Estratégia de venda do Novo Banco validada junto das entidades europeias

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Dinheiro Vivo

Nas últimas semanas, as entidades europeias que acompanham a situação do Novo Banco têm sido informadas dos planos para alienação da instituição.

O Banco de Portugal e Sérgio Monteiro, ex-secretário dos Transportes e atual coordenador global da venda do Novo Banco, têm informado, ao longo das duas últimas semanas, as instâncias europeias dos planos que têm para concretizar esta segunda tentativa de venda da instituição e, segundo as fontes contactadas pelo Dinheiro Vivo, a estratégia terá merecido a concordância de Bruxelas.

“Não se trata de uma aprovação, mas sim de manter informadas as entidades que acompanham o Novo Banco dos planos do Banco de Portugal, como é o caso do Mecanismo Único de Supervisão e da Concorrência (DGCom)”, adiantou um responsável contactado.

Para já, a estratégia de venda beneficia do apoio de Bruxelas, o que não é um fator despiciendo, considerando a situação específica do Novo Banco, que resultou da falência do BES, mas também do recente caso Banif, que fez soar o alarme na Comissão Europeia.

O Banco de Portugal (BdP), enquanto autoridade de resolução, retomou o processo na sexta-feira, dia 15 de janeiro, quatro meses após a suspensão do primeiro concurso. Nesta fase, já existirão contactos com potenciais interessados, tanto mais que já se verificaram demonstrações públicas de interesse na aquisição, como são os casos do Santander e do BPI, que também tem como acionista de referência um grupo espanhol, o CaixaBank.

Espanhóis à frente

Os espanhóis serão, no atual contexto, os melhores posicionados para um processo de consolidação no sector bancário português. Os espanhóis Caixabank e Santander estão bem posicionados para serem players chave numa consolidação da banca em Portugal, cujo ‘gatilho’ poderá ser a venda do Novo Banco, pois já atuam no mercado português e poderão beneficiar de sinergias, refere, a este propósito, a agência de rating Fitch, num relatório divulgado esta semana.

No final da passada semana, também o BPI disse manter o seu interesse na compra do Novo Banco. “Analisaremos as condições”, assumiu Fernando Ulrich, CEO do banco. O primeiro concurso de venda da instituição presidida por Eduardo Stock da Cunha foi suspenso sem que tivesse sido aceite qualquer das três propostas vinculativas – Apollo, Anbang e Fosun –, já que não tinham condições adequadas, nem de preço, nem de risco.

 

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