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João Salgueiro diz que a venda do Novo Banco à Lone Star é “inexplicável”

Segunda-feira, Maio 22nd, 2017

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Negócios com som

João Salgueiro, ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos, critica o processo de venda do Novo Banco e acusa a União Europeia de estar “a criar bancos muito grandes, intencionalmente, e poucos”. 

Na Conversa Capital, um espaço de entrevista conjunto entre o Negócios e a Antena 1,  o economista João Salgueiro afirma que ao serem alterados os pressupostos de venda do Novo Banco haveria a possibilidade de surgirem outros candidatos.

A CGD apresentou um prejuízo de 39 milhões. É bom ou mau?

Não conheço esse número. Não é muito. Para nós, na altura, quando lá estava, o problema era outro. Tínhamos resultados fortemente positivos todos os anos. Mas o contexto agora é muito diferente. Tem uma coisa que eu não percebo como é que se aceita. Foram impostas pelas autoridades europeias condições mais gravosas à Caixa do que se está a impor a um cliente estrangeiro que vem agora cá comprar um banco e que ainda recebe dinheiro para o comprar, no fundo, é uma oferta com bónus. E a União Europeia facilita isso e dificultou a vida à Caixa.
 
Está a falar da venda do Novo Banco à Lone Star?

Claro, toda a gente fala. Não percebo como é que o Governo ainda não explicou bem o que se passa. Acham possível o que aconteceu? Foram buscar o doutor Vítor Bento e convidaram-no para viabilizar o banco. Ele disse que existia lá gente capaz, mas que gostava de levar duas pessoas, o doutor João Moreira Rato e o doutor José Honório. Foi-lhe dada essa possibilidade, fez a equipa e na semana seguinte é chamado ao Banco de Portugal para lhe dizerem que tinha de vender o Novo Banco duas semanas depois. Ele foi-se embora, claro. É possível viabilizar um banco em semanas? O doutor Horta Osório viabilizou o Lloyds em oito anos. Como é que a gente quer uma coisa que sabe que é inviável?
 
Acha que foi uma má decisão vender?

Acho que é uma decisão inexplicável, que precisava de ser explicada.

“A União Europeia gostava de acabar com todos os bancos portugueses.”
 
Ainda não está concretizada, também.Não sei. Não sei se está, se não está. Dizem-me que já estava concretizada há muito tempo. Ainda antes de o concurso estar aberto.

Inexplicável porquê?

A teoria da negociação. Se eu aprendi alguma coisa em Stanford não foi na economia, porque isso a gente cá tinha um bom ensino, nem em contabilidade, nada disso, foi nas ciências comportamentais. Porque eles davam muita importância à informação dentro da empresa, aos accionistas e à teoria da negociação.

Não é negociação.

Não é negociação. É uma imposição e deixámos chegar a esse ponto. Temos de acabar a negociação naquele dia. E só havia um concorrente. Já não é concorrente.

A verdade é que não apareceu mais nenhum candidato.

Não é verdade, mas isso tem de ser explicado. Pode ser verdade, mas até agora não foi.

Aquilo que se sabe é que se falou do Santander, do BPI, etc., foram todos caindo pelo caminho e sobraram dois fundos de investimento norte-americanos e uma empresa chinesa, o Minsheng, que se desvaneceu pelo caminho. Portanto, o caminho era muito estreito.

Nestas condições em que foi vendido… era obrigatório vender 100%. O Estado teve de lá ficar com 25%. Não haveria garantias. Quantas garantias foram dadas para ficarem com o banco? Quantos milhares de milhões de euros é que estão na garantia?

O que está a dizer é que, com as alterações entretanto introduzidas no contrato, haveria outros interessados?

Não sei se haveria, mas havia toda a probabilidade de haver. Toda a probabilidade.

Deveriam também os outros chegar à fase de negociação e ter sido possível manter essas condições?

