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Grupo Novo Banco com imparidades acumuladas de 3,96 mil milhões equivalentes a 13,78% do crédito

Segunda-feira, Abril 15th, 2019

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Económico

A conta do Balanço Consolidado do Grupo Novo Banco, relativa a crédito a clientes inclui “uma imparidade acumulada” de 3.957,9 milhões de euros, “reconhecendo-se um impacto de 263,5 milhões nos resultados do ano registados na linha de imparidade do crédito líquido de reversões”, diz a EY.

“A imparidade para o crédito a clientes representa a melhor estimativa do órgão de gestão do Grupo, da perda esperada da carteira de crédito a clientes com referência a 31 de dezembro de 2018”, diz a EY no seu relatório de auditoria às contas do Novo Banco que foram aprovadas sem reservas ou ênfases.

A conta do Balanço Consolidado do Grupo Novo Banco, relativa a crédito a clientes inclui “uma imparidade acumulada” de 3.957,9 milhões de euros, “reconhecendo-se um impacto de 263,5 milhões nos resultados do ano registados na linha de imparidade do crédito líquido de reversões”, diz a EY. O valor bruto do crédito a clientes é de 28.712,4 milhões de euros, “pelo que a imparidade acumulada representa 13,78% do valor do crédito”, lê-se no relatório dos auditores.

No que toca ao Balanço do Novo Banco, apenas, o crédito a clientes inclui imparidades para crédito acumuladas de 4 mil milhões de euros que provocou um impacto de 295 milhões nos resultados do banco. O valor bruto do crédito a clientes é de 26,9 mil milhões, pelo que a imparidade acumulada pesa 15,14% do valor do crédito.

O banco lembra que durante o exercício de 2018 foi realizada uma operação de venda de uma carteira de créditos não produtivos, sendo que o impacto desta operação no balanço traduziu-se numa redução do crédito a clientes de 543,9 milhões de euros (1.529,9 milhões de euros de valor bruto e 986,1 milhões de euros de imparidade), e o impacto em resultados traduziu-se numa perda de 108,9 milhões de euros, referia-se ao projeto Nata.

O Relatório confirma que o Banco reduziu os NPLs em 3.358 milhões , tendo reduzido o rácio de NPLs sobre crédito para 22,4%, pela primeira vez aquém dos 25%. Os NPLs líquido desceram, também pela primeira vez, para um valor abaixo dos 3 mil milhões de euros.

A Assembleia Geral do Novo Banco aprovou o relatório e contas referentes a 2018. As contas já foram acompanhadas da auditoria independente sem quaisquer reservas pela E&Y.

As contas de 2018 apresentaram pela primeira vez a separação entre o Novo Banco “Core” e o NB Legado, sendo que o Novo Banco “Core” apresenta, pela primeira vez desde a resolução, um resultado positivo de 2,2 milhões de euros, evidencia uma recuperação face aos 311,4  milhões de prejuízo registados no ano anterior.

O resultado combinado foi negativo em 1.412 milhões, o ainda assim é uma melhoria de 38,5% face ao resultado comparável do ano anterior.

Auditora EY sem reservas aos prejuízos de 1.412 milhões do Novo Banco

Segunda-feira, Abril 8th, 2019

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Eco

Auditora EY sem reservas aos prejuízos de 1.412 milhões do Novo Banco

Lone Star e Fundo de Resolução já aprovaram prejuízos de 1.412 do Novo Banco do ano passado. Resultados já foram acompanhados do parecer da auditora EY que não colocou qualquer reserva.

Lone Star e Fundo de Resolução aprovaram na passada sexta-feira os resultados anuais do Novo Banco relativos a 2018, os quais apuraram um prejuízo avultado de 1.412 milhões de euros. A auditora EY não apresentou qualquer reserva às contas. E, assim, o pedido de 1.150 milhões de euros ao Fundo de Resolução aguarda apenas a confirmação do agente de verificação independente.

“Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas anexas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos materiais, a posição financeira consolidada do Novo Banco em 31 de dezembro de 2018, o seu desempenho financeiro consolidado e os seus fluxos de caixa consolidados relativos aos ano findo naquela data”, refere a EY na certificação legal das contas e relatório de auditoria que vem no relatório e contas divulgado esta sexta-feira ao final da tarde, já depois de os acionistas terem aprovado os resultados em assembleia geral.

A EY, que substituiu a PwC como auditora do Novo Banco no final de 2017, não colocou reservas às contas, mas salientou um conjunto de “matérias relevantes” que tiveram maior importância na auditoria das demonstrações financeiras e para as quais apresentou a “descrição dos riscos de distorção material mais significativos” e a “síntese de resposta” a esses riscos.

