Arquivo para a categoria ‘Tribunal de Contas’

https://www.rtp.pt/noticias/economia/tdc-critica-que-auditor-do-banco-lone-star-e-fundo-de-resolucao-seja-o-mesmo_n1317124

Quinta-feira, Maio 6th, 2021

 

Novo Banco recebe 430 milhões sem o dinheiro para prémios

 

O Tribunal de Contas (TdC) criticou hoje, na auditoria às injeções de capital feitas pelo Fundo de Resolução (FdR) ao Novo Banco, que o auditor destas entidades e da empresa da Lone Star em Portugal seja a Ernst & Young (EY).

“A auditoria verificou que o auditor das contas do NB (desde as contas de 2018) é, também, o auditor das contas do FdR e das contas da Nani Holdings [empresa da Lone Star registada em Portugal], quando se impunha segregar essas funções e prevenir riscos de conflito de interesses”, pode ler-se no documento hoje divulgado.Mais à frente, numa secção dedicada precisamente a “riscos de complacência ou de conflitos de interesses e funções por segregar”, o Tribunal de Contas repete a crítica, referindo o nome do auditor (Ernst & Young, EY) e salientando que a mudança de auditor no Novo Banco, um compromisso assumido com Bruxelas, deveria precaver tal situação.

Nessa secção, o tribunal presidido por José Tavares aponta também que “as alegações e prática do FdR revelam existir risco de complacência na função de controlo exercida sobre o NB, quanto ao cumprimento das suas obrigações contratuais e à validação dos seus pedidos de pagamento”.

Além da situação do auditor, o TdC considera que esse risco de complacência tem vindo a materializar-se através, por exemplo, “da situação de conflito de interesses entre o FdR acionista de 25% do capital social do NB (e, nessa medida, interessado em otimizar a valorização do banco, para a qual concorre a otimização do recurso ao mecanismo de capital contingente) e o FdR responsável último pelo controlo público do cumprimento do ACC [Acordo de Capitalização Contingente] (prévio à validação dos pagamentos pedidos pelo NB) e pela salvaguarda do interesse e dinheiro públicos envolvidos”.

O TdC aponta ainda a “falta de independência do FdR face ao BdP [Banco de Portugal], designadamente, entre as decisões tomadas pelo CABP [Conselho de Administração do Banco de Portugal] (do qual o Presidente da CDFR [Comissão Diretiva do Fundo de Resolução] é membro) sobre o processo de venda do NB (incluindo a seleção do comprador) e as decisões de validação dos pedidos de pagamento do NB pela CDFR (com a maioria dos seus membros designada pelo BdP)”.

O tribunal destaca que as decisões das cúpulas diretivas do BdP e FdR estão “suportadas por notas técnicas e pela ação do mesmo serviço do BdP (o atual departamento de Resolução), não obstante a necessidade de segregação dessas funções se ter acentuado com a interdependência decisória”.

Para o tribunal presidido por José Tavares há também uma “desvalorização do incumprimento de cláusulas contratuais que constituem requisitos de validade dos pedidos de pagamento do NB, ao abrigo do ACC, determinando este que o prazo desses pagamentos é de 30 dias, mas só após a notificação de um pedido válido”.

O TdC constatou ainda a “desnecessidade de formalizar o acordo sobre forma e substância do ficheiro de referência que, nos termos contratuais, constitui o suporte da informação determinante de cada pedido de pagamento, também não superada por manuais de procedimentos cuja existência é um mecanismo de prevenção e mitigação de riscos”.

Essa informação também prescinde de “períodos de controlo” anteriores “ao fecho das contas do NB, não recorrendo ao Agente de Verificação [Oliver Wyman] nem a um auditor independente para o efeito”, segundo o Tribunal de Contas.

De resto, o TdC considera que a aceitação da Oliver Wyman como Agente de Verificação também concorre para os riscos, dado que foi contratada pelo Ministério das Finanças “para prestar serviços técnicos especializados de avaliação e comparação das propostas no processo de venda do NB”, incluindo a proposta de “critérios de ordenação e seleção das propostas dos potenciais adquirentes” do banco.

“Em suma, não tem sido devidamente cumprida a obrigação do NB reportar a informação sobre a execução do ACC, por falta de formalização do acordo sobre forma e substância do suporte dessa informação e pelo atraso na preparação desse suporte pelo NB (face ao prazo contratual de trinta dias), alegando depender de contas auditadas”, conclui o TdC.

O processo de financiamento ao Novo Banco deveria conter, segundo o TdC, “suportes de informação trimestrais (iniciais) preparados pelo Novo Banco no prazo contratual determinado e com forma e substância formalmente acordadas com o Fundo de Resolução”, e uma “demonstração do cálculo do valor a financiar” com instruções que permitam uma avaliação independente.

