mas, na prática, a participada angolana do BES passou a ser responsável pelo pagamento da dívida da Legacy, empresa portuguesa detida pela sua cliente Vaningo, à sua casa-mãe, o Banco Espírito Santo.
Em caso de incumprimento por parte da Legacy, a Vaningo acionava a garantia do BESA. E como esta operação estava na lista dos créditos protegidos pelo Estado angolano, quando a sua garantia fosse executada, Luanda estaria a pagar uma dívida ao BES. O cenário de incumprimento do crédito seria inevitável dado o colapso financeiro da ESI, a empresa que estava a pagar os juros do empréstimo da Legacy, a partir de meados de 2014.
A garantia do BESA ao pagamento desta dívida terá sido concedida logo em 2010, quando Álvaro Sobrinho liderava a instituição, mas só aparece nas contas do banco angolano em 2013, ano em que foram identificados os créditos em risco que iriam beneficiar da garantia irrevogável do Estado angolano.
A história por trás destas operações tem vindo a ser reconstituída ao longo de várias audições na comissão de inquérito, tendo o depoimento do presidente da KPMG Angola, realizado esta quarta-feira, dado mais um contributo para atar pontas soltas. Sikander Sattar falou à porta fechada para proteção do sigilo bancário angolano. E, apesar de não ter feito revelações bombásticas, tanto quanto o Observador conseguiu confirmar, o seu testemunho foi importante para confirmar notícias já publicadas e compreender informação já na posse dos deputados.
É o caso do relatório e contas do BESA de 2011. Neste documento, que é público, a auditora KPMG colocou várias reservas às contas do banco angolano que, no entender dos deputados, deveriam ter suscitado mais cedo uma intervenção do acionista BES e do próprio Banco de Portugal.
Reservas indiciavam bomba relógio nas contas do BESA
O auditor alerta que o BESA não possui à data do relatório “desenvolvimentos informáticos que permitam a identificação efetiva das operações de crédito que foram objeto de reestruturações, do grupo económico em que cada cliente se insere,pelo que não nos é possível concluir acerca da adequação do montante registado na rubrica provisão para créditos de liquidação duvidosa, face aos requisitos” da lei angolana.
A opinião da KPMG Angola tem a data de outubro de 2012, um mês antes de Álvaro Sobrinho deixar a presidência executiva do banco, mas só um ano mais tarde, na assembleia geral do BESA, os acionistas terão tido informação sobre a dimensão do buraco no crédito, da ordem dos 5,7 mil milhões de euros, e que justificou a concessão da garantia do Estado angolano. O BES nunca fez qualquer provisão em relação à sua participada, não obstante a garantia de Luanda só ter sido concedida no final de 2013.
Só quando esta situação foi noticiada pelo Expresso, a 7 de julho de 2014, é que o Banco de Portugal terá feito perguntas sobre o tema. Até então, a intervenção do supervisor estava centrada na discussão da garantia de Angola que acabou por aceitar como válida. A garantia “firme, definitiva e irrevogável” servia de almofada de proteção ao BES em relação ao empréstimo de 3,3 mil milhões de euros, concedido à filial angolana, mas acabou por ser revogada, dias depois da resolução do Banco Espírito Santo, em agosto de 2014. Ainda antes, o Banco Nacional de Angola já tinha comunicado ao Banco de Portugal que iria intervir no BESA.
O mistério dos clientes de alto risco em Angola
Outra dúvida que persiste é a identidade dos destinatários dos créditos do BESA que beneficiavam da proteção de Luanda. A lista dos empréstimos de alto risco, porque concedidos sem garantias e em alguns casos sem destinatário final conhecido, consta de um anexo ao documento assinado a favor do BESA e que foi negociado diretamente por Ricardo Salgado, então presidente do BES, e as autoridades angolanas, designadamente José Eduardo dos Santos. Até agora, quase todas as pessoas ouvidas na comissão de inquérito afirmaram desconhecer a lista. Sikander Sattar terá sido uma exceção já que era presidente da KPMG Angola, empresa que certificou os créditos a incluir na garantia.
