Arquivo para a categoria ‘Resgate/Bailout’
Terça-feira, Maio 17th, 2016
Citamos
Económico Entrevista Eduardo Catroga
Eduardo Catroga não concorda com a criação de um ‘banco mau’ e é de opinião que se deve tentar negociar uma solução para a banca portuguesa “financiada, essencialmente, por dinheiros europeus”.
O economista e gestor rejeita que sejam os contribuintes a pagar os problemas do sistema bancário. Em entrevista ao Económico e à Antena 1, entende que o que vai salvar a banca “são modelos de negócio adequados ao novo contexto competitivo”. O antigo ministro das Finanças admite que a situação é complicada no sistema bancário nacional, mas diz que “a fusão nunca pode ser um instrumento de salvação, como a criação de um ‘banco mau’ nunca pode ser um instrumento de salvação”. Em termos de futuro, afirma que, quaisquer que sejam as fórmulas encontradas para a banca, haverá que ter em conta “os custos para os contribuintes, o respeito pelas regras da concorrência” e também o cuidado de “não haver uma maior concentração de risco-país no nosso sistema bancário”.
Do seu ponto de vista, quem é que tem responsabilidade pela resolução do Banif?
O resgate do Banif é uma história que penso que nem o inquérito parlamentar em curso vai esclarecer. Porque o inquérito parlamentar tem variáveis políticas que vão impedir um completo esclarecimento dos factos. Foi pena a Assembleia da República não ter seguido a via que eu e outros sugerimos, no sentido de haver uma auditoria externa independente, até com auditores fora do contexto português, para que, de uma vez por todas, soubéssemos quais eram os factos e pudéssemos apurar a verdade.
Mas, do seu ponto de vista, quem é que tem responsabilidade?
Estranho que o Estado tenha visto, salvo erro, sete programas de reestruturação chumbados pela Direcção-Geral da Concorrência europeia, ao longo de dois anos, e como accionista principal não tenha tomado acções activas.
O Estado devia ter nacionalizado o Banif?
Não. Hoje, olhando para a História, penso que o Estado fez mal em ter nacionalizado o BPN, como fez mal em ter entrado no capital do Banif, porque não eram bancos sistémicos.
O BPN e o Banif são histórias diferentes e há quem diga que sairia mais barato aos contribuintes se o Banif tivesse sido nacionalizado?
Não tenho essas contas e gostaria de ver as avaliações das várias alternativas. O que sei é que o accionista Estado e o Estado poder político, em conjugação com o poder regulador, não souberam gerir Bruxelas, incluindo a Direcção-Geral da Concorrência, no sentido de ver aprovado um programa de reestruturação. Por outro lado, a DG Comp deixou apodrecer o assunto e o Governo também só raciocinou politicamente. O risco de se aplicarem as novas regras de resolução, a partir de 2 de Janeiro de 2016, levou o Governo a pensar que, politicamente, era mais conveniente vender o Banif a trouxe-mouxe. Não me quero antecipar aos juízos políticos e técnicos em curso, mas vejo responsabilidades várias que ainda não estão devidamente esclarecidas e uma solução construída na secretaria e não no mercado.
Também com o Banco de Portugal. Não foi só o Governo?
O Governo, o Banco de Portugal, no fundo, as autoridades portuguesas, face a Bruxelas e ao desenvolvimento de todo esse processo e ao facto de não terem querido actuar antes de 31 de Dezembro, foram levadas, em estado de necessidade, a aceitar uma solução muito má para os contribuintes portugueses. Daí ter subscrito o manifesto em relação a um conjunto de preocupações estratégicas ligadas ao processo decisório para a reconfiguração da banca. Já tive oportunidade de dizer que estamos em mercado, temos regras de concorrência, temos regras da União Europeia e que há que respeitar essas regras, mas não podemos ser ingénuos ao ponto de aceitarmos que haja situações pré-configuradas. Portanto, em relação aos casos que ainda temos para resolver, nomeadamente o Novo Banco, penso que não se deve repetir o mesmo processo do Banif e que o Novo Banco tem de vir a ser objecto de uma solução transparente, em que pode haver soluções mais definitivas ou mais transitórias, mas que tenham presentes alguns parâmetros fundamentais: os custos para os contribuintes, o respeito pelas regras da concorrência e não haver uma maior concentração de risco-país no nosso sistema bancário.
Capitais estrangeiros?
Com certeza.
Podem ser espanhóis?
Não tenho nada o capital espanhol, angolano, francês ou alemão. O que digo é que o nosso sistema bancário deve diversificar riscos. E nessa diversificação de riscos deve procurar ter uma estrutura accionista diversificada quanto à origem dos capitais. Porque se tivermos, numa grande concentração de investidores da indústria bancária, um risco muito concentrado relativamente a um dado país, se existirem problemas na estrutura bancária desse país, repercutir-se-ão imediatamente em Portugal.
É o ‘banco mau’ que vai salvar a banca nacional?
Não. O que vai salvar a banca nacional é continuar com o processo de saneamento dos balanços, de reforço dos capitais e a banca não repetir, no futuro, os mesmos erros de gestão estratégica e operacional que cometeu no passado. Portanto, o que vai salvar a banca não são medidas administrativas, o que vai salvar a banca são modelos de negócio adequados ao novo contexto competitivo, a médio e longo prazo, no sentido de aumentar a sua eficiência estratégica e a sua eficiência operacional.
E fusões, também?