Também deveriam existir, segundo a auditoria, “demonstrações comprovativas da verificação integral do valor a financiar pelas entidades responsáveis por essa verificação, juntamente com os suportes de informação trimestrais (finais) resultantes dessa verificação”, e ainda uma “declaração comprovativa da validação do valor a financiar pelo Fundo de Resolução”.

TRIBUNAL DE CONTAS ARRASA NOVO BANCO E FUNDO DE RESOLUÇÃO

Quinta-feira, Maio 6th, 2021

Citamos

RTB com vídeo

O Novo Banco e o Fundo de Resolução foram alvo de críticas atrás de críticas do Tribunal de Contas. A auditoria pedida pelo Parlamento foi conhecida e revela, por exemplo, que o Fundo de Resolução tem pago as perdas do Novo Banco e não apenas os ativos herdados do BES, como era suposto.

 

Centeno contraria Tribunal de Contas. Não se podia minimizar mais impacto do Novo Banco nas contas públicas

Terça-feira, Maio 4th, 2021

Citam

Centeno contraria Tribunal de Contas. Não se podia minimizar mais impacto do Novo Banco nas contas públicas

Governador contesta conclusão, não sustentada, da auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco. Não se podia ter minimizado mais o impacto nas contas públicas sem afetar depositantes.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, contraria a conclusão da auditoria do Tribunal de Contas de que a solução encontrada para vender o Novo Banco não minimizou o impacto nas contas públicas. Em conferência de imprensa, Mário Centeno (que enquanto ministro das Finanças autorizou o processo de venda de 2017 e os compromissos assumidos por Portugal junto das entidades europeias, destacou como a conclusão mais importante: “O financiamento público do Novo Banco concorreu para a estabilidade do sistema financeiro, sobretudo por ter sido evitada a liquidação do banco e reduzido risco sistémico”.

No entanto, e ao contrário do que concluiu o Tribunal, “é manifesto que o impacto nas Finanças Públicas foi mesmo minimizado, ao evitar-se o impacto da liquidação e uma imputação máxima a credores e obrigacionistas”. O governador foi direto na contestação ao impacto da operação nas contas do Estado e referiu até a posição discordante assumida num voto por um dos juízes que esteve envolvido na auditoria do Tribunal de Contas.

Podia ter-se minimizado mais o impacto? “A resposta simples é não. Ir mais longe implicava os depositantes e minava a confiança nos depositantes. Não seria este certamente o plano alternativo do Tribunal de Contas, mas ficamos sem saber” porque a auditoria “faz uma afirmação, mas não a sustenta com cenários alternativos”. E sem essa discrição, “não é possível saber como se poderia ter reforçado ainda mais minimizado os impactos. Infelizmente a auditoria não nos ensina mais sobre isto.”

Para Mário Centeno, não basta constatar que há despesa pública como fez o Tribunal de Contas. Para além de que, sublinha, é “absolutamente factual o efeito positivo” que a solução encontrada para o Novo Banco nos custos de financiamento da República. “Não é necessário recorrer a contrafactual, é notório nos custos de financiamento de todos os portugueses”.

O governador qualifica ainda de incorreta a conclusão da auditoria segundo a qual as chamadas de capital ao Fundo de Resolução têm financiado não só as perdas sofridas nos ativos do mecanismo de capital contingente, mas também o défice da atividade do Novo Banco. Para o ex-ministro das Finanças, o Tribunal tira uma conclusão que está “incorreta”.

E assegura que “não há cobertura de quaisquer outras perdas” para além das registadas nesses ativos. Máximo dos Santos assinala a propósito do tema a “abordagem diferente” da Deloitte que na sua auditoria à gestão dos ativos do Novo Banco concluiu que as injeções financeiras no banco foram inferiores às perdas imputadas aos ativos protegidos.

Quando questionado sobre a competência do tribunal para este tipo de auditoria (que se focou nos procedimentos e impactos financeiros para o Estado excluindo as operações e decisões de gestão geradoras de perdas), Mário Centeno não respondeu de forma direta. Mas sinalizou que o Banco de Portugal até disponibilizou técnicos para ajudar os juízes a calcular um rácio de capital, no entanto, esta sessão de formação acabou por não se realizar por falta de interesse do Tribunal. O Tribunal de Contas é um órgão de fiscalização e controlo externo da despesa pública.

O governador e vice-governador do Banco de Portugal (e presidente do Fundo de Resolução) asseguram ainda que as recomendações da auditoria já estão a ser seguidas (e algumas até já foram implementadas). São para ser levadas a sério e cumpridas”, sublinhou Mário Centeno. O Governador, e ex-ministro que conduziu o processo, contestou ainda a crítica do Tribunal sobre a falta de transparência na comunicação dos impactos para as contas públicas e dos custos para o Estado.

