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O Banco de Portugal vai iniciar “de imediato” uma nova fase na venda do Novo Banco, agora que são conhecidos os resultados dos testes de ‘stress’ do Banco central Europeu (BCE)
O Banco de Portugal vai iniciar “de imediato” uma nova fase na venda do Novo Banco, agora que são conhecidos os resultados dos testes de ‘stress’ do Banco central Europeu (BCE) e as necessidades de capital da instituição, que ascendem a 1,4 mil milhões de euros.
“A preparação da nova etapa do processo de venda será iniciada de imediato, agora que está afastado um dos principais fatores de incerteza que condicionou o procedimento anterior”, diz o comunicado divulgado hoje pelo Banco de Portugal.
O supervisor liderado por Carlos Costa salienta que “na qualidade de autoridade de resolução que detém o controlo sobre o Novo Banco, e o Fundo de Resolução, na qualidade de ainda acionista único do Novo Banco, mantêm-se empenhados em garantir, em estreita colaboração com o Novo Banco, as condições para o aprofundamento dos progressos já conseguidos e para a venda da participação detida pelo Fundo de Resolução, no quadro de manutenção da solidez do Novo Banco”.
O Banco Central Europeu (BCE) divulgou hoje os resultados da avaliação completa realizada a um conjunto de nove bancos da área do euro, entre os quais o Novo Banco. A instituição liderada por Stock da Cunha passou nas provas de resiliência no cenário base, ao conseguir superar o rácio mínimo exigido. No entanto, no cenário mais adverso, foi apurada uma insuficiência de fundos próprios no montante de 1.398 milhões, em linha com as expectativas.
De acordo com os resultados hoje divulgados, o Novo Banco superou o teste de esforço conduzido pelo BCE no cenário mais provável, ao alcançar um rácio Common Equity Tier 1 de 8,24%, acima do limiar de 8,0%.
Contudo, no cenário mais adverso, o banco alcançou um rácio de 2,43%, quando o limiar mínimo era de 5,5%, o que corresponde a um desvio de 3,07 pontos percentuais equivalentes a 1.398 milhões projetado para o final de 2017.
As dúvidas quanto às necessidades de recapitalização do Novo Banco foram um dos obstáculos à venda da instituição financeira, que em setembro foi interrompida depois de terem falhado as negociações entre o Banco de Portugal e os três candidatos que chegaram à fase final: Fosun, Apollo e Anbang.