Citamos
O fundo que representa os lesados do Banco Espírito Santo (BES) avançou no dia 28 de março com 58 ações judiciais, no valor global de 30 mil milhões de euros, contra um conjunto de antigos gestores do banco falido e do Grupo Espírito Santo (GES), bem como antigos membros dos órgãos de fiscalização que responsabiliza pela queda da instituição em 2014, revelou ao Jornal Económico fonte próxima ao processo.
Na lista dos visados que o fundo dos lesados responsabiliza pela queda do BES, que consta do portal Citius, estão todos os administradores executivos e não executivos do BES, incluindo Ricardo Salgado, Amílcar Morais Pires, Joaquim Góis, António Souto, Rui Silveira, José Manuel Espírito Santo e Rita Cabral. Somam-se ainda antigos gestores da ESI e Rioforte como António Ricciardi, Bernardo Moniz da Maia, Patrick Monteiro de Barros, José Castella (o controller financeiro do GES), Rui Patrício e Francisco Machado da Cruz, o contabilista da ESI. E também os ex-gestores do Best e do Banco Espírito Santo Açores (BAC).
“As acções de responsabilidade solidária deram entrada na quinta-feira, 28 de março, no Juízo Central Cível de Lisboa”, revelou ao Jornal Económico fonte próxima do Fundo de Recuperação de Créditos de clientes do BES, o veículo que foi criado para indemnizar os dois mil lesados do banco falido.
Segundo a mesma fonte, “os réus foram membros dos conselhos de administração e dos órgãos de fiscalização da ESI, Rio Forte, BES, BEST e BAC nos períodos de 2011 a 2014”, dando conta que o valor individual de cada acção é de 514,2 milhões de euros (valor das perdas dos lesados em papel comercial da ESI e Rioforte, mais juros).
Para uma segunda fase estão previstas mais acções contra os auditores (KPMG e EY), o antigo banco de investimento da família Espírito Santo (BESI) – actual Haitong -, bem como pedidos de indemnização a seguradoras estrangeiras, por via dos seguros contratados pelos gestores do BES.