Peritos ajudam a analisar pedido ao Fundo de Resolução

No que diz respeito ao mecanismo de capital contingente, a garantia pública no valor de 3,89 mil milhões de euros criada aquando da venda do Novo Banco ao Lone Star em 2017, e que obriga o Fundo de Resolução a injetar dinheiro no banco em caso de perdas com um conjunto de ativos e de redução dos rácios de capital abaixo do exigido, a EY reconhece que o cálculo da compensação financeira é “complexo” e que o valor pedido é “significativo no desempenho do grupo e é relevante para a sua solvabilidade”.

Para que este pedido seja confirmado faltava a “opinião” da EY, que é agora revelada. A auditoria informa que procurou o “apoio de especialistas em normas internacionais de relato financeiro” para avaliar “a contabilização dos montantes reclamados ao Fundo de Resolução”. Mas ainda falta mais uma confirmação: do agente de verificação independente, a Oliver Wyman.

O Novo Banco é detido em 75% pelo Lone Star e em 25% pelo Fundo de Resolução.

Fundo de Resolução soma incógnitas a buraco de 5,1 mil milhões

Sábado, Julho 7th, 2018

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Negócios

A auditora EY tem quatro grandes dúvidas em relação ao Fundo de Resolução. Uma delas é relativa aos processos judiciais, mas pelo menos aqueles que têm o papel comercial como objecto podem vir a reduzir-se com a solução criada com o patrocínio do Governo.

O buraco do Fundo de Resolução alargou-se em mais de 300 milhões no ano passado. O Novo Banco, de que tem agora 25%, foi o grande responsável pela maior diferença entre o activo e o passivo. Com a situação patrimonial negativa, há outras ameaças pela frente. Quem para elas alerta é a EY.

Em 2017, o Fundo de Resolução apresentou recursos próprios negativos de 5,1 mil milhões de euros, face aos 4,76 mil milhões do ano anterior. A justificação deve-se, em grande medida, ao Novo Banco. Na prática, deve-se à diferença entre a injecção de 792 milhões no Novo Banco, à luz do chamado mecanismo de capitalização contingente, e o reconhecimento de que os 25% de capital do banco nas suas mãos – anteriormente valorizados a zero – valem 333 milhões de euros.

Além destes recursos próprios, que já incorporam os prejuízos de 104 milhões registados, a EY elenca quatro incertezas, que podem ser dispendiosas. “Na eventualidade de estas incertezas se materializarem desfavoravelmente para o Fundo, o seu potencial impacto nas demonstrações financeiras será significativo”, assinala o relato sobre a auditoria das demonstrações financeiras, assinado por Ana Salcedas, da EY.

Uma das incertezas é o mecanismo de capitalização contingente, que pode custar até 3,89 mil milhões ao Fundo de Resolução.

Mas os processos judiciais em que o Fundo é réu ou contra-interessado são outra das incertezas que integram a ênfase da EY. São “inúmeros”, mas o Fundo de Resolução não os quantifica, embora refira que “não estima” que os relacionados com as medidas de resolução, ao BES e ao Banif, venham a ter um desfecho desfavorável.

Uma grande fonte de litigância que envolve o Fundo de Resolução é o tema do papel comercial da ESI e Rioforte, do Grupo Espírito Santo, vendido no BES. O Fundo presidido pelo vice-governador do Banco de Portugal, Luís Máximo dos Santos, tem uma palavra a dizer: “A concretização da solução constituirá um factor de redução de eventuais contingências de natureza jurídica que venham a afectar o Fundo de Resolução”. A solução, que vai ressarcir num máximo de 75% do capital investido em papel comercial, aplica-se a 1.833 contas, sendo que 1.930 titulares tinham mostrado intenção de aderir.

Se o Novo Banco for condenado em eventuais processos judiciais, o Banco de Portugal já determinou que o Fundo de Resolução tem de neutralizar eventuais custos. Esta é outra das incertezas encontradas pela EY. “Não é possível estimar com fiabilidade o potencial efeito financeiro contingente”, opina a comissão directiva do Fundo.

A auditora também sublinha os eventuais encargos do Fundo de Resolução com o pagamento a credores do BES e do Banif que tenham sido mais prejudicados na resolução do que teriam sido se, nas datas das intervenções, estas tivessem ido para resolução.

Essa cobertura é definida por lei, e no caso do BES, já está definido que os credores seniores têm de receber 31,7% do seu investimento. O Fundo terá de pagar se o valor obtido no processo de liquidação que está a decorrer não permitir chegar àquela percentagem. Mas “o Fundo de Resolução considera que não existem, à data, elementos que permitam avaliar a existência e/ou o valor desta responsabilidade potencial”.