As fusões, normalmente, são um meio para alcançar um objectivo. Diria que se somamos duas coisas más, dá uma coisa má. Isto é, se fusionarmos dois bancos maus, temos um banco mau. Quando se faz uma fusão, seja no sector bancário, químico, eléctrico ou em outro qualquer sector, é para explorar sinergias e para criar uma entidade mais forte, com maior eficiência estratégica e operacional, numa óptica de médio e longo prazo. Portanto, a fusão nunca pode ser um instrumento de salvação, como a criação de um ‘banco mau’ nunca pode ser um instrumento de salvação.
Porquê?
Os ‘bancos maus’, olhando para as experiências históricas, apareceram em crises bancárias ligadas ao imobiliário nos países nórdicos.
Mas também em Espanha e na Irlanda…
Apareceram em Espanha e na Irlanda no momento zero. Digamos que a Irlanda teve um problema que implicou assistência financeira que era não era concentrado nas finanças públicas ou no endividamento externo do país, mas no sector bancário. O governo irlandês achou por bem que quem pagaria os custos da especulação bancária gerada no país deviam ser os accionistas e os contribuintes. Foi uma opção. Na altura, tinham margem de manobra para fazer isso. Na Islândia foi diferente. O governo islandês também tinha um problema concentrado no sistema bancário, mas deixou falir os bancos, nacionalizou-os e depois vendeu-os. Os contribuintes não suportaram nenhum custo. Quem suportou os custos foram os credores e os accionistas. Na Europa, olhamos para o modelo francês, o modelo inglês, o modelo espanhol e vemos soluções mistas, entre accionistas a suportar custos e alguns credores e contribuintes também a suportar custos das crises bancárias. Portanto, aqui, neste momento, temos soluções diferenciadas banco a banco. A Caixa é um determinado tipo de problema…
O ‘banco mau’ é uma solução à medida da Caixa?
Não estou a dizer isso. Mas a Caixa é um determinado tipo de problema. O BCP está a fazer o seu caminho, o BPI parece que fez o seu caminho e o Novo Banco também parece que fez o seu caminho. Agora fazer um ’bad bank’ à custa dos contribuintes: Não, obrigado. Se for possível negociar uma solução financiada, essencialmente, por dinheiros europeus, porque não? Dentro de certos limites e respeitando o princípio da igualdade concorrencial, por forma a que não haja benefício do infractor, isto é quem esteja atrasado no processo de limpeza dos balanços.
Está a falar de dinheiros europeus?
Se houvesse um fundo de compra de créditos duvidosos ao sistema bancário, financiado a longo prazo, essencialmente com dinheiros do fundo de estabilização financeira…
E isso é possível?
Foi possível no caso espanhol, embora tenha tido o aval do Estado e parece que até não está a perder muito dinheiro com isso. Foi uma solução de engenharia financeira que conseguiu isolar o problema e libertar mais rapidamente os bancos espanhóis dessa carga histórica negativa.
Está a pôr a hipótese de mais bancos terem de ser resgatados?
Não. O que estou a dizer é que há soluções diferenciadas quanto ao grau de atingimento do objectivo de solução do problema das imparidades no sistema bancário. Todos os bancos têm casos diferentes. É possível encontrar um modelo? Os italianos encontraram uma solução semi-engenhosa que estamos para ver o que vai dar. Quando a ‘troika’ veio e houve 12 mil milhões de euros afectos ao sistema bancário, podia ter-se optado, nessa altura, por um veículo que assumisse esse dinheiro e que tivesse comprado crédito duvidoso ao sistema bancário.
Mas não se fez.
Não foi feito, até por reacção dos próprios bancos. E o contexto também era outro. Agora, acho que perdemos a oportunidade.
Destaques
“O resgate do Banif é uma história que penso que nem o inquérito parlamentar em curso vai esclarecer”
“O Estado fez mal em ter nacionalizado o BPN, como fez mal em ter entrado no capital do Banif, porque não eram bancos sistémicos”
“O risco de se aplicarem as novas regras de resolução, a partir de 2 de Janeiro de 2016, levou o Governo a pensar que, politicamente, era mais conveniente vender o Banif a trouxe-mouxe”
“Vejo responsabilidades várias que ainda não estão devidamente esclarecidas e uma solução construída na secretaria e não no mercado”
“O nosso sistema bancário deve diversificar riscos”
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Sábado, Janeiro 9th, 2016
Citamos
Diário de Notícias
Capitalizar Novo Banco com obrigações seniores e não subordinadas foi “péssimo começo” do regime para evitar falências de bancos, criticam
Os investidores colocaram o Banco Central Europeu (BCE) “sob fogo” por este ter permitido a Portugal perdas de perto de 2 mil milhões de euros em obrigações não subordinadas (seniores) do Novo Banco, noticia hoje o Financial Times (FT).
A 29 de dezembro, o Banco de Portugal anunciou a passagem para o ‘banco mau’, BES, das obrigações não subordinadas ou seniores destinadas a investidores institucionais (como fundos de investimento, públicos ou privados) que ficaram no Novo Banco aquando do resgate BES, em agosto de 2014.
Com esta medida – que reverteu a que tinha sido tomada após a resolução do BES, quando o Banco de Portugal decidiu não imputar perdas aos credores seniores passando a dívida não subordinada do BES para o Novo Banco -, o capital do Novo Banco foi reforçado em 1.985 milhões de euros, permitindo-lhe assim cumprir as exigências regulamentares.