Ou abrir uma nova rodada. Não sei quem me mandou, mas duas pessoas meteram-me na caixa do correio as regras do concurso, não sei quem foi, e não era a mesma pessoa porque eram envelopes diferentes, com intervalos de três semanas, e as regras  diziam coisas que não foram cumpridas.

“Com aquele bónus que se dá à Lone Star não haveria mais concorrentes ao Novo Banco?”
É do interesse público saber o que aconteceu.É do interesse português, público e privado. Temos a certeza de que com metade daquele bónus que se dá à Lone Star não haveria mais concorrentes? Eu não tenho. Porque é que não foram publicadas já as condições do acordo? Se calhar porque ainda estão a ser afinadas, e eu acho bem que assim seja, como disse não está 100% fechado, há um mal-estar grande na banca nessa matéria, porque os bancos vão estar a financiar um concorrente que ainda tem um bónus para estar em Portugal.

É um mal-estar silencioso?

Não é silencioso nada. Foi expresso publicamente nas reuniões com o Governo, tanto quanto sei.

E pela Associação Portuguesa de Bancos.

Não sei. Se foi individualmente por cada um ou se foi em conjunto. Mas não é agradável ficar 30 anos a pagar para um concorrente que parte à partida com vantagem.

Como é que a União Europeia aceita?

A União Europeia tem uma política inaceitável em matéria de união bancária. Se me explicar qual é a teoria económica que justifica que para haver mais concorrência é preciso haver menos concorrentes, e que sejam de grande dimensão, eu gostava de saber onde é que isso está explicado. Como é que a concorrência melhora com poucos concorrentes e de grande dimensão? Quando foi a crise americana, toda a gente estava de acordo que era preciso evitar o “too big to fail”, bancos muito grandes não é bom. O que a União Europeia está a fazer é criar bancos muito grandes, intencionalmente, e poucos.

Ou seja, a União Europeia também não quis ficar com este problema em mãos porque eventualmente trazia alguma novidade.
A União Europeia gostava de acabar com todos os bancos portugueses, penso eu, quanto muito ficava a Caixa. E tudo o que é aparente mostra isso. Já no Banif foi assim.

“A Direcção-geral da Concorrência europeia é uma direcção-geral anticoncorrência que está a adoptar práticas nesse sentido. Não querem lidar com muitos bancos.”

Defensores da “reconfiguração da banca” não querem venda apressada do Novo Banco

Quinta-feira, Junho 30th, 2016

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Negócios

No dia em que chega ao fim o prazo para a entrega de propostas de compra do Novo Banco, a comissão para a reconfiguração da banca defende que se espera para valorizar a instituição.

Sem alienação do Novo Banco à pressa. Tempo para recuperar valor. Sem intervenção da Europa nos novos donos do banco. Estes são três pontos de defesa dos promotores do manifesto que pede uma reconfiguração da banca portuguesa para a solução da instituição financeira herdeira do Banco Espírito Santo.

Uma venda apressada do Novo Banco “implicaria necessariamente um valor baixo e um prejuízo significativo para os contribuintes e sistema bancário nacional, sem que outras hipóteses de solução tivessem sido devidamente consideradas”, indica a comissão, de que o ex-ministro das Finanças João Salgueiro (na foto) é um dos principais promotores, como uma das concluídas retiradas do colóquio que se realizou na quarta-feira, 29 de Junho, em Lisboa.

Esta quinta-feira, 30, chega ao final o período para a entrega de propostas para a compra do Novo Banco na venda a investidores estratégicos. Há seis entidades na corrida: BPI, BCP, Santander, Apollo e ainda os gestores de fundos Lone Star e Centerbridge.

“Os bancos portugueses, tal como sucedeu na grande maioria dos bancos europeus, necessitam de tempo para se recapitalizar e valorizar”, indicam ainda as conclusões retiradas pela comissão promotora da “Reconfiguração da Banca em Portugal”, herdeiro do inicialmente chamado manifesto contra a espanholização da banca.