Novo Banco por 333 milhões

O Fundo de Resolução reconhece que a posição de 25% do Novo Banco que está na sua posse vale 333 milhões de euros, de acordo com o relatório e contas relativo a 2017. Foi com esta posição que a entidade, que funciona junto do Banco de Portugal, ficou após a alienação de 75% do capital ao fundo americano Lone Star. A posição accionista não sofre qualquer alteração, pese embora a colocação de dinheiro por via do mecanismo de capital contingente, onde já gastou 792 milhões. Na prática, os 25% do Novo Banco após a venda valem mais do que a totalidade do capital que detinha até à alienação. Antes da decisão, o Novo Banco valia 4,9 mil milhões (o valor da capitalização aquando da constituição), um montante a que estava associada uma imparidade de igual importância, mostrando a ausência de expectativa de recuperação.

EY substitui PwC na auditoria ao Novo Banco

Domingo, Dezembro 24th, 2017

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Negócios

Com um novo accionista, o auditor do Novo Banco mudou. A PwC sai do cargo, dando lugar à EY, que acumula aquela função com a de revisora oficial de contas da Caixa Geral de Depósitos e com o Fundo de Resolução.

A EY, antiga Ernst & Young, vai ser a nova auditora do Novo Banco. A decisão foi tomada esta quinta-feira, 21 de Dezembro, na mesma assembleia-geral que deu forma à injecção de 250 milhões de euros, pela Lone Star, na instituição financeira.

 

“Foi ainda deliberado nomear para o cargo de revisor oficial de contas com mandato a iniciar em 2018 a sociedade Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A representada por António Filipe Dias da Fonseca Brás e como Suplente, João Carlos Miguel Alves”, indica o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A EY será a responsável por olhar para as contas da instituição liderada por António Ramalho (na foto) a partir do próximo ano, o primeiro exercício completo em que o seu accionista maioritário, com 75%, é a americana Lone Star.

O Fundo de Resolução detém 25% do banco sendo que também esta entidade, que funciona junto do Banco de Portugal, tem a EY como auditora.

A EY fica, assim, com dois grandes bancos em carteira: o Novo Banco junta-se à Caixa Geral de Depósitos.

Já a PwC, embora perdendo o herdeiro do BES, ganhou este ano a conta do BPI e tem ainda o Santander Totta.

Ainda na banca, o BCP tem a Deloitte como sua auditora, cargo que era até ao ano passado ocupado pela KPMG. Esta última é a responsável por rever as contas do Montepio.

Ernst & Young levanta dúvidas sobre avaliação do Novo Banco

Quarta-feira, Agosto 24th, 2016

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Expresso

Tanto o Fundo de Resolução como a Ernst & Young não conseguem dizer “com segurança” se o Novo Banco ainda vale 4900 milhões de euros

Apesar das últimas expectativas apontarem que a venda do Novo Banco venha a ser concretizada por um “preço simbólico”, tal como o Expresso noticiou no passado sábado, o Fundo do Resolução mantém a avaliação da instituição nos 4900 milhões de euros, o mesmo valor que foi injetado aquando da sua criação. Mas de acordo com o que revela o “Jornal de Negócios” esta terça-feira, a avaliação do auditor, a Ernst & Young, levanta reservas às contas de 2015 do Fundo de Resolução e alerta que a instituição pode estar a ser sobrevalorizada.

“O Fundo não dispõe de informação suficiente para aferir com fiabilidade o valor da referida participação”, lê-se no parecer da Ernst & Young, que está disponível no site do auditor. “Das diligências tomadas para aferição de eventuais perdas por imparidade, concluiu-se que não é atualmente possível quantificar qualquer ajustamento com razoável segurança, pelo que foi mantido o valor inicialmente escriturado”, explica.

Por outras palavras: não é possível dizer se o Novo Banco ainda vale 4900 milhões de euros. A mesma posição é assumida pelo próprio Fundo de Resolução, dado não ser possível atribuir “com segurança” um novo valor ao banco, diz.

Nas contas de 2015, o Novo Banco ignora a desvalorização da instituição nos últimos dois anos. “Face à impossibilidade de estimar alterações nos fluxos financeiros futuros associados ao valor da participação, foi mantido o valor inicialmente escriturado”, refere o relatório

Adjudicação directa pelo Banco de Portugal à Ernst & Young Audit & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A. (505988283)

Sexta-feira, Dezembro 18th, 2015

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