Estado deixa de estar obrigado a meter mais capital (1.600 milhões) no Novo Banco se tudo correr mal

“Não há falta de transparência, mas falta de memória”, afirmou Mário Centeno quando questionado sobre o facto de só com esta auditoria se ter conhecido qual foi a estimativa feita em 2017 da injeção financeira que o Estado teria de fazer, ao abrigo da cláusula de backstop” exigida pela Comissão Europeia e que foi revelada no Parlamento, assinala, em 2017 (quando era ministro).

E apesar de Centeno admitir que Bruxelas tinha razão em desconfiar das previsões então apresentadas pela parte portuguesa, porque os ativos sob proteção geraram mais perdas do que o previsto (elevando as chamadas de capital), o Novo Banco tem cumprido os compromissos deste plano, que termina no final deste ano, Por isso, a “melhor estimativa para a chamada backstop” é zero. O compromisso do Estado português foi sempre de um Novo Banco seria viável.”

Fundo de Resolução negoceia com sindicato bancário, mas não avança prazos

O presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos confirmou que o Fundo não tem recursos suficientes para assegurar a injeção no Novo Banco, cujo processo de verificação ainda está a decorrer. E que está ser negociado um empréstimo com um sindicato bancário, mas são “negociações complexas” e neste momento ainda “não há uma situação totalmente definida”.

Sobre o prazo — em regra o pagamento é feito na primeira semana de maio — Máximo dos Santos diz que o prazo de 30 dias parte do pressuposto que o Fundo tem todos os elementos e documentos necessários (sem esclarecer se os tem). Se houver alguma derrapagem nesse prazo, isso não significa um incumprimento.

Sobre o pedido de 598 milhões de euros feito pelo Novo Banco ao Fundo de Resolução, Máximo dos Santos diz que ainda está a ser ponderado. O presidente do Fundo de Resolução sublinhou ainda que os litígios com o Novo Banco que se encontram em Tribunal Arbitral de 331 milhões de euros representam quase 10% do limite máximo dos pagamentos previstos no mecanismo de capital contingente.

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Veja aqui o relatório completo da auditoria do TdC ao Novo Banco

Terça-feira, Maio 4th, 2021

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Eco

Veja aqui o relatório completo da auditoria do TdC ao Novo Banco

O Tribunal de Contas (TdC) já entregou à Assembleia da República o relatório da auditoria pedida ao Novo Banco. Consulte aqui as 302 páginas do relatório final.

OTribunal de Contas (TdC) já entregou à Assembleia da República o relatório da auditoria que tinha sido pedida pelos deputados ao Novo Banco, à qual está condicionada a transferência de dinheiro do Fundo de Resolução para a empresa, prevista no mecanismo de capital contingente.

O documento é muito crítico em relação à forma como têm sido feitas as injeções de dinheiro do Fundo de Resolução na empresa e considera, ainda, que o Novo Banco não tem cumprido “devidamente” a obrigação de reportar informação sobre a execução do mecanismo de capitalização negociado aquando da venda do banco ao fundo Lone Star.

Leia aqui o relatório na íntegra:

PROCURAR NO LINK DA NOTÍCIA

(Notícia atualizada às 12h43 com mais informação)

 

 

“Faltou transparência” sobre o impacto do BES e Novo Banco nas contas públicas, diz o Tribunal de Contas

Terça-feira, Maio 4th, 2021

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“Faltou transparência” sobre o impacto do BES e Novo Banco nas contas públicas, diz o Tribunal de Contas

Tribunal de Contas pede ao Governo que preste contas e comunique “periodicamente” esse impacto nas finanças públicas e impute responsabilidades face a eventuais perdas.

O Tribunal de Contas considera, por isso, que “importa aplicar os princípios da transparência e da prestação de contas e comunicar periodicamente esse impacto nas finanças públicas e essa imputação de responsabilidades”.

Desde a constituição do Novo Banco, o Fundo de Resolução já injetou 2.976 milhões de euros no banco, deixando ainda uma margem de 900 milhões. Este ano, Novo Banco vai pedir 598,3 milhões de euros ao Fundo de Resolução (acima do que o Governo antecipava no Orçamento do Estado). Este financiamento está relacionado com o compromisso do Executivo junto da Comissão Europeia de assegurar a viabilidade do Novo Banco a longo prazo em troca de as autoridades europeias não se oporem à venda do banco (e consequentemente impedir a liquidação).

“O financiamento público do NB concorreu para a estabilidade do sistema financeiro, sobretudo por ter sido evitada a liquidação do banco e reduzido o risco sistémico. Porém, não foi minimizado o impacto na sustentabilidade das finanças públicas, nem reduzido o risco moral, com 2.976 milhões de euros de despesa pública, que acresce à dos 4.900 milhões de euros de capitalização inicial do NB, sendo ainda possível o dispêndio de mais 914 milhões de euros, ao abrigo do ACC, e do montante necessário à viabilidade do NB, nos termos do compromisso assumido com a CE (até 1,6 mil milhões de euros)”, concluiu.