O Banco de Portugal tem um plano B para o caso de o plano inicial (que também ele já não está intacto porque a venda em bolsa ficou em suspenso – com o argumento do Brexit – ficando apenas em vigor a alienação a investidores estratégicos). Esse plano é retomar a venda em bolsa, sim, mas apenas após o Verão.

E não é apenas o Novo Banco mas também a Caixa Geral e o BCP que levantam preocupações aos promotores da reflexão sobre a composição accionista da banca: “Estes bancos, sendo essenciais ao financiamento da economia portuguesa, não podem ficar expostos à lógica pura do actual método de resolução bancária, nem as suas estruturas accionistas serem definidas pelas autoridades comunitárias”.

Sobre a Caixa Geral de Depósitos, na conferência de ontem, João Salgueiro disse que eram necessárias “linhas vermelhas” na negociação da capitalização do banco público com a Comissão Europeia. “Compete às entidades nacionais, nomeadamente ao Governo Português, a escolha do sistema accionista mais apropriado para a banca nacional.  As entidades nacionais deverão defender junto da Comissão Europeia e do BCE a necessidade de ser alcançado um sistema bancário diversificado, nomeadamente em termos das origens do capital, como forma de se acautelar, a médio e longo  prazo, o financiamento desejável às empresas portuguesas”.

No comunicado emitido esta quarta-feira, os promotores da comissão (que envolve Miguel Beleza, Bagão Félix e Rui Rio) também criticam o novo modelo de resolução bancária – tal foi tema na conferência.

No colóquio, em que intervieram também o banqueiro Mira Amaral e Manuel Sebastião (que citou Camões para falar do tema), estiveram cerca de 30 participantes, entre os quais o antigo presidente do Banif, Jorge Tomé. Aliás, uma das preocupações da comissão é que um caso como a resolução do banco fundado por Horácio Roque, “em que o banco foi perdendo valor e se penalizaram os contribuintes portugueses e restantes bancos no sistema”, não se volte a repetir.

Salgueiro: Há uma estratégia para desvalorizar os bancos portugueses

Quarta-feira, Junho 8th, 2016

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Económico

Antigo ministro das Finanças reuniu-se com o líder da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

O antigo vice-governador do Banco de Portugal, João Salgueiro, considerou hoje que há uma estratégia para desvalorizar os bancos portugueses por parte de investidores que estão interessados em reforçar ou entrar no seu capital.

João Salgueiro reuniu-se hoje com o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, para apresentar formalmente o manifesto Reconfiguração da Banca em Portugal – Desafios e Linhas Vermelhas, de que é um dos promotores.

À saída, em declarações à Lusa, o também antigo ministro das Finanças de Francisco Pinto Balsemão disse que, no encontro, foi referida a necessidade de ser assegurado que o sistema financeiro põe “a escassa poupança portuguesa ao serviço do crescimento e do emprego em Portugal”, isto tendo em conta o receio de que “accionistas estrangeiros não contribuam de forma activa” para isso.

Também o caso da resolução do Banif foi abordado neste encontro, com João Salgueiro a considerar que Portugal funcionou “como cobaia” para o novo esquema de resgate a nível europeu.

Além de Salgueiro, o manifesto é assinado por personalidades como Manuela Ferreira Leite ou António Bagão Félix e defende um pensamento estratégico sobre o futuro da banca em Portugal, considerando ainda que é urgente combater o excesso de dirigismo das autoridades europeias e impedir que os capitais dos bancos sejam controlados por um único país estrangeiro.

Quanto a assuntos que estão na ordem do dia no sistema financeiro, caso da significativa desvalorização recente das acções do BCP, João Salgueiro considerou que isso demonstra que “há muito interesse pelo BCP e que há uma estratégia para fazer perder valor ao banco”.

Aliás, afirmou, é genérica “a estratégia de desvalorizar os bancos portugueses antes de serem vendidos”.

As ações do banco BCP avançaram hoje em bolsa 15,38% para 0,0255 euros (2,5 cêntimos), após oito sessões consecutivas negativas, isto numa altura em que se fala num eventual aumento de capital no banco e do seu interesse em adquirir o Novo Banco.

