Arquivo para a categoria ‘Falência’

Matos Gil apanhado na queda do GES

Sábado, Agosto 22nd, 2015

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Expresso

A IMG, empresa de Manuel Matos Gil, conserva 7% da Espírito Santo International e dívidas de €32 milhões ao BES  
 
A IMG – Indústria & mentos, detida por Manuel Matos Gil, Madalena Matos Gil e João Paulo Matos Gil, foi uma das empresas que não passaram ao lado do colapso do Grupo Espírito Santo: a IMG tem participações representativas de 7% da Espírito Santo International, holding do grupo Espírito Santo (GES) que avançou no ano passado para liquidação. A empresa participa em negócios petroquímicos e de embalagens desde 1959. Este grupo industrial tem fábricas no Canadá, Brasil, México e Portugal, com uma faturação anual na ordem dos €400 milhões.  
 
Recentemente adquiriu uma unidade fabril em Itália para reforçar a presença na Europa.  
 
Após ter sido, durante anos, investidor de referência da La Seda de Barcelona, o grupo mantém hoje vários ativos internacionais. E ligações à banca: além de acionista da Espírito Santo International Holding, o grupo conta com o apoio de diversas entidades financeiras e uma delas é o BES, no qual mantém dois financiamentos, um de €18 milhões e outro de aproximadamente €14 milhões. “Qualquer destes empréstimos, perfeitamente normais na situação corrente de um grupo como o nosso, estão a ser pontualmente cumpridos”, assegurou ao Expresso uma fonte do grupo.  
 
Paralelamente, a IMG SGPS figura na lista de devedores à Autoridade Tributária, com uma dívida entre €1 milhão e €5 milhões. Sobre esta questão fiscal, o grupo IMG explicou ao Expresso que se relaciona com “um ato de gestão corrente”. Os consultores fiscais da IMG aconselharam a empresa a não concordar com uma decisão da Autoridade Tributária. A IMG recorreu dessa decisão, cujo desfecho, diz a empresa, “aguarda uma decisão dos tribunais há muito tempo”.  
João Palma-Ferreira e Miguel Prado jpferreira@expresso.impresa.pt  
 

Comissão de credores da Rioforte pode atrasar-se até Setembro

Segunda-feira, Junho 1st, 2015

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Económico

Luxemburgo alargou o prazo para constituir a comissão de credores de Maio para Setembro.

A PHarol, ex-PT SGPS, poderá ter de esperar até ao final de Setembro para se tornar oficialmente credora da dívida de 897 milhões de euros da Rioforte, apurou o Diário Económico.

O tribunal do Luxemburgo decidiu alargar o prazo, que terminava a 31 de Maio, para que todos os credores da Espírito Santo Internacional (ESI) e da Rioforte possam reclamar a dívida. Os credores têm agora até ao final de Setembro para o fazer, o que atrasa a intenção da PHarol de criar uma comissão de credores para tentar recuperar, pelo menos, uma parte do ‘default’.

A dívida total da Rioforte rondará os 3,4 mil milhões de euros, sendo que 1,3 mil milhões de euros serão da ESI. A ESI foi integrada na Rioforte mas, como foi uma operação realizada fora do mercado, poderá não ser considerada a dívida para a recuperação do crédito. Apesar de existir uma redução no valor também diminui o número de credores, o que poderá ser benéfico para a PHarol, aumentando a probabilidade de recuperação.

A PHarol tem 30% da dívida total da Rioforte o que tem um forte peso na assembleia de credores, segundo afirmou recentemente aos jornalistas o então presidente do conselho de administração, João de Mello Franco. Por considerarem como fraudulenta a operação de passagem da ESI para a Rioforte, que aumentou consideravelmente a dívida desta entidade, esse valor da ESI não estará a ser considerado.

Nas contas, a PHarol inscreveu que previa recuperar 15% da dívida da Rioforte mas já admitiu que esta é uma perspectiva conservadora porque se podem excluir as partes relacionadas. A sociedade gestora de participações sociais considera que, ao abrigo da regra IAS 24, o GES não era uma das suas partes relacionadas. 

Enquanto o processo no Luxemburgo segue os seus trâmites a PHarol vai já avançar com uma acção em tribunal contra a auditora Deloitte e ainda avaliar se deverá avançar com uma acção contra os ex-administradores da PTcom “responsabilidades resultantes dos investimentos realizados no Grupo Espírito Santo”. Em causa estará Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, Luís Pacheco de Melo a também os representantes do BES na PT Joaquim Goes e Amílcar Morais Pires. Contra o BES, contudo, ainda não há fundamento para avançar com uma acção.