Além do impacto para as contas públicas, a forma como têm sido feitas as injeções é alvo de críticas da auditoria já que não foi apresentado o cálculo do valor a financiar. O Tribunal de Contas concluiu que o dinheiro recebido correspondeu não só a perdas protegidas pelo acordo de capital contingente (ACC), a défice de capital resultante da atividade geral do banco. “Não tem sido devidamente cumprida a obrigação de o NB reportar a informação sobre a execução do ACC”.

A par da contabilização das injeções para as contas públicas, o TdC recomenda ao Fundo de Resolução que assegure que o valor a financiar é “apropriadamente demonstrado, verificado e validado, antes de ser pago”.

Acrescenta que, para o controlo público do cumprimento do acordo ser “eficaz”, importa “aplicar o princípio da segregação de funções e prevenir riscos de complacência ou de conflito de interesses“, assegurando a independência de ações entre a administração do Banco de Portugal e a Comissão Diretiva do Fundo de Resolução, bem como entre os auditores do Fundo de Resolução, do Novo Banco e da Nani Holdings. Quer ainda a separação entre a empresa contratada pelo Ministério das Finanças para avaliar a venda do NB e a empresa contratada pelo NB e Fundo de Resolução como agente de verificação do ACC.

“Faltou transparência” sobre o impacto do BES e Novo Banco nas contas públicas, diz o Tribunal de Contas

Terça-feira, Maio 4th, 2021

Citamos

“Faltou transparência” sobre o impacto do BES e Novo Banco nas contas públicas, diz o Tribunal de Contas

“Faltou transparência” sobre o impacto do BES e Novo Banco nas contas públicas, diz o Tribunal de Contas

Tribunal de Contas pede ao Governo que preste contas e comunique “periodicamente” esse impacto nas finanças públicas e impute responsabilidades face a eventuais perdas.

O impacto da resolução do Banco Espírito Santo (BES) e das injeções de capital no Novo Banco (NB) não tem sido comunicado de forma transparente, avisa o Tribunal de Contas na auditoria pública que foi pedida pelo Parlamento e divulgada esta segunda-feira. A instituição recomenda, por isso, ao Governo que não só faça essa avaliação de forma periódica como apure responsabilidades de eventuais custos para os contribuintes.

Faltou transparência na comunicação do impacto da Resolução do Banco Espírito Santo e da Venda do Novo Banco na sustentabilidade das finanças públicas“, diz o Tribunal de Contas no relatório da auditoria. “O foco da imputação das perdas verificadas no Banco Espírito Santo e no Novo Banco não deve ser desviado dos seus responsáveis (por ação ou por omissão) para onerar os contribuintes ou os clientes bancários (em regra também contribuintes)”, critica.

Desde a constituição do Novo Banco, o Fundo de Resolução já injetou 2.976 milhões de euros no banco, deixando ainda uma margem de 900 milhões. Este ano, Novo Banco vai pedir 598,3 milhões de euros ao Fundo de Resolução (acima do que o Governo antecipava no Orçamento do Estado). Este financiamento está relacionado com o compromisso do Executivo junto da Comissão Europeia de assegurar a viabilidade do Novo Banco a longo prazo em troca de as autoridades europeias não se oporem à venda do banco (e consequentemente impedir a liquidação).

“O financiamento público do NB concorreu para a estabilidade do sistema financeiro, sobretudo por ter sido evitada a liquidação do banco e reduzido o risco sistémico. Porém, não foi minimizado o impacto na sustentabilidade das finanças públicas, nem reduzido o risco moral, com 2.976 milhões de euros de despesa pública, que acresce à dos 4.900 milhões de euros de capitalização inicial do NB, sendo ainda possível o dispêndio de mais 914 milhões de euros, ao abrigo do ACC, e do montante necessário à viabilidade do NB, nos termos do compromisso assumido com a CE (até 1,6 mil milhões de euros)”, concluiu.

Quanto à contabilização deste dinheiro nas contas públicas, o Tribunal de Contas reitera que o apoio público constitui despesa efetiva (ou seja, não reembolsável) das Administrações Públicas em contabilidade nacional, “sendo incorreto que não o seja em contabilidade pública”, refere. Nesse sentido, o TdC recomenda ao Ministério das Finanças que providencie “a correção do registo” do financiamento público do Novo Banco em contabilidade pública e na Conta Geral do Estado, em contas nacionais e na contabilidade patrimonial do Fundo de Resolução.

Além do impacto para as contas públicas, a forma como têm sido feitas as injeções é alvo de críticas da auditoria já que não foi apresentado o cálculo do valor a financiar. O Tribunal de Contas concluiu que o dinheiro recebido correspondeu não só a perdas protegidas pelo acordo de capital contingente (ACC), a défice de capital resultante da atividade geral do banco. “Não tem sido devidamente cumprida a obrigação de o NB reportar a informação sobre a execução do ACC”.