A informação e testemunhos já ouvidos permitiram, entretanto, concluir que não estão identificados os grupos económicos a que estavam ligados os clientes referidos na garantia, pelo que não será fácil chegar aos beneficiários finais e apurar se, entre eles, há acionistas ou administradores do BESA, para além de figuras relevantes do regime angolano.
Sabe-se, no entanto, que uma parte dos créditos cobertos por Luanda diz respeito a empresas do universo Espírito Santo, designadamente a Escom. O administrador Luís Horta e Costa confirmou, esta semana, que a empresa tinha uma dívida superior a 300 milhões de euros ao BESA, tendo contudo assinalado que teria sido dos poucos clientes a apresentar garantias reais, neste caso ativos imobiliários em Angola.
(Fim de citação)
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Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116
Citando
Observador
Carlos Costa diz que evitou que a troika fizesse explodir a dívida pública e a nacionalização da banca. E antecipa uma concentração bancária na Europa.

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa
O governador do Banco de Portugal afirmou que a troika defendeu um modelo de recapitalização da banca diferente, que teria implicado a nacionalização do setor e um aumento de 20 a 30 pontos do rácio da dívida.
Quando o resgate de Portugal foi negociado, em 2011, o envelope financeiro emprestado pelos parceiros europeus e pelo Fundo Monetário Internacional incluía um valor consignado à recapitalização dos bancos portugueses que revelassem essa necessidade, de 12 mil milhões de euros.
“A história dos bancos portugueses é uma história de convalescença longa que resulta do facto de se ter poupado o agente público ao impacto de um endividamento súbito que teria necessariamente uma dimensão dos 20 a 30 pontos percentuais”, afirmou hoje Carlos Costa num jantar-debate em Lisboa organizado pelo think-tank Portugal XXI.
De acordo com o governador do Banco de Portugal, “quando a troika cá chegou, tinha um número na cabeça para o fundo de recapitalização [da banca] que não era 12 [mil milhões de euros]” e chegar a esse valor só foi possível “depois de se ajustar o modelo de escrutínio do sistema àquilo que eram as necessidades de capital” dos bancos.
“Tínhamos dois modelos alternativos: termos em 2012 o sistema financeiro todo nacionalizado por insuficiência de capital e tínhamos hoje um grande programa de privatizações em curso e mais dívida pública; ou termos seguido o processo que seguimos com os riscos que obviamente comporta e segui-lo de forma metódica”, revelou Carlos Costa.
“Feito o balanço, acho que fizemos a escolha certa (…) Não imaginam hoje a dívida pública portuguesa ser de 150 ou 155% do PIB [Produto Interno Bruto]. Não imaginam o que isto significaria em termos de posicionamento no mercado e de pressão sobre a República”, disse ainda o governador, acrescentando que “a República respira hoje com muito mais tranquilidade”.
Durante a sua intervenção, Carlos Costa referiu-se aos casos irlandês, grego e espanhol, que “fizeram uma operação muito clara de recapitalização à cabeça” dos seus bancos, “transferindo os ativos problemáticos para veículos e registando perdas de capital significativas”, o que teve como consequência “um aumento da dívida pública da mesma dimensão” desses ativos. Se a mesma solução tivesse sido aplicada a Portugal, Carlos Costa acredita que, “em vez dos 40 mil milhões [de euros] de imparidades [que a banca portuguesa registava desde 2008] de forma gradual, numa situação de venda forçada seria um número superior”.
Ainda assim, o governador do banco central fez um exercício para calcular o impacto de uma recapitalização dos bancos portugueses semelhantes à que se realizou noutros países europeus. “Vamos imaginar que eram [imparidades de] 40 mil milhões. [Nesse caso] seriam 25 pontos percentuais de dívida adicional para o país e teríamos hoje uma dívida muito superior ao que temos”, afirmou.
Carlos Costa disse ainda que este “era o modelo preconizado pela troika”, o que lhe valeu “nas salas do Banco de Portugal um braço de ferro” para que Portugal seguisse “uma via diferente”. “Para mim, foi um grande risco, mas para o país estou convencido que o futuro dirá que foi um grande alívio, porque evitámos um aumento do stock da dívida que teria criado junto dos mercados internacionais uma noção de insustentabilidade, o que teria para um país como um nosso um resultado muito grave”, disse ainda Carlos Costa.