A decisão será tomada em assembleia-geral de accionistas, que será convocada pela administração que foi eleita na reunião magna de sexta-feira, liderada por Luís Palha da Silva mas o anterior conselho de administração deixou uma recomendação para que esse processo avançasse. Uma recomendação que deverá ser seguida, já que a maior parte dos administradores do anterior ‘board’ da PTSGPS transitaram para o actual conselho de administração.

Rioforte. PT não avança contra BES. Falta viabilidade jurídica

Sábado, Maio 30th, 2015

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Observador

O Governo esteve mal ao reconduzir Carlos Costa da forma como o fez. A quatro meses de eleições, consensualizar um nome com o PS seria um gesto de maioridade democrática e não de fragilidade política.

A PT SGPS considera que um processo ao BES, por causa do default de 897 milhões de euros da Rioforte, não tem grande viabilidade de sucesso na Justiça.

A companhia decidiu avançar com processos contra a auditora Deloitte e recomendou que o novo conselho de administração, que hoje é eleito, convoque uma assembleia geral para decidir sobre eventuais processos contra ex-administradores da PT SGPS que tiveram intervenção em aplicações financeiras no Grupo Espírito Santo (GES).

“Por enquanto estes serão os processos que neste momento oferecem condições jurídicas para avançar”, disse ao fonte oficial da PT SGPS ao Dinheiro Vivo, quando questionada sobre se a empresa tinha deixado cair um processo contra o BES, sem avançar mais detalhes.

Depois de analisar a informação obtida junto do Banco de Portugal, da comissão de inquérito parlamentar ao BES e da própria auditoria externa pedida à PwC, os advogados da empresa analisaram se havia matéria legal para sustentar processos. Ao que foi possível apurar, relativamente ao antigo financial advisor concluiu-se que a figura jurídica “culpa do lesado” poderia reduzir as possibilidades de sucesso numa ação contra o BES, na medida em que as aplicações foram feitas por antigos administradores da PT SGPS, alguns com assento no BES.

Venezuela quer recuperar 335 milhões perdidos na ESI

Segunda-feira, Maio 4th, 2015

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Observador

Diário Económico avança que já houve contactos entre os dois governos. Regime de Nicolas Maduro pode avançar para a justiça.

A Venezuela estará a preparar-se para avançar para a justiça para recuperar 335 milhões de dólares investidos por dois fundos públicos em dívida de curto prazo da Espírito Santo International (ESI), avança o Diário Económico no jornal desta segunda-feira.

Segundo o jornal, o Governo venezuelano já terá inclusivamente feito contactos com o Governo português sobre o assunto.

O investimento terá sido feito do Banco de Desarrollo Economico e Social da Venezuela (BANDES) e pelo Fondo de Desarollo Nacional (FONDEN), e terá sido assegurado por duas caras de conforto passadas pelo próprio BES, cartas justificadas pelo ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, com a disponibilidade na altura da Venezuela de investir no aumento de capital da Rioforte e da gestora de ativos ESAF estar a concorrer a um concurso de grandes dimensões no país.
Ainda não será clara, diz o jornal, qual será a estratégia legal da Venezuela, se exigirá o dinheiro à administração de insolvência da ESI ou se avança para a contestação da divisão de ativos entre BES e Novo Banco, na sequência da resolução, como outros já o fizeram.

Auditoria: BES tinha forma de descobrir ‘buraco’ da ESI

Segunda-feira, Maio 4th, 2015

Citamos

Económico

Auditoria forense conclui que administração do BES tinha informação para descobrir as “desconformidades” na ESI.

O Banco de Portugal detectou indícios de gestão ruinosa, em detrimento dos depositantes e dos restantes credores do BES, no terceiro bloco da auditoria forense à gestão da instituição, refere a documentação enviada na quinta-feira à Comissão Parlamentar de Inquérito, a que o Diário Económico teve acesso.