A par da contabilização das injeções para as contas públicas, o TdC recomenda ao Fundo de Resolução que assegure que o valor a financiar é “apropriadamente demonstrado, verificado e validado, antes de ser pago”.

Acrescenta que, para o controlo público do cumprimento do acordo ser “eficaz”, importa “aplicar o princípio da segregação de funções e prevenir riscos de complacência ou de conflito de interesses“, assegurando a independência de ações entre a administração do Banco de Portugal e a Comissão Diretiva do Fundo de Resolução, bem como entre os auditores do Fundo de Resolução, do Novo Banco e da Nani Holdings. Quer ainda a separação entre a empresa contratada pelo Ministério das Finanças para avaliar a venda do NB e a empresa contratada pelo NB e Fundo de Resolução como agente de verificação do ACC.

(Notícia atualizada às 13h15)

Crescem dúvidas sobre capacidade de auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco

Domingo, Dezembro 20th, 2020

Citamos

Expresso

Presidente da República considera que há limites no Tribunal de Contas para auditar Novo Banco. Entidade em silêncio

Está nas mãos do Tribunal de Contas (TdC), com José Tavares na presidência, a auditoria ao Novo Banco pela qual Partido Social Democrata e Bloco de Esquerda esperam para decidir se, no próximo ano, permitem ao Fundo de Resolução colocar mais dinheiro naquela institui­ção financeira. Porém, há dúvidas, dentro no sector financeiro, de que aquela entidade de fiscalização consiga ter recursos para lidar com a complexidade do tema. O próprio Presidente da República admitiu que há “limites” dentro do TdC. Para já, o tribunal não fala.

Em entrevista à SIC na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, “obviamente”, “o Tribunal de Contas (TdC) tem limites, com o devido respeito, relativamente a uma matéria tão sofisticada”. O Presidente lembrou até que não lhe foi pedida opinião sobre esse requerimento do Parlamento ao tribunal, e ressalvou que sempre deu atenção à auditoria que havia sido solicitada à Deloitte. A auditora realizou uma inspeção referente a 2019, a obrigatória por lei quando há injeções de dinheiros públicos em bancos e que olhou também para a gestão do BES desde 2000, e está agora novamente a fazer outro trabalho por conta da ajuda recebida pelo Novo Banco em 2020.

Parlamento invocou interesse público para pedir pressa ao TdC na auditoria ao Novo Banco

Terça-feira, Dezembro 1st, 2020

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Público

Requerimento feito pelos deputados ao TdC sobre Novo Banco explica motivos do pedido de auditoria, o que querem saber e dá instrumentos aos auditores para serem o mais rápidos possível. Parlamento quer decisão informada em novas injecções.

O Tribunal de Contas (TdC) não assume um calendário para revelar a auditoria ao Novo Banco, mas no pedido que os deputados lhe fizeram são apontadas razões de “manifesto interesse público” para que ela seja conhecida a tempo de uma decisão sobre novas injecções do Fundo de Resolução na instituição financeira. Esta foi a fórmula encontrada pelo Parlamento para impor urgência à auditoria.

O requerimento com o texto final do pedido foi acertado na Assembleia da República a 15 de Outubro do ano passado, bem antes do chumbo que aconteceu na semana passada e que trava a transferência de 476 milhões de euros do Fundo de Resolução para o Novo Banco prevista pelo Governo no Orçamento do Estado para 2021.

A redacção final do requerimento, que foi trabalhada em conjunto a partir dos pedidos do PS e do PSD, ganha agora mais relevância depois de os sociais-democratas terem admitido que, se a auditoria confirmar a legalidade dos actos de gestão do banco, dá a mão ao Governo para que seja injectado no Novo Banco o capital de que precisa. Mas afinal o que diz o pedido de auditoria que os deputados fizeram? E que instrumentos deu o Parlamento ao TdC para que este seja rápido?

Os deputados começam por explicar que o pedido de auditoria está relacionado com as “sucessivas polémicas noticiadas pela imprensa” sobre o Novo Banco, particularizando o incómodo com “eventuais conflitos de interesses ou a venda de activos com desvalorização injustificada”. Em Agosto soube-se, por exemplo, que o Novo Banco vendeu a GNB Vida com desconto de 70% “coberto” por ajuda do Estado. Em Setembro, foi conhecido que uma venda feita em 2018 de uma subsidiária francesa do Novo Banco originou uma queixa junto do regulador europeu por ter sido feita com desconto e num quadro de conflito de interesses. Estas informações vieram a público numa altura que o Fundo de Resolução já tinha injectado no Novo Banco perto de 3000 milhões de euros.

O que os deputados querem saber?