De acordo com o FT, com esta medida aplicada em Portugal, os investidores consideram que o novo regime europeu para evitar a falência de bancos fez um “péssimo começo”.
Os investidores têm denunciado e reclamado esta medida, ameaçam com ações judiciais, alegando que está a ser violado o princípio da igualdade de tratamento para proteger os detentores de títulos da mesma classe.
“Estão a dar um sinal de que os direitos de propriedade e o estado de Direito em Portugal não são respeitados”, considerou o responsável da Pimco, um dos maiores investidores de dívida do mundo, Philippe Bodereau e detentor de algumas das obrigações em causa.
Para o responsável, o que é “ainda mais preocupante” foi autorizado em Portugal debaixo da vigilância do BCE, depois de este ter concluído em novembro de 2015 que o Novo Banco era viável.
De acordo com o FT, o BCE escusou-se a comentar este caso, mas uma fonte próxima do banco central garantiu que Portugal se regeu pela legislação nacional em vigor e, por isso, não foi pedida qualquer aprovação ao BCE para realizar esta operação.
“Não é claro que o BCE tenha aprovado este plano, mas o facto de ele ter sido permitido deveria alarmar os emissores de financiamento e capital do sistema bancário da zona euro”, disse Bodereau.
Para o responsável, a situação levanta ainda “sérias dúvidas” sobre se outras entidades portuguesas são investimentos seguros e levanta igualmente questões relativas a “outros bancos periféricos na Europa, que não estão exatamente em grande forma”.
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Segunda-feira, Janeiro 19th, 2015
201501
Deal Resulted From Effort by Senior Goldman Officials to Win Business With Portuguese Company
Citando
The Wall Street Journal
When Goldman Sachs Group Inc. arranged an $835 million loan to Banco Espírito Santo SA last summer, it was the result of a concerted, monthslong effort by senior Goldman officials to win business with the large Portuguese company, according to people familiar with the matter.
Today, Goldman’s embrace of Espírito Santo has come back to haunt the Wall Street giant. Weeks after Goldman arranged the loan, Banco Espírito Santo collapsed amid allegations of fraud. Goldman now is in an unusual public fight with Portugal’s central bank, which bailed out Espírito Santo, over whether the loan should be fully repaid. Anticipated losses linked to the loan took a bite out of Goldman’salready weak fourth-quarter results, the firm’s executives said last week.
And the Goldman loan is under review by Portuguese regulators, which are trying to untangle the web of financial arrangements surrounding Banco Espírito Santo at the time of its implosion, a person familiar with the inquiry said.
The situation highlights a series of missteps by the Wall Street bank.
The loan was approved by at least three Goldman committees, which are composed of senior bank executives and are designed to rigorously assess transactions for their credit risk and their potential to harm the bank’s reputation, according to people familiar with the matter. And the Bank of Portugal moved the loan toward the back of the line for repayment because Goldman last summer briefly amassed more than 2% of Banco Espírito Santo shares.
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Goldman’s involvement in the Espírito Santo saga, which The Wall Street Journal first reported in September, got under way last spring—just as the wheels were starting to come off the family-controlled business empire.
Banco Espírito Santo was looking for help in paying for a loan it had promised to Venezuela’s state oil company.
Jose Luis Arnaut, a former Portuguese government minister who Goldman had just appointed to its prestigious international-advisory board, contacted Banco Espírito Santo Chief Executive Ricardo Salgado, according to a person familiar with the approach. Mr. Arnaut offered Goldman’s help in raising money, this person said.
A Goldman partner in London, Antonio Esteves, helped pull together a team in Goldman’s securities and financing divisions to create a complicated structure to arrange the loan, say people familiar with the deal. Mr. Esteves, a Portuguese native, was known inside Goldman as the salesman with the strongest connections to Iberian banks and state-owned companies, they said.
Officials at Goldman Sachs hoped the Espírito Santo deal would pave the way for future business with the Portuguese group, people familiar with the relationship said.ASSOCIATED PRESS
Goldman and Espírito Santo eventually settled on the creation of a company, Oak Finance Luxembourg SA, to raise $835 million for Espírito Santo from Goldman and outside investors. Goldman Sachs International co-heads in London, Michael Sherwoodand Richard Gnodde, were briefed on the large transaction, according to a person familiar with it.
Oak Finance’s purpose—providing vital funding for a project aimed at increasing Venezuela’s refined-oil output—also checked off a box for Goldman as it tried to expand its relationship with the Venezuelan government, people familiar with the matter said.
Before the money was raised, Espírito Santo’s problems started intensifying. Its parent company was struggling to repay billions of euros to its creditors, including the bank and its clients. Facing potential losses, the bank was having trouble raising money from traditional market sources.
But Goldman remained enthusiastic about both the deal and Espírito Santo’s prospects. In late June, barely a month before the bank’s collapse, Mr. Arnaut told a Portuguese radio station that “BES is a profoundly stable bank.” He added that Mr. Salgado, who had announced plans to resign, “was leaving a robust bank with capital and credibility.”
Messrs. Arnaut and Esteves didn’t respond to requests for comment.
Funds from the $835 million loan were released on July 3, providing the bank with vital financial help.
Goldman officials hoped the Oak Finance deal would pave the way for future business with Espírito Santo, people familiar with the relationship said. Following Mr. Salgado’s departure, Mr. Esteves and other Goldman’s bankers unsuccessfully sought work advising Espírito Santo on ways to stay afloat, these said.