O relatório final da auditoria especial, a cargo da Deloitte, ainda não foi concluída, mas o supervisor enviou à CPI as conclusões preliminares do terceiro, quarto e quinto blocos da auditoria, a pedido dos deputados. No terceiro bloco, que incide sobre o acréscimo do passivo da holding Espírito Santo International (ESI) – onde se descobriu, no final de 2013, um ‘buraco’ de 1,3 mil milhões de euros – o auditor encontrou indícios de práticas que podem constituir contra-ordenações.

“No plano contra-ordenacional, os factos descritos no bloco 3 poderão ainda configurar a prática de infracção especialmente grave de gestão ruinosa em detrimento dos depositantes, investidores e demais credores, praticados pelos membros dos órgãos sociais, prevista e punida no artigo 211º, alínea 1) do RGICCF”, refere o documento.

No quarto bloco, a auditoria “confirmou” os contornos do esquema de financiamento do GES por via da colocação de obrigações do BES através da Eurofin. Este esquema, descoberto pelos auditores e pelo supervisor na segunda quinzena de Julho, causou perdas de cerca de 800 milhões de euros ao banco, que contribuíram para o prejuízo histórico de 3,6 mil milhões no primeiro semestre de 2014, que causou o seu colapso.

BES não fez análise ao risco da venda de dívida da ESI
Além disso, neste bloco foram identificados problemas na colocação de dívida da ESI, que foi vendida a clientes do BES e que ainda hoje não recuperaram os seus clientes. “A auditoria permitiu verificar que não foi realizada qualquer análise ao risco emergente, para o BES, da colocação dessa mesma dívida através dos seus balcões, designadamente o eventual risco reputacional emergente dessa actividade”, aponta.

E acrescenta: “Relativamente ao processo de aprovação de colocação do papel comercial, foram também identificadas divergências entre a informação constante das apresentações e as actas do Comité ALCO”.

A auditoria conclui ainda que o BES estava na posse de informação “suficiente” para detectar as “desconformidades” entre a situação reportada pela ESI e a sua verdadeira situação financeira, mas não identificou essa desconformidade. Ou seja, o BES tinha informação suficiente para saber que a ESI não prestava informação verdadeira, mas ainda assim vendeu dívida da holding aos seus clientes. A auditoria não refere, porém, se esta descoberta diz respeito ao período anterior ou posterior ao dia 4 de Dezembro de 2013, data em que Ricardo Salgado informou a comissão executiva do BES sobre os problemas na ESI. A partir dessa data, foi suspensa a venda de dívida da ESI a clientes do BES. Em Fevereiro de 2014, o Banco de Portugal exigiu também a suspensão da venda de dívida da Rioforte e de outras empresas do GES. A auditoria salienta ainda que a gestora de fundos ESAF foi usada para vender dívida a clientes. “Até Outubro de 2013, as carteiras dos fundos de investimento mobiliário ES Rendimento e ES Liquidez eram compostas, essencialmente, por papel comercial emitido por entidades do GES, tendo a exposição conjugada destes fundos ao GES ascendido a cerca de 2,3 mil milhões de euros em Agosto de 2013”, referem as conclusões preliminares do quinto bloco.

Gestores do GES criam empresa para assessorar falência do grupo

Terça-feira, Abril 28th, 2015

Citamos

Negócios

Caetano Beirão da Veiga e Ana Paula Alves, gestores da Rioforte, criaram empresa para prestar serviços de apoio à liquidação do GES. A Back In Line trabalhará em regime de exclusividade. O valor do contrato é sigiloso.

Caetano Beirão da Veiga, o membro da família Espírito Santo que assumiu a liderança do grupo no meio do colapso do império, e Ana Paula Alves, administradora financeira da Rioforte, criaram uma empresa de consultoria …

BES. Raio X de um terramoto

Quinta-feira, Abril 16th, 2015

Citamos

Radio Renascença (com som)

É um puzzle com muitas peças, como lhe chamou o líder da Semapa, Pedro Queiroz Pereira. Muitas deixaram de encaixar. O ex-acionista da ES Control, de onde saiu em Novembro de 2013, apercebeu-se que o Grupo Espírito Santo (GES) tinha problemas “há muitos e muitos anos”.

Não haverá, no entanto, uma data ou um acontecimento responsável pela queda do império. Foram vários. De nenhum Zeinal Bava, figura que se tornou central no caso, se apercebeu. “Ninguém pensava que o BES podia falir”.

Mas se no mundo dos negócios até podia haver conversas em surdina nos corredores, há agora a certeza de que o Banco de Portugal sabia do caso pelo menos desde Outubro de 2013. Ou seja, quase um ano antes de o banco ser “resolvido”.