No pedido que seguiu para o TdC estão elencados os seis pontos que o Parlamento quer que os auditores verifiquem. Um deles é avaliar se, no momento da sua inclusão no balanço do banco, os activos foram registados por valores que não correspondem à realidade. Outro dos pedidos é o de verificar a política de registo de imparidades (potenciais perdas) dos activos vendidos ou a vender, e se as vendas ocorridas perseguiram o interesse público. Os deputados querem também saber se a reestruturação do banco levou à venda de activos abrangidos pelo mecanismo de capital contingente e se existiu ou não conflito de interesses nos negócios feitos pelo banco. Os auditores têm ainda de identificar “eventuais práticas de gestão no Novo Banco conducentes e orientadas a obter um determinado resultado líquido do banco com o objectivo de permitir o accionamento do mecanismo de capital contingente”.

Que prazos deu o Parlamento ao TdC?

Os deputados pediram ao TdC que faça a auditoria, mas não existe um prazo para a entrega da mesma. No entanto, no pedido sinalizaram a pressa que têm nesta informação e deram aos auditores instrumentos para que possam informar o Parlamento em tempo útil. Em primeiro lugar comunicaram ao Tribunal que existe no Parlamento um “largo consenso “sobre a necessidade de uma auditoria independente para avaliar as condições e os factos que estão na origem das injecções de capital do Fundo de Resolução no Novo Banco”. Depois, adiantam aos juízes que a auditoria em causa tem “especial relevância e oportunidade, sendo de manifesto interesse público conhecer o seu resultado antes de qualquer eventual transferência de novas verbas do Fundo de Resolução para aquela instituição financeira”. O interesse público aqui invocado serve para dar força ao pedido, querendo assim dizer que a recolha de mais informação (a auditoria) contribui para uma decisão sobre uma eventual nova utilização de dinheiros públicos que vá ao encontro do interesse geral. No entanto, os parlamentares quiseram facilitar o trabalho aos auditores, ao permitir que esta auditoria tenha “precedência” sobre outras pedidas pelo Parlamento, “atendendo à sua manifesta urgência”.

Além disso, tendo em conta a “complexidade”, a auditoria pode “ser feita por fases, no alto critério do Tribunal, com divulgação de resultados por etapas se necessário for”. No entanto, dá pistas sobre a ordem do que quer conhecer primeiro: “Devendo [o TdC] priorizar as questões formuladas, as operações ou os actos realizados até 31/12/2019 que justificaram o recurso ao mecanismo de capital contingente e, ainda, os ocorridos até 31/12/2020 no caso de existirem novas chamadas ao Fundo de Resolução”. É esta última informação que poderá ser vista como mais relevante pelos deputados quando em Maio o Novo Banco disser de quanto precisa em resultado das contas de 2020.

 

Das imparidades às vendas de ativos, é isto que o Tribunal de Contas vai escrutinar no Novo Banco

Sexta-feira, Outubro 16th, 2020

Citamos

Das imparidades às vendas de ativos, é isto que o Tribunal de Contas vai escrutinar no Novo Banco

À segunda foi de vez. O Parlamento já aprovou a proposta para a realização de uma auditoria pública ao Novo Banco.

À segunda foi de vez. O Parlamento já aprovou a proposta para a realização de uma auditoria pública ao Novo Banco pelo Tribunal de Contas. Foi votada favoravelmente esta quinta-feira por unanimidade na Comissão de Orçamento e Finanças. Entre outros pontos, os deputados querem que o tribunal escrutine as vendas de ativos, como a seguradora GNB Vida, e se houve ou não conflitos de interesse nestas operações, desde logo com o acionista americano do banco, o fundo Lone Star.

“A presente auditoria, pela eventual complexidade que pode aportar, poderá ser feita por fases, no alto critério do tribunal, com a divulgação dos resultados por etapas se necessário for, devendo priorizar as questões formuladas, as operações ou os atos de gestão realizado até 31 de dezembro de 2019 que justificaram o recurso ao mecanismo de capital contingente e, ainda, os ocorridos até 31 de dezembro de 2020 no caso de novas chamadas”, refere a proposta a que o ECO teve acesso.

O objetivo passa por ter as conclusões da auditoria “em tempo útil” para que seja “um efetivo suporte informativo ao Parlamento. Ou seja, antes da nova chamada de capital do Fundo de Resolução ao Novo Banco, o que deverá acontecer no início de maioO Orçamento do Estado para 2021 prevê uma injeção de 476,6 milhões de euros, 275 milhões dos quais virão de um empréstimo da banca e terão impacto nas contas públicas.

Os deputados propõem o alargamento da auditoria já requerida ao Tribunal de Contas “de modo a incluir na mesma as operações e os atos de gestão que estiveram na origem e levaram à necessidade de transferência de verbas do Fundo de Resolução para o Novo Banco, com precedência sobre outras auditorias solicitadas”. O que significa que o tribunal liderado por José Tavares só iniciará o trabalho no início do próximo ano.