Goldman, meanwhile, was buying Banco Espírito Santo shares. Regulatory filings show Goldman amassed 2.27% of the bank’s shares as of July 15. It looked like a vote of confidence in the Portuguese bank, whose shares rallied 20% on July 23, the day the holdings were disclosed.
When Banco Espírito Santo was bailed out and broken up in early August, Goldman wrote to the Bank of Portugal to confirm that the Oak Finance debts would be transferred to the surviving part of the bank, known as Novo Banco, where the loan stood a good chance of repayment. A Goldman spokeswoman said the central bank provided those assurances. A Bank of Portugal spokesman denied that.
Goldman said it had managed to sell some of its exposure to the Oak Finance loan to investors, including pension funds.
On Dec. 23, Novo Banco made a surprise announcement: The Bank of Portugal had informed it that Oak Finance would remain in the “bad bank” that the central bank is winding down, virtually guaranteeing the loan won’t be fully repaid. The reason: A Portuguese law passed in August said that anyone owning more than 2% of a bailed-out bank’s shares must go to the back of the line for any debt repayments. Goldman’s 2.27% shareholding in July triggered that provision retroactively, the Bank of Portugal concluded.
The decision stunned Goldman executives, who learned of it only when they read it in the Portuguese media on Christmas Eve, according to a person familiar with the matter. Goldman disputed the Bank of Portugal’s legal interpretation, noting that it was buying the shares for clients, not for the bank’s own account. In a statement, Goldman accused the Bank of Portugal of breaking its word and warned that the decision would hurt the pension funds that bought Oak Finance debt.
In any case, the decision meant Goldman was likely to absorb sizable losses and prompted the bank to lower the size of some employees’ bonuses.
Last week, discussing Goldman’s fourth-quarter results, Chief Financial Officer Harvey Schwartz said a loss from the Oak Finance securities made a small dent in its trading division’s results. He said Goldman remains in “active dialogue” with the Bank of Portugal.
—Justin Baer contributed to this article.
Write to Margot Patrick at margot.patrick@wsj.com and Patricia Kowsmann at patricia.kowsmann@wsj.com
(Fim de citação)
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Sábado, Janeiro 17th, 2015
20150117
Jornal de Negócios

Tranquilidade e Escom. Estas são duas empresas do Grupo Espírito Santo que, em diferentes alturas, foram avaliadas pelo BES Investimento. Análises que são contestadas por várias personalidades a elas ligadas.
Primeiro foi a Tranquilidade, depois a Escom. Ambas estiveram na esfera do Grupo Espírito Santo. E ambas, em dado momento da sua vida, foram avaliadas por um dos bancos do grupo, o BES Investimento. Tais avaliações feitas pelo BESI, banco liderado por José Maria Ricciardi, foram já criticadas por várias personalidades na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.
A avaliação da seguradora foi feita no arranque do ano. Em Fevereiro, a Tranquilidade estava avaliada pelo BESI com um valor justo de 819 milhões de euros com a previsão de um valor de alienação, em 2016, de 700 milhões de euros. A estimativa tinha partido de dados fornecidos pela administração da seguradora – um dos administradores do BES, António Souto,afirmou que esses dados tinham bases “bastante ambiciosas”, contando com uma forte vertente de expansão internacional. O montante foi confirmado pela auditora PwC, defendeu-se José Maria Ricciardi na sua audição.
A seguradora Tranquilidade foi vendida pelo Novo Banco ao fundo norte-americano Apollo. Mas antes disso era do Grupo Espírito Santo. A empresa pertencia à Partran, detida totalmente pelo Espírito Santo Financial Group. Foi dada como garantia na provisão que o ESFG teve de constituir para assegurar o reembolso dos clientes do BES que tinham adquirido dívida de empresas do ramo não financeiro do GES (como a ESI e a Rioforte). “Cobrir o risco reputacional”, como resumiu Pedro Duarte Neves, na comissão de inquérito. Havia um penhor que foi executado, pelo que o BES – depois Novo Banco – herdou aquela empresa.
Contudo, a instituição presidida por Eduardo Stock da Cunha só vendeu a Tranquilidade por cerca de 200 milhões – perto 50 milhões recebidos directamente; os restantes 150 milhões serão injectados para capitalizar a empresa. 150 milhões que tinham de compensar o financiamento que a seguradora fez ao Grupo Espírito Santo (ESFG, Esfil e Rioforte) e que abriu um buraco nas suas contas.
Para além destes factos, o Instituto de Seguros de Portugal deu uma explicação, pela voz do presidente José Almaça, para a diferença do valor de venda e da avaliação feita em Fevereiro: a empresa nunca valeu 700 milhões de euros. E se tivesse sabido que era àquele valor que a Tranquilidade estava avaliada, o ISP teria avisado o Banco de Portugal que não correspondia à realidade, pelo que não poderia servir de garantia a toda aquela provisão.
Escom
Há outra questão que veio a lume na comissão parlamentar de inquérito ao BES. Neste caso, é a Escom. Luís Horta e Costa, um dos administradores desta empresa onde o GES tinha uma posição de 67%, criticou a avaliação feita pelo BESI, em 2010. Os números serão em torno de activos na ordem dos 900 milhões de euros e um passivo de perto de 300 milhões, segundo o próprio Horta e Costa. Valores que fizeram com que houvesse um acordo de venda da Escom à Sonangol na ordem dos 483 milhões de dólares – um valor confirmado pelo Banco de Portugal com base em informações que lhe foram transmitidas pelo BES.