Uma carta do Banco de Portugal, dada a conhecer pelo “Expresso”, endereçada ao Espírito Santo Financial Group (ESFG) mostra que o governador está preocupado com a necessidade de reforço de capital, a falta de transparência, a exposição do ramo não financeiro do GES e o emaranhado de holdings em várias jurisdições, que tornava o controlo e a intervenção difíceis.

O GES ainda tenta tranquilizar o regulador, mas a troca de correspondência com o Banco de Portugal traz novas exigências. Cada vez maiores. Está tudo documentado, mas não evitou a hecatombe.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, na última passagem pela comissão de inquérito, deixou críticas com destinatário: “Houve erros de gestão muito graves. Erros de governance nas instituições. Da auditoria, que não terá visto o que devia. Se calhar as normas deviam ter outro tipo de exigências. Se calhar a supervisão deveria ter visto mais cedo.”

Houve relatos de supostas fugas de informação, de falta de informação a accionistas e de fraqueza perante o status quo.

Mas o episódio maior será, doravante, o papel comercial. O caso promete fazer o tema manter-se por muito tempo na mira dos média. Quem tem a responsabilidade de resolver o caso? Num jogo do empurra, Carlos Costa tem chutado a responsabilidade para Carlos Tavares, bola que o presidente da CMVM devolve de seguida.

Mas o que falhou para chegarmos aqui? Havia ou não meios para actuar? Há que dar mais poder aos reguladores?

A dimensão política é uma das zonas mais nebulosas de todo o caso BES. A tese do Governo é a de que nada sabia e que quando soube já era tarde de mais.

O Executivo de Passos Coelho garante que não sabia há muito tempo dos problemas que o banco atravessava e que não se envolveu na decisão de criar um “banco bom”, o Novo Banco, e um “mau”, o BES.

A versão governamental foi sendo contrariada por alguns relatos na comissão de inquérito. Destes, sobressaiu o do presidente do BPI, Fernando Ulrich. O gestor afirmou que avisou o ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, dos problemas do GES e do BES. Estávamos “entre o final de Maio e o início de Junho de 2013”.

O líder do BPI acusou ainda o Governo de andar a jogar a roleta russa com o sistema financeiro ao validar uma solução para o BES que compromete todo o universo bancário. O vice-primeiro ministro, Paulo Portas, contra-atacou: “Não terá andado o sistema financeiro a jogar à roleta com o contribuinte português?”

A outra pergunta que fica é: e os políticos deixaram?

Serão 2.508 as pessoas que, no final de Junho de 2014, teriam 1.800 milhões de euros aplicados em papel comercial do GES.

De Norte a Sul, os lesados têm sacudido o país com protestos e invasões a dependências do Novo Banco. Muitos eram clientes com aplicações de perfil conservador cujo dinheiro foi aplicado em empresas do universo GES sem o saberem. Houve até manifestações em frente à casa do governador do BdP.

Carlos Costa lamentou-se aos deputados da fúria popular: “Eu fui apelidado este fim-de-semana de gatuno. Eu não roubei nada a ninguém”.

O ex-administrador do BES Jorge Martins admitiu, na comissão de inquérito parlamentar, que mesmo depois de ser dada ordem para travar estas operações, a 14 de Fevereiro de 2014, o BES ainda comercializou papel comercial de empresas do GES.

O caso está longe do final. Há muitas perguntas sem resposta. Onde está a provisão que o Banco de Portugal exigiu ao BES? Os clientes serão ou não ressarcidos? Quais? Com que critérios?

O que falta vender do império Espírito Santo

Segunda-feira, Março 30th, 2015

Citamos

Económico

A Rioforte vai avançar em breve com a venda da Herdade da Comporta, um dos mais emblemáticos e cobiçados activos do antigo Grupo Espírito Santo (GES). Mas a Rioforte tem em carteira outras empresas que servirão para pagar aos credores, incluindo a PT SGPS, que investiu 897 milhões de euros em dívida da holding do GES. Conheça os principais activos da holding do antigo império da família Espírito Santo, que se encontra sob a administração judicial no Luxemburgo, nas mãos do juíz Paul Laplume.