A proposta traz uma espécie de “lista de pedidos” para o Tribunal de Contas analisar:

1. Auditoria à gestão do passivo e à alienação dos ativos, no que concerne à salvaguarda do interesse público, por parte dos veículos sucedâneos do Banif, BES e Novo Banco;

2. No caso do Novo Banco, auditoria à valorização e registo no balanço assim como à alienação de ativos imobiliários, de créditos improdutivos e de outros ativos (exemplo: do ramo segurador), tanto no momento da resolução do BES bem como após o momento da venda do Banco ao Fundo da Lone Star, suscetíveis de serem abrangidos pelo mecanismo de capital contingente com vista a que sejam respondidas as seguintes questões:

  • Existiu, ao momento da inclusão destes ativos no balanço do Banco, o seu registo por valores que não tinham suporte no seu efetivo valor ou sem a adequada valorização contabilística?
  • A política de imparização de ativos já alienados ou a alienar nos termos do plano de reestruturação é ou foi a adequada face aos normativos em vigor?
  • A situação especial em que se encontra o Novo Banco (em reestruturação) originou a venda de ativos abrangidos pelo mecanismo de capital contingente ou suscetíveis de influenciar o seu acionamento em prejuízo do balanço do banco?
  • As vendas realizadas tutelaram adequadamente o interesse público, desde logo pela desvalorização de que foram alvo com a alienação?
  • Existiu ou não conflito de interesses (que não exclusivamente para efeitos de identificação do beneficiário efetivo na aplicação das normas sobre AML), diretos ou indiretos, nestes negócios, considerando, desde logo, mas não exclusivamente, a proibição da participação direta ou indireta do Fundo Lone Star ou de entidades do seu universo como contrapartes no processo da venda?
  • A identificação de eventuais práticas de gestão no Novo Banco conducentes e orientadas a obter um determinado resultado líquido do Banco com o objetivo de permitir o acionamento do mecanismo de capital contingente;

3. Em tudo o que já não esteja contemplado na resposta às questões anteriores, a análise das matérias e dos atos de gestão, tendo como referência a data de 31/12/2019 e com o objeto da auditoria realizada pela Deloitte & Associados, SROC, Lda. ao Novo Banco, nos termos do disposto no artigo 4.º, n.º 2, da Lei n.º 15/2019.

Este requerimento surge depois da insatisfação geral com a auditoria realizada pela Deloitte, que veio a detetar perdas superiores a 4.000 milhões de euros no Novo Banco, a maioria das quais com origem no BES.

Por um lado, questionou-se a independência da Deloitte dado ter a auditora em Espanha assessorado o banco na venda da GNB Vida, num negócio que se revelou polémico. Depois, o âmbito da auditoria terá ficado aquém do esperado pelos deputados, que queriam que se tivesse escrutinado as vendas de ativos tóxicos.

PS avança com pedido de auditoria ao Novo Banco pelo Tribunal de Contas, que pode demorar mais de um ano

Sexta-feira, Outubro 9th, 2020

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Observador

PS avança com pedido de auditoria ao Novo Banco pelo Tribunal de Contas, que pode demorar mais de um ano

Deputados do PS vão propor ao Parlamento que aprove uma auditoria conduzida pelo Tribunal de Contas o quanto antes. Mas Tribunal de Contas tem um ano ou mais para concluir auditorias pedidas.

O grupo parlamentar socialista vai pedir ao Tribunal de Contas que faça uma auditoria ao Novo Banco o quanto antes. Os deputados do PS vão formalizar esse pedido esta sexta-feira e esperam que o Parlamento aprove este requerimento na comissão de Orçamento e Finanças.

Mas ainda que o pedido de auditoria chegue rapidamente ao Tribunal, a história recente mostra que os juízes podem demorar mais de um ano a entregar o relatório. O limite legal é um ano, mas o prazo pode ser prorrogado até 18 meses. Isto significa que a auditoria, que começou por ser exigida pelo Bloco de Esquerda, dificilmente estará concluída a tempo de validar um novo pedido de injeção de capital, que em regra acontece em maio.

Depois de o PSD ter desafiado os outros partidos a requererem a auditoria antes de janeiro do próximo ano — o Parlamento só pode pedir duas por ano –, os socialistas decidiram antecipar-se e apresentar, junto da Comissão de Orçamento e Finanças, um pedido de auditoria suplementar ao abrigo da Lei de Enquadramento Orçamental.

Ao Observador, o deputado socialista Fernando Anastácio confirma a intenção e assume que, perante as reservas levantadas pelo PSD (e pelo Bloco de Esquerda), o PS decidiu acelerar o calendário. “Percebemos e compreendemos que há um conjunto de partidos que põe reservas em relação àquela auditoria em concreto [a da Delloite]. Portanto, não há razão nenhuma para esperar pelo próximo ano”, nota.