Quanto à Caixa Geral de Depósitos (CGD), o economista disse esperar que seja ultrapassado o problema de uma injeção de capital pelo único acionista, o Estado, e que o importante é que os capitais que sejam investidos “sejam bem utilizados” com “critérios exigentes e orientados para prioridades de Portugal”.

Sobre a sua entrevista à Antena 1, em que disse que haverá mais três bancos na linha de resgate, referindo então o BCP, a Caixa Geral De Depósitos (CGD) e “um banco mais modesto”, João Salgueiro esclareceu hoje que o que quer dizer é que se “não for resolvido a tempo o problema dos bancos, que esses ficam na fila de espera para resgate”.

Salgueiro criticou ainda eventuais intenções do Banco Central Europeu (BCE) de forçar uma consolidação na Península Ibérica, considerando que – a existir – essa intenção é uma “tontice”, uma vez que bancos grandes de mais são mais difíceis de regular, supervisionar e controlar – o conhecido ‘too big too fail’ – e, além disso, é importante que “haja mais entidades a concorrer” para fomentar a competição.

Quanto ao processo de venda do Novo Banco, repetiu que o importante é que “nenhum banco seja vendido à pressa” porque isso “tira valor” à instituição, e que se evitem situações como a do Banif, que “foi vendido a preço de saldo”.

 

João Salgueiro defende que Portugal não deve ser “cobaia” da União Bancária

Quarta-feira, Maio 18th, 2016

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Público

O ex-presidente da APB comparou a intervenção de instâncias europeias ao impacto da descolonização: “Se não se encontram as soluções a tempo, depois é uma debandada e vamos pagar os custos durante décadas”.

Ou Portugal toma as rédeas dos seus problemas bancários e não se permite ser “cobaia” da União Bancária europeia, ou o país vai andar a pagar os custos durante décadas. O aviso foi feito nesta quarta-feira pelo ex-presidente da Associação Portuguesa de Bancos, João Salgueiro, à saída de uma audiência com o Presidente da República a propósito do manifesto Reconfiguração da Banca em Portugal — Desafios e Linhas Vermelhas.

Este documento, assinado por ex-governantes, políticos, economistas e empresários, defende uma maior autonomia face ao Banco Central Europeu, mais adequação às necessidades das empresas portuguesa e – numa altura em que a expressão “espanholização da banca” entrou no discurso público – argumenta contra “a dependência de um muito escasso número de bancos de um país estrangeiro”.

“É preciso alertar a tempo que qualquer solução para algum caso que haja para outros bancos [no futuro] deve ser feita antes de entregarmos a mão às instâncias europeias”, alertou o economista e antigo ministro das Finanças, já depois de ter criticado o “mau exemplo da solução para o Banif”.

Avisando que existem “vários tipos de problemas que têm de ser resolvidos a tempo”, subiu o tom. “O custo de entregar soluções às instâncias europeias é muito grande. É uma solução muito semelhante à descolonização: se não se encontram as soluções a tempo, depois é uma debandada e vamos pagar os custos durante décadas”.

João Salgueiro não foi explícito, nem sobre o Banif, nem sobre os problemas que antevê. Mas são conhecidas as preocupações dos subscritores do manifesto contra a “espanholização” da banca portuguesa, devido à orientação do Banco Central Europeu de favorecer a concentração e promover a criação de mega bancos comunitários. No caso de Portugal, a orientação é a venda a grupos espanhóis. Foi o que aconteceu com o Banif.

“O caso Banif foi pouco explicado e, na comissão de inquérito, as opiniões sobre o que aconteceu não são as mesmas por parte do Banco de Portugal, do Governo e das instâncias europeias. É estranho”, considerou. João Salgueiro subscreve mesmo as opiniões dos que dizem que o Banif “foi vendido em saldo”. Ou até mais: “Um dos participantes disse mesmo que, mais do que uma venda, foi uma oferta”.