“Achava difícil chegarmos àqueles valores. Uma avaliação difícil de sustentar. Era esticar a corda”, comentou Horta e Costa na audição da comissão de inquérito. “A avaliação do BESI para a Escom era um bocadinho salgada”. O gestor garantiu que a administração da empresa nunca foi chamada a pronunciar-se sobre a avaliação.
O BESI não respondeu ao contacto do Negócios para reagir a estas declarações. O nome de Ricciardi, que permaneceu à frente do BESI depois da venda à empresa de Hong Kong Haitong, é um dos nomes que os deputados têm dito que poderá vir a ser novamente chamado à comissão parlamentar de inquérito. Foi um dos mais activos opositores da postura de Ricardo Salgado enquanto presidente do BES nos últimos anos.
(Fim de citação)
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Sábado, Janeiro 17th, 2015
20150117
Citando
Sábado
Os investigadores passaram nove horas na sede do Grupo. Na cave, encontraram oito caixas com a indicação “documentação para destruir”.
Eram 9h45 do dia 27 de Novembro quando o procurador Rosário Teixeira entrou na sede do Grupo Espírito Santo, na Rua de São Bernardo, 62, em Lisboa. Chegou acompanhado por cinco inspectores da PJ e dois da Autoridade Tributária e, segundo o auto de busca a que a SÁBADO teve acesso, foi recebido por Caetano Beirão da Veiga, o elemento eleito para liderar o grupo depois do escândalo.
Numa primeira ronda pelo edifício, os investigadores verificaram a distribuição dos gabinetes – no piso de cima, estavam o comandante António Ricciardi, presidente do Conselho Superior do Grupo Espírito Santo (GES); Manuel Fernando Espírito Santo, que liderava os negócios da área não financeira (filho de Maria do Carmo Moniz Galvão, que chegou a ser a mulher mais rica do País); e o próprio Caetano Beirão da Veiga. No piso de entrada e na cave, encontravam-se mais seis quadros dos serviços financeiros e contabilísticos do grupo e duas advogadas, com as respectivas secretárias.
Os investigadores começaram pela sala de reuniões/arquivo, na cave, onde encontraram oito caixas de cartão brancas, etiquetadas e fechadas, com a referência “Documentação para destruir”. José Castella, o controller financeiro do grupo, informou que se tratava do espólio da Comissão de Auditoria da Espírito Santo Financial Group, holding que controlava o BES e a Tranquilidade. Mas nessas caixas estava documentação bastante recente, relacionada com o BES Angola, o Novo Banco, a KPMG, o Banco de Portugal e várias sucursais do banco noutros países.
Se há algo que os responsáveis do grupo quiseram proteger em local seguro foi a gravação da reunião do Conselho de Administração da ESI (Espírito Santo International), realizada no Luxemburgo a 11 de Março de 2014. Encontrava-se numa pen drive, dentro de um envelope, no cofre da sala de arquivo. O mesmo cofre tinha ainda uma pasta de plástico com uma cópia de um acordo entre Hélder Bataglia e a Espírito Santo Resources, sobre a Escom, a empresa envolvida no concurso de aquisição dos submarinos.
De todos os altos quadros do grupo, nenhum tinha tanta informação no gabinete como o controller financeiro, José Castella, o homem que alegadamente – segundo o contabilista – estaria a par da ocultação dos passivos da ESI. De um total de 125 conjuntos de documentação (caixas, pastas ou dossiês), 34 estavam no escritório de José Castella na cave do edifício e referiam-se a relatórios, actas de reuniões, listagens de depósitos do GES no BCP e prints de emails. A José Castella foi ainda apreendido um processador CPU e sete pens, com referências à Escom, à Comporta (nome da herdade da família Espírito Santo) e à Ascendi (empresa do GES que gere concessões de auto-estradas).
Não haverá muitos segredos que tenham ficado por desvendar depois desta incursão. Do Departamento Jurídico foram levados 25 livros de actas das assembleias gerais e das reuniões do Conselho de Administração de 11 entidades ligadas ao Grupo. E do gabinete de Caetano Beirão da Veiga foi retirado um dossiê de argolas azul com “várias tabelas relativas a complementos salariais pagos a diversos colaboradores”.
Pelo menos três responsáveis do grupo tinham documentação relacionada com a Eurofin, a entidade suíça que alegadamente participou num esquema – detectado em Julho – que transferiu 800 milhões de euros do BES para o GES. Um deles era Jorge Penedo, ex-administrador do banco no Panamá, a quem foi também apreendido um portátil.
Ricardo Salgado já não tinha ali gabinete, mas os investigadores recolheram entre os documentos de Manuel Fernando Espírito Santo uma pasta cor de laranja com informação sobre três assuntos: o “registo de sociedades no Luxemburgo”, “bens móveis pertença de Ricardo Salgado” e a ES Resources Bahamas.
Pela lógica, a pasta mais volumosa nesta fase crítica do grupo deveria ser a que estava no gabinete do comandante António Ricciardi, com a designação “Problemas a resolver”. Mas dificilmente estaria completa: foi “feita com o verso de um envelope A4”.
(Fim de citação)
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Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116

A Escom e a sua derivada Legacy são uma peça do jogo GES-BES. Um jogo que passou pelo BESA e que estava num tabuleiro protegido pela garantia angolana.