O Novo Banco continua a ser um dos dossiês quentes do Orçamento do Estado para 2021, onde parece existir um impasse inultrapassável entre socialistas e bloquistas, que exigiram sempre uma auditoria pública ao Novo Banco. Mais a mais, o PSD sempre fez depender qualquer nova injeção de capital de uma inspeção às contas da instituição liderada por António Ramalho.

Tudo somado, coloca-se uma questão: a ser aprovada, a auditoria estará pronta antes de maio, altura em que as injeções de capital têm de estar fechadas? Fernando Anastácio não se compromete com prazos e reconhece que o Parlamento não tem instrumentos para impor qualquer prazo ao Tribunal de Contas.

Tribunal de Contas tem até um ano, mas pode pedir mais seis meses

Ao contrário do Governo, que não tem essa prerrogativa, o parlamento pode pedir duas auditorias por ano ao Tribunal de Contas, tendo ainda a possibilidade de solicitar auditorias suplementares, de acordo com uma resposta dada ao Observador pela secretaria-geral da Assembleia da República.

Já fonte oficial do Tribunal de Contas esclarece que a instituição tem um ano para apresentar os resultados, mas esse prazo pode ser prorrogável até 18 meses por motivos devidamente justificados.

Quando o auditor começa o seu trabalho pode sempre deparar-se com situações imprevistas que justifiquem prolongar o prazo que o próprio Tribunal tinha entendido como horizonte temporal para a realização da auditoria. Além disso é sempre preciso contar com o tempo do contraditório para as entidades públicas visadas.

O tempo da auditoria depende muito da complexidade dos temas. No caso do Novo Banco, o Tribunal deverá fixar-se na execução do acordo com a Lone Star que assegurou uma almofada de capital de até 3,89 mil milhões de euros — das quais falta gastar cerca de 900 milhões de euros. Para tal, terá de escrutinar a gestão e a venda de ativos (imóveis, créditos e participações financeiras como a GNB Vida) que provocaram perdas que, por sua vez, geraram pedidos de capital financiados com dinheiro público. Essa avaliação irá incluir um período de 2017 a 2019 (possivelmente 2020) e abranger a identidade dos compradores destes ativos, para verificar se o contrato está a ser cumprido no que toca à interdição de venda a partes relacionadas com a Lone Star.

De acordo com a consulta efetuada pelo Observador para os últimos cinco anos, na maioria dos pedidos as auditorias demoraram um ano ou mais a concluir e a divulgar. Foi o que aconteceu, por exemplo, nos pedidos de auditoria à privatização da TAP, feito em 2016 e divulgada em julho de 2018, ou a auditoria de acompanhamento do modelo de financiamento da ADSE (sistema de saúde do Estado), requerido em janeiro de 2018 e divulgado em outubro do ano passado.

Pandemia atrasou auditoria à privatização da ANA

Há até casos de pedidos feitos e que não se materializaram ainda em auditorias publicadas, como a que foi solicitada em outubro de 2018 sobre a privatização da ANA e a concessão dos aeroportos nacionais, decidida pelo Governo PSD/CDS, no final de 2012. Em relação a este pedido, o Tribunal de Contas esclarece que os trabalhos da auditoria ficaram atrasados por causa dos efeitos da pandemia. E acrescenta que enviou em Janeiro deste ano uma auditoria ao financiamento da atividade reguladora da aviação civil (desempenhada pela ANAC) que será uma primeira parte do pedido efetado pelo parlamento.

Mas há também tempos de resposta mais rápidos, como os casos das concessões de transportes públicos no Porto e ao Instituto de Ação Social das Forças Armadas, que demoraram cerca de um ano. Da pesquisa feita pelo Observador, a auditoria pedida pelo Parlamento que menos demorou neste período foi a que visou o Fundo Revita e os mecanismos de financiamento à reconstrução das estruturas destruídas pelos incêndios de 2017. Neste caso, o pedido seguiu em outubro de 2018 e teve resposta pública em julho de 2019, cerca de oito meses depois.

Ainda que este seja o tempo de referência para concluir a futura auditoria ao Novo Banco, seria muito difícil que o relatório estivesse concluído a tempo de autorizar as chamadas de capital da instituição, cujo calendário está fixado nos contratos de venda.

Depois de reconhecidas as necessidades de capital geradas pelas perdas do ano anterior, o que acontece quando são divulgados os resultados anuais (fevereiro ou março), este valor tem de ser validado em assembleia geral e é depois submetido a verificações de várias entidades. Uma vez concluído este processo, o Fundo de Resolução tem um mês para realizar a operação. Em regra, a injeção tem sido realizada em maio, mas na verdade é desde o momento em que as contas do ano (neste caso de 2020) ficam fechadas que o Novo Banco tem autorização para contabilizar o reforço de capital no seu balanço, mesmo que depois o dinheiro demore alguns meses a chegar.