(Fim de citação)
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Quinta-feira, Janeiro 15th, 2015
20150115
Citação
A SÁBADO divulga na revista de 15 de Janeiro as declarações do contabilista na comissão de inquérito ao BES, onde, em clima de grande secretismo, denunciou os “luxos” que destruíram o grupo.
No Banco Espírito Santo (BES) não havia rei nem roque; às vezes dizíamos que aquilo não era um grupo – era um ajuntamento.” Esta foi a frase que marcou uma das audições mais aguardadas na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES. Depois de ter sido directamente responsabilizado por Ricardo Salgado pela ocultação das contas da Espírito Santo Internacional (ESI), Francisco Machado da Cruz, numa inquirição que decorreu em grande secretismo, à porta fechada, garantiu que se limitou a cumprir ordens. A SÁBADO apurou que o ex-comissaire aux comptes foi inequívoco em relação ao papel do líder histórico do BES, ao afirmar que “havia um dono disto tudo, que mandava nisto tudo”.
Confessando-se “arrependido” e “angustiado”, Machado da Cruz reconheceu perante os deputados que ocultou os prejuízos da ESI para mascarar as contas do Grupo Espírito Santo (GES). “O passivo foi ocultado porque o GES estava a ter perdas significativas. Era suposto ter sido só neste ano, mas continuou, infelizmente, em 2009, 2010, 2011 até 2013”, afirmou.
Em 2008, foram “escondidos” 180 milhões de euros de prejuízo. Um valor que nos anos que se seguiram quase multiplicou por dez: no final de 2013 fixou-se em 1,3 mil milhões de euros. Nessa altura, Machado da Cruz já antevia uma calamidade. Quando soube que, em Dezembro de 2013, a auditora KPMG se preparava para verificar as contas da ESI, disse a José Castella, o controller financeiro do GES: “Esta visita pode ser o início de uma arma financeira de destruição massiva” – e foi mesmo.
O descalabro era, garantiu Machado da Cruz, do conhecimento de Salgado, a quem apresentava sempre dois documentos: um com as contas falsas; outro com as verdadeiras – e, entre assumir o caos ou optar pela ficção contabilística, o líder do BES terá escolhido sempre a segunda opção. “Não fui eu que tive a ideia de ocultação, foi Ricardo Salgado”, acrescentou.
Embora nunca tenha descartado as suas responsabilidades, o ex-funcionário do GES disse aos deputados que aceitou cumprir as orientações do presidente do BES por uma questão de “lealdade” ao chefe, que lhe terá garantido que tudo se iria resolver. E ele acreditou porque quem lho dizia era “o homem mais poderoso do País”.
Apesar de o tema forte da audição ter sido a ocultação das contas da ESI – que foi determinante na falência do grupo –, Machado da Cruz, cuja actuação está a ser investigada judicialmente em Portugal e no Luxemburgo, aproveitou ainda para fazer uma revelação que surpreendeu a assistência: Ricardo Salgado tê-lo-á aconselhado a esconder-se num país que não tivesse acordo de extradição para Portugal, de modo a proteger-se no caso de a justiça portuguesa querer ouvi-lo. A verdade é que a comissão parlamentar de inquérito teve dificuldades em localizá-lo, mas acabou por ser o próprio Machado da Cruz quem, depois de Ricardo Salgado – que já se disponibilizou para responder ao seu ex-funcionário no parlamento –, o ter responsabilizado pelo “descontrolo” das contas, solicitou formalmente a marcação de uma audição. “Nunca estive desaparecido”, revelou. “Tenho família na Suíça, tenho lá a minha filha, vivi lá muito tempo.”