Criticando a falta de transparência nesse processo, lembrou que havia uma operação em curso – um concurso público de venda do Banif que recebeu propostas, algumas mais favoráveis do que foi fechada, como a da americana Apollo e até a inicialmente formulada pelo Santander – e “acabou por ficar só uma [proposta]”, tendo sido excluídas as restantes “com argumentos diferentes”. “A uma dessas entidades foi dito que não podia comprar em Portugal, mas acabou por comprar na Estónia, que é o mesmo espaço europeu”, acrescentou.

Mais tempo para venda do Novo Banco

Outro caso que correu mal, mas que João Salgueiro e os subscritores do manifesto esperam que ainda se possa arrepiar caminho, é o do Novo Banco. “É preciso que nos dêem tempo para resolvermos os problemas dos bancos e poder vendê-los pelo valor justo e que assegure o futuro”, defendeu.

Nada que não aconteça noutros países: “Há bancos europeus – como o Barclays ou o Royal Bank of Scotland – que estão a ser viabilizados ao longo de anos e só são vendidos quando têm o valor adequado, como aconteceu com bancos suecos. Não estamos a falar de nenhum problema que fosse muito difícil de fazer em Portugal”, sublinhou.

João Salgueiro afirmou que o Presidente da República “está muito bem informado” e “compartilha muitas das preocupações”. Sobretudo com o avanço de algumas soluções europeias: “As regras da União Bancária ainda não estão testadas e o primeiro caso onde estão a ser aplicadas é em Portugal”, lamentou João Salgueiro. “A nossa vocação para cobaia não é muito encorajadora”. Com Cristina Ferreira

Salgueiro volta atrás: afinal não há três resgates a caminho

Sábado, Maio 7th, 2016

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Económica

Depois de ter falado em novos resgates na banca, ex-presidente da APB explica que todos os cenários são diferentes.

 

As declarações de João Salgueiro, ex-presidente da APB e da CGD, à Antena 1, caíram como uma bomba, depois de ter falado na possibilidade na mais bancos portugueses poderem ser alvo de uma resolução. No entanto, esta tarde, Salgueiro explicou melhor o que queria dizer, e defende que todos os casos são diferentes e não exigem uma resolução.

Pode haver “mais três bancos na linha para serem resgatados”, afirmou Salgueiro inicialmente. Depois do alerta do Banif “que devia ter sido muito melhor explicado” e o Novo Banco “pode haver o caso do BCP, da Caixa e de um banco mais modesto e que pode ficar caríssimo também” para os contribuintes portugueses. Mais tarde, em declarações ao “Dinheiro Vivo”, foi mais específico: “Os três casos são diferentes, não são todos um resgate. São três bancos em linha para acontecer o mesmo que ao Banif”, que foi intervencionado, ressalva João Salgueiro.

Pelo seu discurso posterior percebe-se um recuo, uma maior cautela, traçando cenários diferentes para cada instituição. “No caso da Caixa Geral de Depósitos pode ser preciso um aumento de capital. Capitalizar a Caixa é uma obrigação mas não se pode discriminar o banco em função do seu acionista [o Estado]”. No limite, Bruxelas pode dizer que um aumento de capital “confere um auxílio de Estado”, como aconteceu com o Banif. No caso do Novo Banco, “é preciso tempo” — não deve ser vendido à pressa. Já sobre o BCP, João Salgueiro diz que este é “um caso que estaria interessado em aumentar de dimensão”, embora esteja com limitações impostas por Bruxelas.

Também em declarações posteriores à TVI, João Salgueiro lembrou que há cenários diferentes para cada banco, mas não deixou de dizer que todas as instituições que focou têm problemas, ainda que distintos.

João Salgueiro diz que Novo Banco devia ser nacionalizado e depois vendido

Sexta-feira, Maio 6th, 2016

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SIC com som

João Salgueiro, o antigo Presidente da Associação Portuguesa de Bancos diz que o Novo Banco é um problema demasiado sério. Salgueiro considera que o banco devia ser nacionalizado e depois vendido.