Citando
Jornal de Negócios
O Grupo Espírito Santo usou a garantia de Angola para esconder buracos que tinha no Banco Espírito Santo. O BES era um dos grandes financiadores da Escom, que pertencia ao GES. A Escom foi dividida em duas: Escom BV e Escom Investments Group. A primeira era a que tinha activos bons; a segunda os problemáticos. A segunda acabou por ser transformada em Legacy – com um património praticamente falido – e foi vendida por três euros. Quem a comprou foi a Vaningo, sociedade de direito angolano da qual não se conhece o beneficiário. A Legacy manteve uma dívida que tinha para com o BES.
Os juros da dívida ao BES continuaram a ser pagos pela ESI, do GES, mesmo com a Legacy fora do grupo. Mas o crédito – agora na Vaningo – foi transferido do BES para o BESA. Passou a ter uma garantia do banco angolano e, posteriormente, o crédito passou a estar protegido pela garantia angolana.
A leitura que pode ser feita é a de que o Estado angolano, em último caso, estava a garantir a dívida de uma empresa do GES ao BES. A audição de Sikander Sattar, presidente da KPMG Portugal e da KPMG Angola (auditoras do BES e BESA, respectivamente), foi à porta fechada, pelo que o esclarecimento feito não é público. Os deputados têm levantado dúvidas sobre este negócio, que é falado pela auditoria feita pela KPMG às contas da ESI.
Da audição de Sattar nenhuma informação foi transmitida pelos deputados – a não ser Fernando Negrão, o presidente da comissão de inquérito, que afirmou que a mesma tinha sido útil. Sabe-se apenas que o presidente da KPMG não se quis comprometer directamente com nada.
O BESA tinha créditos de 5,7 mil milhões de dólares de cujos beneficiários se tinha perdido o rasto, conforme relatou o Expresso em Junho de 2014 – reflectindo a assembleia-geral do banco angolano de Outubro de 2013, em que Álvaro Sobrinho, presidente do BESA até 2012, ano em que entrou em ruptura com Ricardo Salgado, foi questionado pelos referidos créditos – sobre os quais se conhecem as empresas beneficiárias mas não quem está por trás delas.
Há uma matéria que continua polémica – a garantia estatal, que causou dúvidas ao Banco de Portugal, era o motivo para que o BES não tenha sido obrigado a constituir uma provisão para a linha de financiamento de 3,3 mil milhões de euros que tinha para com o BESA. A justificação tem sido a de que créditos garantidos não são provisionados. Contudo, desde 2012 que havia reservas nas contas do BESA a reflectir dúvidas sobre os financiamentos cedidos pelo BESA.
(Fim de citação)
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Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116
No ano do colapso do BES, a seguradora vida herdada pelo Novo Banco perdeu quase um terço da sua produção. A GNB Vida perdeu o segundo lugar entre as maiores companhias deste ramo segurador. A Fidelidade ganhou quota de mercado no ano em que foi adquirida pelos chineses da Fosun.
Citando
Jornal de Negócios
A GNB Vida, antiga BES Vida, perdeu 633 milhões de euros em poupanças de clientes e outros seguros do ramo vida no ano da queda do BES. De acordo com os dados do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), a produção da companhia agora integrada no Novo Banco caiu 31,7%, para 1.364 milhões.
Esta perda de negócio retirou a seguradora do segundo lugar do “ranking” das maiores companhias a operar no ramo vida, lugar que passou a ser ocupado pela BPI Vida. A empresa de seguros do grupo liderado por Fernando Ulrich quase triplicou a produção, que totalizou 2.202 milhões.
Na liderança deste mercado, bem como do conjunto da indústria seguradora, manteve-se a Fidelidade. No ano em que passou a ser controlada pelo grupo chinês Fosun, a companhia conseguiu mesmo aumentar a sua produção no ramo vida em 21,3%, para 3.086 milhões. Já no ramo não vida, a companhia que está em primeiro lugar perdeu quota de mercado, já que a produção diminuiu 2,1%, para 988 milhões.
Mas não foi só a seguradora do Novo Banco que perdeu negócio vida. Também a Ocidental Vida registou uma quebra de 9% na produção, que se fixou em 1.352 milhões, o que levou a companhia que mantém a parceria entre o BCP e o grupo holandês Ageas da terceira para a quarta posição do “ranking” das maiores seguradoras vida.
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Tags:Baixa no Ranking do sector, BPI Vida passou de 3º para 2º lugar, de capitais chineses, de nº 2 passou para nº 3, desde 2014 controlo foi adquirido pelo Fundo Fosun, Fosun um dos 17 candidatos à compra do Novo Banco., Grupo Novo Banco Vida (GNB V ida), Negócio Vida, Prejuízos, Sector liderado pela Fidelidade
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Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116

Guerra cambial entre Franco suíço e Euro da UE
Citando
Jornal de Negócios
As perdas elevadas registadas pelos investidores mundiais, após o “tsunami” provocado pelo Banco da Suíça está a colocar as corretoras mundiais em dificuldades. Uma instituição neozelandesa teve mesmo que fechar portas.
A Suíça chocou o mundo ao acabar com a relação da moeda suíça com o euro. A decisão já está a fazer vítimas. O anúncio levou o franco suíço a disparar face às maiores divisas mundiais e colocou corretoras desde os Estados Unidos até à Nova Zelândia em sérias dificuldades. Algumas foram mesmo obrigadas a suspender a sua actividade.
Ao contrário do que é habitual no mercado cambial, em que as oscilações não são demasiado elevadas, a sessão de quinta-feira colocou os investidores mundiais em alerta, após a decisão do banco central suíço para deixar cair o limite que estipulava um câmbio mínimo de 1,20 francos suíços por euro. Este anúncio totalmente inesperado provocou uma escalada histórica da moeda suíça que disparou um máximo de 29%.