O ex-contabilista era um inimigo indesejado. Conhecia todos os segredos do GES. Sobre a Rioforte, a empresa de topo do ramo não financeiro, revelou que um dia disse a Ricardo Salgado que esta “vivia de luxos”. Proposta do patrão: que fosse para lá e que acabasse com eles. “Quando cheguei, o dr. Manuel Fernando Espírito Santo, chairman, pediu-me para ter calma senão o dr. João Pena (presidente executivo da Rioforte Investments) e o dr. Gonçalo Cadete (CFO) iam-se embora. Não me deixou ir partir a loiça…”
(Fim de citação)
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Sábado, Janeiro 10th, 2015
20150110
O aumento de capital do Santander foi subscrito maioritariamente por investidores norte-americanos e britânicos, noticia a EFE citada pelo Jornal de Negócios.
O conselho de administração do Santander, que detém em Portugal o Santander Totta, aprovou na quinta-feira um aumento de capital de até 7.500 milhões de euros, operação que melhorará os rácios de capital do banco entre 8 e 10%.
Ana Patricia Botín
Citando
A operação realizou-se entre investidores institucionais por um montante nominal de 606.796.117 euros e a emissão de 1.213.592.234 ações ordinárias do Banco Santander.
Estes títulos representam 9,64% do capital social do banco antes do aumento de capital.
As entidades encarregadas da colocação dos títulos (que começam a ser transaccionadas a 13 de Janeiro) foram a Goldman Sachs e o UBS.
O Santander referiu na quinta-feira que, depois da operação de aumento de capital, vai “reformular a sua política de dividendos, voltando a pagar em efectivo a maior parte do mesmo”, e recordou que, durante os anos da crise, o programa Santander Dividendo Elección permitiu que o banco se conseguisse recapitalizar, podendo os accionistas optar por receber os dividendos ou convertê-los em acções.
“A intenção do Conselho de Administração é que a retribuição em relação aos resultados de 2015 seja de 0,20 euros por acção”, lê-se na nota do Santander, acrescentando-se que, “nos próximos exercícios, a evolução do dividendo será de acordo com o crescimento dos resultados, com o objectivo de que a remuneração efectiva represente entre 30% e 40% do resultado recorrente, em vez dos actuais 20%”.
O banco espanhol formalizou a 23 de Dezembro a manifestação de interesse na aquisição do Novo Banco, o banco de transição que herdou os activos e passivos considerados não tóxicos do Banco Espírito Santo (BES), que foi alvo de uma resolução pelo Banco de Portugal.
(Fim de citação)
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Sábado, Janeiro 10th, 2015
20150110
O “gigante” espanhol anunciou um aumento de capital de 7.500 milhões de euros. Alguns especialistas dizem que está dado o primeiro passo para que outros bancos europeus reforcem os capitais.
Analistas já tinham alertado que o Santander tinha rácios menores, por exemplo, que o rival BBVA.
Citando
O anúncio por parte do Santander de um aumento de capital de 7.500 milhões de euros, na quinta-feira, apanhou os investidores desprevenidos, ainda que alguns analistas já tivessem apontado que o “gigante” espanhol tinha rácios de capital inferiores, por exemplo, aos do rival BBVA, de acordo ncom a interpretação do jornal eletrónico Observador.
Agora, alguns analistas estão a especular que o maior banco da zona euro, o Santander, pode ter dado o “tiro de partida” a que outros bancos europeus possam, também, reforçar os capitais.
O aumento de capital do Santander vai ser feito através de uma colocação privada e da retenção de parte dos dividendos, e não através de uma operação aberta no mercado. Isto numa altura em que a zona euro vive, novamente, momentos de alguma incerteza devido às eleições na Grécia de dia 25 de janeiro. O Santander evita, assim, sujeitar-se a uma operação que se prolongaria ao longo de várias semanas e que, portanto, poderia ser perturbada por eventuais fatores de instabilidade.
Menos de três meses depois da divulgação dos
testes de stress do BCE à zona euro, e depois de a nova presidente Ana Patricia Botín ter concluído a
remodelação da estrutura executiva do banco, o Santander anunciou um aumento de capital que está, agora, a ser visto pelos especialistas como o primeiro de vários aumentos de capital na banca europeia.
