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“Há pelo menos quatro contratos, quatro documentos contratuais envolvendo o Estado, a União Europeia, a Lone Star e o Fundo de Resolução, e se fosse possível, devia-se torná-los todos públicos. [Porque] quando há dinheiros públicos, deve ser tornado público. Há quatro contratos e há pelo menos um que é mais importante que o contrato de compra e venda”, disse o comentador político.
Luís Marques Mendes apoia a iniciativa apresentada pelo Bloco de Esquerda de tornar públicos os documentos contratuais sobre a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano, Lone Star.
“Eu acho que a ideia do BE de divulgar publicamente o contrato faz todo o sentido”, referiu o comentador político no seu espaço de análise, esta noite, na SIC.
“Há pelo menos quatro contratos, quatro documentos contratuais envolvendo o Estado, a União Europeia, a Lone Star e o Fundo de Resolução, e se fosse possível, devia-se torná-los todos públicos. [Porque] quando há dinheiros públicos, deve ser tornado público. Há quatro contratos e há pelo menos um que é mais importante que o contrato de compra e venda”, disse Marques Mendes.
O comentador abordou ainda o debate parlamentar sobre a injeção de capital de 850 milhões que o Estado fez recentemente, a título de empréstimo, ao Novo Banco, via Fundo de Resolução.
Para o comentador político, o debate parlamentar da semana passada sobre esta injeção de capital na instituição financeira que nasceu da resolução do Banco Espírito Santo foi um “exercício de hipocrisia e de demagogia”, quer do PSD, quer do PS.
“Rui Rio disse estar muito preocupado com a injeção de capital, mas o PSD não teve que ver com isto tudo durante muitos anos ?”, interrogou Marques Mendes, de forma retórica.
A mesma crítica foi dirigida ao primeiro-ministro, António Costa. Luís Marques Mendes acusou o primeiro-ministro de dar a entender “que não sabia de nada com aquele ar cândido que o caracteriza”. “Mas ele sabia de tudo”, vincou o comentador.
“Quem é que fez a negociação final de venda? Já foi este Governo. Quem é que aprovou a versão final do contrato? Já foi este Governo”, reforçou Marques Mendes.
E, rematou: “e não sabiam, um e outro, PS e PSD, que estava lá uma almofada de 3,9 mil milhões de euros para o comprador”.