Este movimento brusco provocou perdas elevadas a muitos investidores mundiais, uma situação que coloca em risco a sustentabilidade financeira das próprias corretoras. É o caso de uma corretora neozelandesa, que foi obrigada a fechar portas após as variações acentuadas da última sessão.
A Global Brokers, da Nova Zelândia, informou que as perdas criadas pelo disparo do franco suíço forçaram a instituição a encerrar a sua actividade. Ao contrário de outros investimentos, a aposta no mercado cambial é altamente alavancada, um movimento que pretende maximizar ganhos. Mas, caso a evolução seja desfavorável, o potencial de perdas também é muito elevado.
Mas, os problemas, ainda que sem consequências tão dramáticas, estendem-se a outras corretoras mundiais. É o caso da FXCM, que adiantou que os seus clientes ficaram a dever um total de 225 milhões de dólares nas suas contas depois de ter sido anunciada a medida do banco central suíço. Já a IG Group Holdings estima um impacto negativo de 30 milhões de libras e a Swissquote Group Holdings de 25 milhões de francos.
A moeda suíça subiu mais de 15% contra todas as divisas mundiais seguidas pela Bloomberg, um movimento que apanhou os investidores desprevenidos. “Os clientes registaram perdas significativas”, adiantou a FXCM num comunicado divulgado ontem.
Acções suíças prolongam queda, franco corrige
Depois de afundar mais de 10% na última sessão, na maior queda desde 1988, a bolsa da Suíça está a negociar novamente em queda. O índice SMI cai 4,4%, arrastado pelo mau comportamento das empresas exportadoras.
Cotadas como a Swatch, Watchmakers ou a Financiere Richemont, que geram a maior parte das suas receitas fora do país, estão a ser castigadas, perante a expectativa que se tornem menos competitivas e percam negócio com a valorização do franco.
A decisão do banco suíço está a provocar uma onda de críticas por parte destas empresas. Nick Hayek, o CEO da relojeira Swatch, afirmou que os efeitos desta decisão sobre a economia helvética serão tão devastadores como um “tsunami”.
“Não tenho palavras. Jordan (Jordão) não é apenas o nome do presidente do banco central mas também de um rio e a decisão de hoje é um tsunami para a indústria exportadora e para o turismo e, no fim da linha, para todo o país”, afirmou em comunicado, citado pelo The Guardian.
A moeda suíça está a corrigir após a escalada de quinta-feira. O franco suíço cai 4,4%, para 1,0184 por euro, depois de ter disparado para um máximo de 85,172 na sessão anterior.
(Fim de citação)
Tags:Bolsas tremem, Corretoras de divisas fecham portas, exportadores suíços zangados, Franco suíço corrige prejuízos, Franço suíço vs. Euro, Guerra cambial, Insolvências nos principais mercados mundiais, possíveis perdas de competitividade
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Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116

A maioria dos créditos abrangidos pela garantia terá sido dada durante a gestão liderada por Álvaro Sobrinho
Citando
Observador
Entre os créditos cobertos pela garantia de Angola estava uma dívida de 183 milhões de euros ao BES. A dívida era da Legacy. O GES vendeu a Legacy a uma empresa angolana, mas continuou a pagar juros.
A garantia soberana atribuída pelo presidente angolano aos créditos do BESA (Banco Espírito Santo Angola) assegurava o pagamento de uma dívida ao Banco Espírito Santo (BES) contraída por uma empresa que tinha sido vendida pelo Grupo Espírito Santo (GES).
Em causa está a concessão de uma garantia por parte do BESA ao BES em nome de uma empresa angolana, a Vaningo, no valor de 183 milhões de euros. Esta sociedade comprou em 2010 uma empresa de direito português ao Grupo Espírito Santo (GES), a Legacy, que tinha uma dívida para com o BES. Os nomes Legacy e Vaningo têm aparecido várias vezes na comissão parlamentar de inquérito aos atos de gestão do Banco Espírito Santo (BES) e do GES, tendo sido já associada ao negócio de venda da Escom à Sonangol, contratualizado em 2010, mas nunca concretizado.
A dívida da Legacy ao BES e o facto de estar coberta por uma garantia emitida pelo BESA a favor da casa-mãe, surgem na auditoria realizada pela KPMG às contas da Espírito Santo International (ESI). Segundo este relatório, a Vaningo pagou à ESI três euros para adquirir uma empresa que no ano em que foi alienada tinha um ativo de dois milhões de dólares para um passivo de 306 milhões de dólares.
Se estes números são já um sinal de alerta sobre o racional de negócio, há outra pista que alimenta a desconfiança dos deputados quanto à credibilidade da transação. Mesmo depois de ter vendido a Legacy, a ESI continuou a pagar os juros da dívida desta empresa, conforme é descrito na auditoria às contas daholding do GES. Entre 2010 e 2013, o montante pago ao BES ascendeu a cerca de 40 milhões de euros. Em 2013, o valor em dívida ao BES era de 183 milhões de euros e, segundo a auditoria da KPMG, esta dívida estava colaterizada pelo BESA ao BES no mesmo montante.
A análise realizada pela KPMG Angola aos créditos cobertos pelo aval do Estado angolano ao BESA verificou que este incluía no seu anexo a garantia concedida pelo BESA ao BES, em nome da Vaningo. Nada indicia, conclui a auditoria feita pela KMPG, que o BESA, com o suporte do Estado angolano, não irá assumir as responsabilidades assumidas pela Vaningo para com o BES.