Empresas que serão vendidas:

Herdade da Comporta: será um dos activos mais cobiçados do antigo GES. A Caixa Geral de Depósitos é a principal credora do empreendimento, com um empréstimo de 100 milhões de euros, pelo que a venda da Herdade (que a Rioforte detém através do Fundo HdC e da Sociedade HdC) servirá para pagar à CGD e a outros credores.

ES Hotéis: É a subholding do Rioforte que é dona dos Hotéis Tivoli. A cadeia de hotéis está à venda, tal como os restantes activos da Rioforte. Mas a empresa não é proprietária da maioria dos hotéis que explora, sendo arrendatária de edifícios que pertenciam à ESAF e a outras empresas do GES e do BES. Em Janeiro, a antiga ESAF, hoje denominada GNB Gestão de Activos, vendeu dois hotéis e quatro edifícios arrendados pela Tivoli em Portugal, ao grupo Minor, por 168 milhões de euros. O Minor é também candidato à compra da ES Hotéis e da marca Tivoli.

Activos na América do Sul: A Rioforte tem várias empresas no Brasil, incluindo a companhia Energias Renováveis do Brasil. Tem também uma participação na construtora Monteiro Aranha e vários activos na agro-pecuária, dispersos pelo Brasil e Paraguai.

Empresas em stand by:

ES Property: A venda foi suspensa por decisão do juiz de insolvência do Luxemburgo, que considerou que as duas propostas em cima da mesa (do fundo Cerebrus e da Reach Global, de Artur Fernandes) não reflectiam o justo valor da gestora imobiliária do GES. A administração da ESP, liderada por Caetano Beirão da Veiga, procura agora viabilizar a empresa no longo prazo. A ESP, ao contrário da Rioforte, não está insolvente, mas encontra-se em PER.

Activos já vendidos:

ES Viagens: vendida à suíça Springwater em Setembro de 2014, por um valor não revelado;

ES Saúde: É o activo que gerou maior encaixe para a Rioforte. Foi vendida à Fidelidade, por 134 milhões de euros (no âmbito de uma OPA);

Outros:

Espírito Santo Financial Group: Era a holding que concentrava os negócios financeiros do GES, que incluía a participação no BES. Sediada no Luxemburgo, está também sob gestão judicial. Foi muito penalizada pela resolução do BES.

Quem cuida dos pequenos investidores?

Quarta-feira, Março 11th, 2015

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Diário Económico

António Costa

A falência do BES e as consequências na PT não revelaram apenas a crise de uma família e a regra de que não é possível enganar todos durante todo o tempo.

Esta crise confirmou, também, a falta de respeito pelos pequenos investidores, a falta de cultura de mercado, precisamente quando mais deles precisamos.

Inside Goldman Sachs’s Loan to Banco Espírito Santo

Segunda-feira, Janeiro 19th, 2015

201501

Deal Resulted From Effort by Senior Goldman Officials to Win Business With Portuguese Company

Citando

The Wall Street Journal

When Goldman Sachs Group Inc. arranged an $835 million loan to Banco Espírito Santo SA last summer, it was the result of a concerted, monthslong effort by senior Goldman officials to win business with the large Portuguese company, according to people familiar with the matter.

Today, Goldman’s embrace of Espírito Santo has come back to haunt the Wall Street giant. Weeks after Goldman arranged the loan, Banco Espírito Santo collapsed amid allegations of fraud. Goldman now is in an unusual public fight with Portugal’s central bank, which bailed out Espírito Santo, over whether the loan should be fully repaid. Anticipated losses linked to the loan took a bite out of Goldman’salready weak fourth-quarter results, the firm’s executives said last week.

And the Goldman loan is under review by Portuguese regulators, which are trying to untangle the web of financial arrangements surrounding Banco Espírito Santo at the time of its implosion, a person familiar with the inquiry said.

The situation highlights a series of missteps by the Wall Street bank.

The loan was approved by at least three Goldman committees, which are composed of senior bank executives and are designed to rigorously assess transactions for their credit risk and their potential to harm the bank’s reputation, according to people familiar with the matter. And the Bank of Portugal moved the loan toward the back of the line for repayment because Goldman last summer briefly amassed more than 2% of Banco Espírito Santo shares.

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Goldman’s involvement in the Espírito Santo saga, which The Wall Street Journal first reported in September, got under way last spring—just as the wheels were starting to come off the family-controlled business empire.

Banco Espírito Santo was looking for help in paying for a loan it had promised to Venezuela’s state oil company.

