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Presidente da República considera que há limites no Tribunal de Contas para auditar Novo Banco. Entidade em silêncio
Está nas mãos do Tribunal de Contas (TdC), com José Tavares na presidência, a auditoria ao Novo Banco pela qual Partido Social Democrata e Bloco de Esquerda esperam para decidir se, no próximo ano, permitem ao Fundo de Resolução colocar mais dinheiro naquela instituição financeira. Porém, há dúvidas, dentro no sector financeiro, de que aquela entidade de fiscalização consiga ter recursos para lidar com a complexidade do tema. O próprio Presidente da República admitiu que há “limites” dentro do TdC. Para já, o tribunal não fala.
Em entrevista à SIC na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que, “obviamente”, “o Tribunal de Contas (TdC) tem limites, com o devido respeito, relativamente a uma matéria tão sofisticada”. O Presidente lembrou até que não lhe foi pedida opinião sobre esse requerimento do Parlamento ao tribunal, e ressalvou que sempre deu atenção à auditoria que havia sido solicitada à Deloitte. A auditora realizou uma inspeção referente a 2019, a obrigatória por lei quando há injeções de dinheiros públicos em bancos e que olhou também para a gestão do BES desde 2000, e está agora novamente a fazer outro trabalho por conta da ajuda recebida pelo Novo Banco em 2020.