O Santander ficará com rácios de capital de 10%, nos termos das novas regras de Basileia III (totalmente implementadas), o que poderá permitir ao banco não só aumentar a confiança dos investidores mas também financiar a expansão do banco em Espanha e noutras geografias. Recorde-se que a unidade portuguesa do Santander – o Santander Totta – é
um dos interessados numa possível aquisição do Novo Banco.
“Notamos uma pressão acrescida sobre os outros bancos para aumentar capital”, afirmou Nick Anderson, analista do Berenberg Bank citado pela Bloomberg. Já Lutz Roehmeyer, um gestor de investimentos na britânica LBB Invest, que tem ações do Santander, diz que “as pessoas [os investidores] estão, agora, a perguntar a si mesmas qual será o próximo banco a fazer um aumento de capital”. Para os investidores, um aumento de capital numa ação cotada é um acontecimento que dilui o valor das suas participações ou, pelo menos, obriga-os a dispor mais capital para manter intacta a posição no banco. O banco fica, contudo, a prazo, em melhores condições para investir no seu crescimento.
Ações caíram em bolsa após anúncio do aumento de capital
Em Portugal, com as atenções do setor bancário viradas para o processo de venda do Novo Banco, não são previsíveis aumentos de capital nos grande bancos privados nos próximos meses. Apesar de ter sido um dos bancos a chumbar no cenário adverso dos testes de stress – tendo enviado ao BCE as medidas que fazem com que o banco cumpra, já, os mínimos exigidos nesta altura – o BCP tem afastado a necessidade de um aumento de capital.
Em novembro, o presidente do BCP, Nuno Amado, garantiu que o banco está “devidamente capitalizado” e que os acionistas podem “ficar tranquilos porque não será necessário fazer qualquer aumento de capital”.
Já o BPI, que teve um bom resultado nos testes de stress, o banco está envolvido no processo de venda do Novo Banco – é um dos interessados – e tem um problema em mãos desde que, há cerca de um mês, o BCE alterou regras de regulação que penalizam o BPI pela exposição ao Estado angolano e ao Banco Nacional de Angola. O banco central passou a obrigar a ponderação destes ativos em kwanzas de 0% a 20% para 10% para efeitos de rácio de capital, ou seja, o risco dos ativos angolanos passou a ser mais penalizador para os rácios de capital do banco.
O BPI (tal como o BCP, que tem uma exposição relativa bem menor) terá de se ajustar às novas exigências do BCE, já que a exposição do banco liderado por Fernando Ulrich excede os limites impostos em cerca de 3.000 milhões de euros. As opções do BPI são a venda de parte desta exposição, desfazendo-se de parte da posição no Banco de Fomento de Angola (BFA), vender parte da carteira de dívida pública angolana ou, então, ganhar dimensão, o que poderia significar um aumento de capital ou, em alternativa a compra de uma instituição de grande dimensão, o que diluiria o peso relativo da exposição a Angola.
(Fim de citação)
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Sexta-feira, Janeiro 9th, 2015
20150109
Miguel Horta e Costa foi constituído arguido num processo que investiga corrupção no comércio internacional, noticia o “DN”, citado pelo Expresso.
Citando
Segundo este jornal, o antigo presidente da Portugal Telecom esteve esta sexta-feira no Departamento Central de Investigação e Ação Penal para responder às perguntas do Ministério Público brasileiro, que chegaram a Lisboa em carta rogatória.
O DN informa que tentou, sem sucesso, contactar Paulo Sá e Cunha, advogado que representa Miguel Horta e Costa.
Recorda ainda o jornal que esta investigação começou em 2012, depois do publicitário brasileiro Marcos Valério, condenado como o executor do “mensalão”, ter afirmado num depoimento que a Portugal Telecom financiou o Partido dos Trabalhadores (PT) com 2,6 milhões de euros, durante o Governo de Lula da Silva.
Segundo Marcos Valério, esse dinheiro foi negociado diretamente entre o ex-presidente do Brasil e o então presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta e Costa, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Artigo relacionado (Diário de Notícias)
Horta e Costa afirma ter confiança na justiça no caso Mensalão (
Tags:Compra de influência política externa, Envolvimento no financiamento de partidos estrangeiros, Polémica, Portugal
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