O CEO Javier Marín, disse hoje (31-10-2014) que o Novo Banco terá de cumprir “critérios muito estritos de rentabilidade” para significar uma boa oportunidade para o banco, aguardando, por isso, os resultados da auditora à instituição.
“Estamos encantados com a quota de mercado que temos em Portugal [através do Santander Totta], mas como em todos os mercados onde estamos, é nossa obrigação analisar as oportunidades [de negócio], que têm de cumprir com critérios muito estritos de rentabilidade”, respondeu Javier Marín aos jornalistas quando questionado sobre o interesse do Santander na compra do Novo Banco.
“Ainda não começámos a analisar [uma eventual compra do Novo Banco]. Têm de acabar primeiro a auditoria, para que entendamos todos um pouco melhor como está [o banco], mas ainda não estamos em nenhum processo”, afirmou Javier Marín.
O presidente executivo disse ainda que não encetou contactos com o Governo para a possível venda do banco liderado por Stock da Cunha.
No início de outubro, o presidente executivo do Santander Totta, António Vieira Monteiro, disse que o banco estava atento e a acompanhar de perto a operação de venda do Novo Banco, ressalvando ser ainda muito cedo para se pronunciar sobre o interesse da operação.
Javier Marín falava aos jornalistas à margem da apresentação de um programa de apoio a Pequenas e Médias Empresas [PME] lançado pelo Santander Totta.
No discurso durante o encontro, o presidente executivo do Santander congratulou-se com os resultados do banco nos testes de ‘stress’ do Banco Central Europeu, considerando que demonstrou “força” e que “vai gerar mais confiança no setor”.
No dia 3 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES), depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.
No chamado banco mau (‘bad bank’), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas. No ‘banco bom’, o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.
Novo Banco a baixo preço vai ser pago directa e indirectamente pelos contribuintes portugueses