A garantia de Luanda visava salvaguardar créditos a empresas angolanas que correspondiam a operações importantes para o plano nacional de desenvolvimento do país. O BESA só podia conceder uma garantia de crédito a uma empresa angolana como era o caso da Vaningo. Mas, na prática, a participada angolana do BES passou a ser responsável pelo pagamento da dívida da Legacy, empresa portuguesa detida pela sua cliente Vaningo, à sua casa-mãe, o Banco Espírito Santo.
Em caso de incumprimento por parte da Legacy, a Vaningo acionava a garantia do BESA. E como esta operação estava na lista dos créditos protegidos pelo Estado angolano, quando a sua garantia fosse executada, Luanda estaria a pagar uma dívida ao BES. O cenário de incumprimento do crédito seria inevitável dado o colapso financeiro da ESI, a empresa que estava a pagar os juros do empréstimo da Legacy, a partir de meados de 2014.
A garantia do BESA ao pagamento desta dívida terá sido concedida logo em 2010, quando Álvaro Sobrinho liderava a instituição, mas só aparece nas contas do banco angolano em 2013, ano em que foram identificados os créditos em risco que iriam beneficiar da garantia irrevogável do Estado angolano.
A história por trás destas operações tem vindo a ser reconstituída ao longo de várias audições na comissão de inquérito, tendo o depoimento do presidente da KPMG Angola, realizado esta quarta-feira, dado mais um contributo para atar pontas soltas. Sikander Sattar falou à porta fechada para proteção do sigilo bancário angolano. E, apesar de não ter feito revelações bombásticas, tanto quanto o Observador conseguiu confirmar, o seu testemunho foi importante para confirmar notícias já publicadas e compreender informação já na posse dos deputados.
É o caso do relatório e contas do BESA de 2011. Neste documento, que é público, a auditora KPMG colocou várias reservas às contas do banco angolano que, no entender dos deputados, deveriam ter suscitado mais cedo uma intervenção do acionista BES e do próprio Banco de Portugal.
Reservas indiciavam bomba relógio nas contas do BESA
O auditor alerta que o BESA não possui à data do relatório “desenvolvimentos informáticos que permitam a identificação efetiva das operações de crédito que foram objeto de reestruturações, do grupo económico em que cada cliente se insere,pelo que não nos é possível concluir acerca da adequação do montante registado na rubrica provisão para créditos de liquidação duvidosa, face aos requisitos” da lei angolana.
A opinião da KPMG Angola tem a data de outubro de 2012, um mês antes de Álvaro Sobrinho deixar a presidência executiva do banco, mas só um ano mais tarde, na assembleia geral do BESA, os acionistas terão tido informação sobre a dimensão do buraco no crédito, da ordem dos 5,7 mil milhões de euros, e que justificou a concessão da garantia do Estado angolano. O BES nunca fez qualquer provisão em relação à sua participada, não obstante a garantia de Luanda só ter sido concedida no final de 2013.
Só quando esta situação foi noticiada pelo Expresso, a 7 de julho de 2014, é que o Banco de Portugal terá feito perguntas sobre o tema. Até então, a intervenção do supervisor estava centrada na discussão da garantia de Angola que acabou por aceitar como válida. A garantia “firme, definitiva e irrevogável” servia de almofada de proteção ao BES em relação ao empréstimo de 3,3 mil milhões de euros, concedido à filial angolana, mas acabou por ser revogada, dias depois da resolução do Banco Espírito Santo, em agosto de 2014. Ainda antes, o Banco Nacional de Angola já tinha comunicado ao Banco de Portugal que iria intervir no BESA.
O mistério dos clientes de alto risco em Angola
Outra dúvida que persiste é a identidade dos destinatários dos créditos do BESA que beneficiavam da proteção de Luanda. A lista dos empréstimos de alto risco, porque concedidos sem garantias e em alguns casos sem destinatário final conhecido, consta de um anexo ao documento assinado a favor do BESA e que foi negociado diretamente por Ricardo Salgado, então presidente do BES, e as autoridades angolanas, designadamente José Eduardo dos Santos. Até agora, quase todas as pessoas ouvidas na comissão de inquérito afirmaram desconhecer a lista. Sikander Sattar terá sido uma exceção já que era presidente da KPMG Angola, empresa que certificou os créditos a incluir na garantia.
A informação e testemunhos já ouvidos permitiram, entretanto, concluir que não estão identificados os grupos económicos a que estavam ligados os clientes referidos na garantia, pelo que não será fácil chegar aos beneficiários finais e apurar se, entre eles, há acionistas ou administradores do BESA, para além de figuras relevantes do regime angolano.
Sabe-se, no entanto, que uma parte dos créditos cobertos por Luanda diz respeito a empresas do universo Espírito Santo, designadamente a Escom. O administrador Luís Horta e Costa confirmou, esta semana, que a empresa tinha uma dívida superior a 300 milhões de euros ao BESA, tendo contudo assinalado que teria sido dos poucos clientes a apresentar garantias reais, neste caso ativos imobiliários em Angola.
(Fim de citação)
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Sexta-feira, Janeiro 16th, 2015
20150116
Correio da Manhã
Seis membros da família Espírito Santo são alvo de uma ação interposta, já este ano, por 38 fundos de investimento internacionais, entre os quais vários fundos de pensões.
(Fim de citação)
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