Jose Luis Arnaut, a former Portuguese government minister who Goldman had just appointed to its prestigious international-advisory board, contacted Banco Espírito Santo Chief Executive Ricardo Salgado, according to a person familiar with the approach. Mr. Arnaut offered Goldman’s help in raising money, this person said.

A Goldman partner in London, Antonio Esteves, helped pull together a team in Goldman’s securities and financing divisions to create a complicated structure to arrange the loan, say people familiar with the deal. Mr. Esteves, a Portuguese native, was known inside Goldman as the salesman with the strongest connections to Iberian banks and state-owned companies, they said.

Officials at Goldman Sachs hoped the Espírito Santo deal would pave the way for future business with the Portuguese group, people familiar with the relationship said.ASSOCIATED PRESS

Goldman and Espírito Santo eventually settled on the creation of a company, Oak Finance Luxembourg SA, to raise $835 million for Espírito Santo from Goldman and outside investors. Goldman Sachs International co-heads in London, Michael Sherwoodand Richard Gnodde, were briefed on the large transaction, according to a person familiar with it.

Oak Finance’s purpose—providing vital funding for a project aimed at increasing Venezuela’s refined-oil output—also checked off a box for Goldman as it tried to expand its relationship with the Venezuelan government, people familiar with the matter said.

Before the money was raised, Espírito Santo’s problems started intensifying. Its parent company was struggling to repay billions of euros to its creditors, including the bank and its clients. Facing potential losses, the bank was having trouble raising money from traditional market sources.

But Goldman remained enthusiastic about both the deal and Espírito Santo’s prospects. In late June, barely a month before the bank’s collapse, Mr. Arnaut told a Portuguese radio station that “BES is a profoundly stable bank.” He added that Mr. Salgado, who had announced plans to resign, “was leaving a robust bank with capital and credibility.”

Messrs. Arnaut and Esteves didn’t respond to requests for comment.

Funds from the $835 million loan were released on July 3, providing the bank with vital financial help.

Goldman officials hoped the Oak Finance deal would pave the way for future business with Espírito Santo, people familiar with the relationship said. Following Mr. Salgado’s departure, Mr. Esteves and other Goldman’s bankers unsuccessfully sought work advising Espírito Santo on ways to stay afloat, these said.

Goldman, meanwhile, was buying Banco Espírito Santo shares. Regulatory filings show Goldman amassed 2.27% of the bank’s shares as of July 15. It looked like a vote of confidence in the Portuguese bank, whose shares rallied 20% on July 23, the day the holdings were disclosed.

When Banco Espírito Santo was bailed out and broken up in early August, Goldman wrote to the Bank of Portugal to confirm that the Oak Finance debts would be transferred to the surviving part of the bank, known as Novo Banco, where the loan stood a good chance of repayment. A Goldman spokeswoman said the central bank provided those assurances. A Bank of Portugal spokesman denied that.

Goldman said it had managed to sell some of its exposure to the Oak Finance loan to investors, including pension funds.

On Dec. 23, Novo Banco made a surprise announcement: The Bank of Portugal had informed it that Oak Finance would remain in the “bad bank” that the central bank is winding down, virtually guaranteeing the loan won’t be fully repaid. The reason: A Portuguese law passed in August said that anyone owning more than 2% of a bailed-out bank’s shares must go to the back of the line for any debt repayments. Goldman’s 2.27% shareholding in July triggered that provision retroactively, the Bank of Portugal concluded.

The decision stunned Goldman executives, who learned of it only when they read it in the Portuguese media on Christmas Eve, according to a person familiar with the matter. Goldman disputed the Bank of Portugal’s legal interpretation, noting that it was buying the shares for clients, not for the bank’s own account. In a statement, Goldman accused the Bank of Portugal of breaking its word and warned that the decision would hurt the pension funds that bought Oak Finance debt.

In any case, the decision meant Goldman was likely to absorb sizable losses and prompted the bank to lower the size of some employees’ bonuses.

Last week, discussing Goldman’s fourth-quarter results, Chief Financial Officer Harvey Schwartz said a loss from the Oak Finance securities made a small dent in its trading division’s results. He said Goldman remains in “active dialogue” with the Bank of Portugal.

—Justin Baer contributed to this article.

Write to Margot Patrick at margot.patrick@wsj.com and Patricia Kowsmann at patricia.kowsmann@wsj.com

(Fim de citação)